Dança das Nuvens

Na ponta dos meus dedos
consigo a maior das sensações
arrebatar desta galeria de vidas
a inexplicável vontade
de ser o fim de algo
e acomodar entre um pôr de lua
e a orla duma tempestade
a semente do futuro.

Intensa sensação esta!

Na ponta dos meus dedos
sou capaz de imaginar
os reflexos de luz
que conseguirei depois lapidar
dum pestanejar
iluminando as noites
com pirilampos.

Na ponta dos meus dedos
esvoaço sobre o mundo
tomando forma de miragem
num balanço
que lembra as árvores frondosas
onde me abrigo.

Na ponta dos meus dedos
aconchego-me num chão
que pinto dum azul tão forte
que me estonteia
me faz sorrir
a ponto de me banhar
num encanto delicioso
por tão mágico.

Omito que poderá chover mais tarde
pois que me perco nesta serenidade
e danço sobre as nuvens que então desenho
ao som da melodia que flui
até cair num bem-estar mais do que granjeado
na ponta dos meus dedos agora sossegados.
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Cristina Miranda
Na ponta dos meus dedos, vai um obrigada imenso pelas suas palavras. Abraço amigo.
05/outubro/2012
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joao_euzebio
Belo poema Cristina suas palavras jorram feito gotas de águas em uma flor Parabéns
05/outubro/2012

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