Gabi Luna

Gabi Luna

Autora multimídia. Carioca do asfalto, radicada no mundão. Pesquisadora de arte, tecnologia & publicações independentes. Cria literatura experimental com diálogos entre linguagens e tecnologias. @amazonahightech

América Latina
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Alguns Poemas

eterno domingo atarefado

durmo, acordo, durmo, acordo, num eterno domingo atarefado. o corpo quente pelo sol das duas, vitamina atravessando a janela sem dó. estatelada nas camadas da morte passada, com o mundo embaçado, ponho café. a casa a mil por hora e eu acordei aqui, de novo. to começando a me acostumar. volto para o quarto, vejo a pilha de trabalhos acumulados. dedos e olhos examinando as pastas. dentre tantas tarefas de domingos, escolho uma pra executar.

no que eu quero ser feliz hoje? um rastro brilhante corta a parede. lambendo o quarto inteiro, deita seus raios sobre minha mesa de trabalho, me lembrando, ou obrigando, a acolher o tempo do sol. observo a cena, respiro, só tenho a esperar. com os olhos impressos no espelho, busco um agora onde colocar as voltas do tempo. uma forma de não só sobreviver, mas respirar o turbilhão, descobrir o ritmo desse imenso. descolar qualquer forma de ansiedade e desespero, qualquer apego. escorrer. morrer. não morrer antes de morrer. aqui. tanta coisa aconteceu e você-ainda-está-aqui, viva. ondulo um tapete azul, oceano esticado no chão.

o lado de dentro é tudo o que temos pra hoje, alongo o rastro. apesar dos pesares, dos temores, do passado. fisgando o peito, aceito. identifico, não me identifico. continuo a nadar. transpondo tensões. a palma de cada mão segura a planta de cada pé, serpenteando a coluna com algum tipo de clarão. conto, esvazio. o espectro de luz bifurcada transpassa o corpo em pose, desanuviando percepções.

tendões dilatados, a respiração se esvai. morrer por um momento. por um momento só. reorganizar. o lugar do amor, o lugar da morte. como é difícil perder um amor pra morte. amor. a morte. amor-te. adeus. agora. só agora. só tenho o agora, tantas vezes adiado, o agora. agora, agora. encarnado na noite que cai em silêncio, lubrificando o para raio dos sensos.

felicidade não é um sorriso na cara. o sorriso, muitas vezes, mascara. anos atrás eu não fazia ideia do que era sentir isso. eu vivia correndo. corria pra chegar na hora, corria do carro de polícia. corria de bala perdida e da milícia. corria pra receber, sem saber que isso era dar, me dar, me doar, eu nem sabia distinguir, esperar. uma carimbadora oficial. finalizando tarefas o suficiente para me afastar de qualquer rastro de mim mesma. o sorriso sempre no rosto, escondendo as entranhas em decomposição.

vendo daqui, respeitosamente, acho graça dessas voltas insanas da minha desventura em terra fria. acolho quem já fui. sinto meu corpo de ontem tremer por debaixo da pele de agora. uma folha dobrada, postura essencial. esboço das dobraduras possíveis. desdobro guerreira e solto. esbarro comigo no aqui e ali dos retângulos na parede. voo sendo mais quem sou, o corpo relaxado. qualquer música tocando. qualquer uma não, uma pra concentração. vou fazendo jogos comigo mesma, plano baixo, médio, alto, suuper alto. encontro por acaso com uma felicidade boba demais. parece uma névoa. de repente perco o tino, perco o tempo e nem sei a quanto estou aqui. é isso que você veio aprender, diz a voz na minha cabeça.

quadros e esquadros de um dia na quarentena. pc do colo pra mesa, faço o que tiver de ser. ainda tô pra decidir como me sinto sobre isso. por ora, sigo carimbando e entendendo os tempos de cada gesto. estou segura, não preciso correr. um longo caminho andado para quem sempre corre demais. pastas, dentro de pastas, dentro de caixas com papéis riscados em outros tédios, tempo pra resolver. desenrolar os novelos. linhas e mais linhas escritas em graffiti nas paredes. aspirar o ar do novo.

