Assassinato - Amor Mutilado
- Vamos Ana, perdeu a coragem?! Me mata agora!
Eu tentava apertar o gatilho mas não conseguia, meus dedos travavam, era o medo misturado com a decepção, naquele momento tudo que tinha cometido veio em minha mente, fiquei culpada sem ter cometido um crime. Não sabia o tempo que duraria pra que a polícia chegasse no apartamento, na realidade não sabia mais de nada, nem porque eu tinha que existir.
- Não sei como eu cheguei a te amar um dia, nunca imaginei que teria um desgosto tão grande assim.
- Eu também me decepcionei muito com você, quando terminou comigo dizendo que a culpa era da distância, fiquei mal, chorei muito e não sai de meu quarto. Você nem ligou pra dor que eu sentia naquele momento, depois disso me tornei frio.
Caminhei em direção a janela com a arma na mão para ver se alguém estava chegando, em seguida olhei para ele vendo suas lágrimas caírem. Só que dessa vez percebi que não eram lágrimas de medo, mas de tristeza mesmo.
- Eu cheguei a te amar tanto, você não tem ideia garota. Ficava noite e dia ansioso para nosso encontro, imaginando como seria, mas agora estamos aqui sendo frios um com o outro.
- Não adianta se arrepender mais, você me fez muito mal, só porque sou uma pessoa sensível.
- Sensível? Não, você é fria!
- Você também, nossos corações se encheram de ódio por culpa de nós mesmo, então não venha jogar a culpa em mim!
- Ah, chega! Não adianta mais, me mata logo, acaba com essa agonia e aproveita pra fugir antes que a polícia chegue!
- Eu não posso! Ainda te amo, não posso fazer isso!
Comecei a chorar compulsivamente, minha mão, tremia demais, ele também chorava e acabou me surpreendendo. Se aproximou de mim rapidamente e segurou o cano do revolver colocando na região de seu coração.
- Vamos, me mata logo. Acaba com tudo isso Ana!
- Eu não posso, se afasta!
- Não! Vamos Ana, me mata!
- Já disse pra se afastar!
Nós gritavamos muito, cada vez mais aumentando o tom de voz, o ódio entre nós era terrível, nem parecia que já tínhamos chegado a nos amar.
- Me mata Ana, meu coração já esta morto há muito tempo mesmo!
- Cala a boca!
Sem saber como fiz isso, apertei o gatilho e fechei os olhos, quando abri, vi Peter ajoelhado em minha frente com os olhos arregalados, sangrando muito e antes que pudesse ajudá-lo, me disse:
- Te amo.
E depois caiu sangrando muito, já sem respirar. A última frase que me disse foi TE AMO, lembrei da promessa que fizemos, me disse um dia que quando chegasse sua hora da morte a sua última frase seria "Te amo", fiquei mais abalada do que estava. O arrependimento veio como um tormento enorme em minha mente mas não adiantava mais, eu havia matado o amor da minha vida.
Por Stefen Hermenegildo
Eu tentava apertar o gatilho mas não conseguia, meus dedos travavam, era o medo misturado com a decepção, naquele momento tudo que tinha cometido veio em minha mente, fiquei culpada sem ter cometido um crime. Não sabia o tempo que duraria pra que a polícia chegasse no apartamento, na realidade não sabia mais de nada, nem porque eu tinha que existir.
- Não sei como eu cheguei a te amar um dia, nunca imaginei que teria um desgosto tão grande assim.
- Eu também me decepcionei muito com você, quando terminou comigo dizendo que a culpa era da distância, fiquei mal, chorei muito e não sai de meu quarto. Você nem ligou pra dor que eu sentia naquele momento, depois disso me tornei frio.
Caminhei em direção a janela com a arma na mão para ver se alguém estava chegando, em seguida olhei para ele vendo suas lágrimas caírem. Só que dessa vez percebi que não eram lágrimas de medo, mas de tristeza mesmo.
- Eu cheguei a te amar tanto, você não tem ideia garota. Ficava noite e dia ansioso para nosso encontro, imaginando como seria, mas agora estamos aqui sendo frios um com o outro.
- Não adianta se arrepender mais, você me fez muito mal, só porque sou uma pessoa sensível.
- Sensível? Não, você é fria!
- Você também, nossos corações se encheram de ódio por culpa de nós mesmo, então não venha jogar a culpa em mim!
- Ah, chega! Não adianta mais, me mata logo, acaba com essa agonia e aproveita pra fugir antes que a polícia chegue!
- Eu não posso! Ainda te amo, não posso fazer isso!
Comecei a chorar compulsivamente, minha mão, tremia demais, ele também chorava e acabou me surpreendendo. Se aproximou de mim rapidamente e segurou o cano do revolver colocando na região de seu coração.
- Vamos, me mata logo. Acaba com tudo isso Ana!
- Eu não posso, se afasta!
- Não! Vamos Ana, me mata!
- Já disse pra se afastar!
Nós gritavamos muito, cada vez mais aumentando o tom de voz, o ódio entre nós era terrível, nem parecia que já tínhamos chegado a nos amar.
- Me mata Ana, meu coração já esta morto há muito tempo mesmo!
- Cala a boca!
Sem saber como fiz isso, apertei o gatilho e fechei os olhos, quando abri, vi Peter ajoelhado em minha frente com os olhos arregalados, sangrando muito e antes que pudesse ajudá-lo, me disse:
- Te amo.
E depois caiu sangrando muito, já sem respirar. A última frase que me disse foi TE AMO, lembrei da promessa que fizemos, me disse um dia que quando chegasse sua hora da morte a sua última frase seria "Te amo", fiquei mais abalada do que estava. O arrependimento veio como um tormento enorme em minha mente mas não adiantava mais, eu havia matado o amor da minha vida.
Por Stefen Hermenegildo
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