António Gedeão

António Gedeão

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, português, foi um químico, professor de físico-química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes e Liceu Camões, pedagogo, investigador de História da ciência.

1906-11-24 Lisboa, Portugal
1997-02-19 Lisboa
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Impressão digital

Os meus olhos são uns olhos.
E é com esses olhos uns
que eu vejo no mundo escolhos
onde outros, com outros olhos,
não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.
De tudo o mesmo se diz.
Onde uns vêem luto e dores,
uns outros descobrem cores
do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas
onde passa tanta gente,
uns vêem pedras pisadas,
mas outros gnomos e fadas
num halo resplandescente.

Inútil seguir vizinhos,
que ser depois ou ser antes.
Cada um é seus caminhos.
Onde Sancho vê moinhos
D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.
Vê gigantes? São gigantes.

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Pedro João Miguel Gonçalo dos Santos Silva
WoW, este poema tem grandes valores sentimentais
Obrigado Rómulo Vasco da Gama de Carvalho
02/abril/2023
Gonçalo Ventura Ribeiro
Tem uma gralha - "inútil seguir vizinhos,*QUERER* ser depois ou ser antes [...]"
10/fevereiro/2023

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