em contratempo, inspiro fincada no presente. concentração. fazer uma coisa por vez, mantendo-me presente em cada tarefa. concluir. passar pra próxima. realização.

durante tudo isso, banhos tão longos quanto um sonho se tornando possível. a prateleira abarrotada destas receitas caseiras abandonadas em busca de alguém. vaporizo preocupações, o tempo tem disso de ser quem vai. voraz ou singela, a água quente descola, ajuda a levar, já não aguento nem preciso aguentar; já não espero nem preciso esperar, solto. sinto o peso do gás saindo pelos poros, se misturando com a fumaça densa que enevoa a casa.

o jato quente flameja a derme, imprime sentenças na água corrente em lava. cabeça e músculos efervescendo. dissolvo e já deixei de ser, estar ou permanecer. me acalento no calor possível e sigo de volta ao quarto. detecto o calor marcando os trajetos do meu corpo na casa onde estou presa. essa mancha quente do banheiro pro quarto, do quarto pra cozinha, banheiro de novo, vez por outra, põe um nariz no quintal e corre de volta pro quarto. Ah, tenho um quintal!

mastigando a papelada, garanto uns metros quadrados. o preço é um valor combinado. ainda úmida, me jogo pra baixo das cobertas,onde fico até ter certeza de estar tranquila em cada célula do meu corpo. finanças equilibradas não significa, necessariamente, ter um emprego, mas dá trabalho. há quem seja acostumado com esse tipo de vida. eu, tô aqui, nessa lama, aprendendo a me moldar.

fui acostumada com suor na cara, internet discada e horas sendo roubadas pelo transporte público. a gente se acostuma, mas não devia. quando coloquei a mão em um cuspe no degrau de uma estação de trem, quis viver algo diferente. sem saber, eu desejei tudo isso.

desejei ter tempo pra me dedicar a essas tarefas acumuladas pelos becos da memória, para digerir essas crenças e construções, quase ruínas, martelando sentidos. eu quis acabar com a culpa. quis soltar o peso sem deixar cair em cima de ninguém. quis ser fiel a mim mesma. carregando só o preciso. reiniciar decibéis, rever a interpretação dos papéis.

conto mais vinte e quatro horas dentro. estar comigo. fecho os olhos, enxergo a tela. cada uma dessas pequenas telas, possibilidades gravitando na antimatéria. experimento algo novo: nem esperar, nem desesperar.

dormimos juntos todo dia, o Sedutor do Sertão e eu. me unto a pedidos da pele repuxando. são meus primeiros meses morando em um lugar frio, ainda estou reconhecendo as vantagens desse plano prime para o inverno.

entre quatro paredes de um quarto no interior de um estado que não é o meu, vivendo um status que ninguém me deu. alimento a melequenta. paro e observo.


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Eterno domingo atarefado é uma cronica escrita durante o período da quarentena no Brasil, em junho de 2020. Construída para integrar o pacote de entrega de obras literárias para o Apoio Prefeitura de Santo André, em parceria estabelecida através de Chamamento Publico de Agentes Culturais para o Fundo de Apoio a Gestão Cultural.

absorvente, bem mais que copo d'água, não se nega a ninguém

a febre anuncia resistência. corre mais um ciclo e o punho sangra no final. doses cavalares de estrogênio indo ao mar, terra, escorrendo pela perna ou encontrando o algodão. um corpo preparado para criar outro corpo, quase meu, quase eu, quase quem eu nem seria. um ovo quebrado. os últimos vinte e oito dias vão virando o vir. o ir. o rio, maremoto, maresia.

grita. espirro. expulso o sentido da vida. tsunami carmim. me encontro à beira de mim. no meio do sofá na sala da minha tia. o sinal de estar viva. neta, menarca. vó, menopausa. cuidado para não manchar a toalha. o sangue fruto da vagina, fruta mordida. ninguém me ensinou de quanto em quanto tempo trocar. respeitar. os ciclos da vida. peço emprestado esse crime de estado, o absorvente.

