O pôr do sol metrificava a noite,
Da janela minha afeição gracejou-se,
Ao ver o amor em forma tão bela,
Que dou outro lado da rua luzia.
Afeito de esperança desci apressado,
Num sobressalto do quarto lancei-me,
Desafiando as escadas tresloucado.
Eram cinco horas da manhã,
Acordei pensando ter tido um pesadelo,
Notei a cantiga de amor do galo,
Que em minha cabeça ecoava,
Sei que dos degraus não escapei,
Por onde anda não sei,
Aquela maldita me enfeitiçou,
Num sorriso me acamou,
Sem saber de mim.