Construção

Às
vezes
deixo-me ficar quieta à espera que chegues
e de repente aí estás
olho-te construída e és palavra
e mais ainda és sentido.

Olho-te no teu ser objectivo,
palavra escrita
que abandonou as paredes estreitas do meu cérebro,
ou outras que eu nem sei,
e sinto-te cinzelada pela coração.

E fico, assim tocada
e sinto-me, sentindo-te corpo de poema
que pulsa…
e mais perto me sinto ainda
de entender esse sopro que assoma
na forma de cifra.

Nem sempre te consinto,
nem sempre me consentes
e contudo eu sei que és o caminho
onde me encontro se o norte se ausenta
ou perdida fico em meu desvario.

606
0


Quem Gosta

Quem Gosta

Seguidores