POETA DAS ESQUINAS

Lá vai o estro cambaleando nas trilhas dos versos
Sem bússula
Sem guia
Apenas pensando no alvorecer
E lá no céu na cesta do beleléu a Lua
Quase nua de nuvens desvenda o pudor
E o pássaro noturno espedaça o seu voo
Na cortina invisivel.
E em cada esquina a luzerna ilumina a solidão
Do existir
E o Poeta nem se importa
Com a sombra velha da porta
Vai vagando de esquina em esquina
Tomando o porre da nostalgia

Nem quer saber da alegria...
Em cada esquina vomita uma estrofe
E faz
das pedras um travesseiro.
Para dormir na incerteza de acordar
122
1


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores