Adam_Flehr

Trazido há quase quatro décadas para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde cresceu, estudou, graduou-se em Administração, apurou seu gosto pelas artes em geral, em especial por música e literatura.

1967-04-28 Rio de Janeiro
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Alguns Poemas

Os Lábaros que ostentas

Nós somos diferentes,

uma outra categoria

uma outra classe,

uma nova ordem,

abençoados filhos

de uma mesma mãe gentil,

deitados eternamente

ao som do mar e à luz

do céu,

dos candeeiros,

dos refletores,

nos campos, matas

e cidades,

em casas de sapê,

barracos de madeira,

mansões luxuosas ou

apartamentos elegantes,

abrigando tipos diversos

de sonhos e anseios



Quais os lábaros que ostentas

em suas janelas

abertas para o mundo?



O lábaro verde-louro estrelado

em dias de orgulhoso ufanismo

com os sucessos de nosso futebol

em que almejamos mais uma vitória,

mais uma estrela

que nos console e redima

e corrija a trajetória

de nosso destino



O lábaro alvíssimo da paz

em tempos de aflitiva ansiedade

em que insanos do oriente,

árabes, judeus,

coreanos do norte,

insistem em nos oferecer

a flor da destruição



O lábaro multicolorido da diversidade

em que a tolerância é proposta

como forma de convivência

em paz

inspirada nas cores do arco-íris



O lábaro verde da preservação ecológica

em que nossos lindos campos,

nossas flores, nossos bosques

perdem a vida

devido à exploração inescrupulosa

e ao interesse cúpido

de nossos vizinhos

por nossa Amazônia



O lábaro negro da indignação

em que hasteamos nossa vergonha

e nosso inconformismo

ante aos escárnios diários

que são jogados em nossa face



pela insegurança em que vivemos

devido à violência desenfreada

fomentada pelo descaso

de quem deveria nos proteger



pelas fraudes, negociatas,

torpezas, logros, falcatruas,

oferecidas pelos mesmos governantes

que elegemos na esperança

de colhermos respeito, trabalho

e uma vida melhor





Quais os lábaros que ostentas gigante,

pela própria natureza distante

dos filhos deste solo?



Hasteia ó pátria amada, todos eles:

o verde-louro, o branco ou o verde, se mereça,

o multicolorido ou o negro

para que a imagem do cruzeiro, um dia enfim, resplandeça!
Brasileiro, casado, nascido no século passado, em Salvador, a cidade-luz, a baía de todos os santos, onde os portugueses primordialmente fincaram a sua cruz.   Trazido há quase quatro décadas para a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde cresceu, estudou, graduou-se em Administração, apurou seu gosto pelas artes em geral, em especial por música e literatura.   Escritor bissexto,  escreve regularmente entre solstícios e equinócios e guarda seu legado de escritos no blog:  HTTP://prosaeletronica.blogspot.com    Quem tiver olhos de ler e coração de sentir, visite e comente!   Confessadamente seguidor dos mestres brasileiros Quintana, Vinicius e Drummond, é entusiasta da literatura portuguesa, de Saramago, Eça de Queiroz e Pessoa.   Nas horas vagas, entre o exercício de suas atribuições profissionais e o prazer da escrita se dedica a obras assistenciais de caridade, seguindo o preceito de sua crença.

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