José João Murtinheira Branco

1954-01-27 Vila Franca de Xira
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TENPOS DE INQUISIÇÃO

Cruzadas, Templários, Cavaleiros de Malta, Inquisição

Loucos foram os tempos e duros foram os anos

Ordens de fé costumes profanos que adulteram a religião

Em atos de crueldade de quem pode e causa danos.

Sagas da desgraça, que se mata por fé, por raça e por pavor

Por ordens cruéis, dadas por qualquer senhor da corte dos infernos

O ar queimado por gritos dos mártires, roucos de dor

Perfilam-se na agrura dos lares desfeitos por ódios paternos.

 

Instrumentos de tortura, grilhões partidos, foles ardidos

Em sinais de espera, dos cães de guerra dos mundos perdidos

No tempo das sombras, de rezas de bruxas, de padres e algozes

De nobres da corte, por vontade sua, travam na rua duelos ferozes

O tempo de caos, sacrificado e dolorido, amarga no desgosto

Em caras marcadas esgaces de horror, estampado no rosto

Peste nauseabunda em corpos frenéticos de transpiração

Das chagas da lepra, dos sorrisos imundos da decomposição

Fogueiras de corpos, gemendo gritando, para morrerem de pé

Caídos e erguidos, são queimados vivos, pelos falsos da fé.

 

Tempos que pariste homens perversos, loucos sem compaixão

Vingando na maldade e matando em nome da Santa Inquisição

E, no final, nem vencedores nem vencidos, nem honra nem glória

Apenas uma nódoa no passado, que marcou uma era da nossa história

Nascida no fanatismo da religião, que envergonhou o nome de Deus

Sinais dos tempos, que se encontrem reluzentes em alguns museus.

João Murty

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