TENPOS DE INQUISIÇÃO
Cruzadas, Templários,
Cavaleiros de Malta, Inquisição
Loucos foram os tempos
e duros foram os anos
Ordens de fé costumes
profanos que adulteram a religião
Em atos de crueldade de
quem pode e causa danos.
Sagas da desgraça, que
se mata por fé, por raça e por pavor
Por ordens cruéis,
dadas por qualquer senhor da corte dos infernos
O ar queimado por
gritos dos mártires, roucos de dor
Perfilam-se na agrura
dos lares desfeitos por ódios paternos.
Instrumentos de
tortura, grilhões partidos, foles ardidos
Em sinais de espera,
dos cães de guerra dos mundos perdidos
No tempo das sombras,
de rezas de bruxas, de padres e algozes
De nobres da corte, por
vontade sua, travam na rua duelos ferozes
O tempo de caos,
sacrificado e dolorido, amarga no desgosto
Em caras marcadas
esgaces de horror, estampado no rosto
Peste nauseabunda em
corpos frenéticos de transpiração
Das chagas da lepra,
dos sorrisos imundos da decomposição
Fogueiras de corpos,
gemendo gritando, para morrerem de pé
Caídos e erguidos, são
queimados vivos, pelos falsos da fé.
Tempos que pariste
homens perversos, loucos sem compaixão
Vingando na maldade e
matando em nome da Santa Inquisição
E, no final, nem
vencedores nem vencidos, nem honra nem glória
Apenas uma nódoa no
passado, que marcou uma era da nossa história
Nascida no fanatismo da
religião, que envergonhou o nome de Deus
Sinais dos tempos, que
se encontrem reluzentes em alguns museus.
João Murty
Escritas.org