camomila, erva cidreira, artemísia, canela, capim limão, escalda pés de alfazema. ler o próprio corpo. se perceber. fértil. querer. foder. gozar. receber. ser. indignar. transtornar. ensombrecer. sentir o corpo retendo líquido. tudo o que eu bebo, toda a água do mundo, meu corpo contém, meu corpo retém. viro um balão, balão de líquidos. explodindo. noutra onda desse rio, meto dois dedos e sinto o líquido quente tingir-me a mão. espalmo sobre uma folha do caderno, o sangue forma um desenho. coelho. flor. mulher. mula sem cabeça.
 

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Um poema escrito por quem sangra e nem sempre tem como estancar, pela “maioria silenciosa”, pelo Brasil que habita as entranhas de Gabriela Luna.

Publicação corpo oral ocorrida no lançamento do Volume 43 da Revista do Centro Brasileiro dos Estudos em Saúde: “Outros olhares sobre a reforma sanitária brasileira”, em Dezembro de 2019. Editado na zine “Diálogos com a Saúde Pública”, pelo Coletivo Nós, as poetas!, no mesmo mês e ano.

Tempo de café

Antes de tocar o despertador, levantou. Perdi a hora! Os passos largos pareciam ensaiados. Pra ter certeza, foi até a cozinha. Sete e vinte e cinco, disse o relógio na parede. Colocou a mão na térmica. Gelada. Não olhou, não contou. Alcançando a chaleira, encheu o suficiente para uma xícara. Em casa, ela foi a última a acordar. Riscou o fósforo com a mão que se libertava do inox pousado na grelha. A água terminou de lhe lavar o suor na mesma hora em que ferveu na cozinha.

O cheiro de manhã subindo esvaziava o filtro, enquanto o lençol se esticava e o edredom virava um quadrado. Pousou-o onde antes estavam seus calcanhares sonolentos. A lama escura no fundo do funil se embebeda de uma nova dose d’água. Protetor solar, corretivo, delineador, básico. Já não precisava que lhe dobrassem as pernas das calças.

Na xícara de sempre os pensamentos ondulavam despreocupados. Acho que hoje dá tempo de passar na praia. Desliza a margarina pela torrada enquanto olha o quintal. Pequenas poças evaporavam e o verde brilhante das folhas eram as pistas. Alguém esteve ali pouco antes dela. Tomou a mochila por uma das alças e saiu pelo portão sem pressa. Trocando bons dias, caminhou léguas.

Naquele instante, naquela cena, notou. Mesmo de longe o sol brilha. Num afago quente e contínuo dá a luz todo dia à toda e qualquer noite fria. A perfeição inalcançável que os filmes vendem, já nem era lembrada, o que valia mais era o caminho e com quem se andava.


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Tempo de café foi o primeiro conto enviado por Gabriela Luna para um concurso literário. Na ocasião, a autora enviou para o "Bibliotecas Parque: Minicontos de Verão - Escritos mínimos, quentes histórias", em 2016. O impeto de compartilhar as historias escritas nasce depois da oficina de escrita criativa ministrada por Simone Ricco, na Biblioteca Parque Estadual.

sala de transmissões troncais

um cheiro quente e amargo inundava as mãos, enlaçando fitas ao redor dos tornozelos. o mordisco nos lábios. invasão sem chave nem arrombamento. em algum lugar entre a sétima cervical e a primeira torácica. um calafrio na medula. delírio à flor das paredes da sala de audições. consolidação do bulbo.

no lotado do vazio, três bocas molengas acordam e fitam os rabiscos em suas pranchetas, não dão conta. as imagens nas câmeras não dão conta, a memória imaginada não dá conta. não dá conta. a vegetação já havia sido devastada e só restava um emaranhado na barra do espelho. correndo por dentro do escapamento de mais um desses ônibus pra casa, recapitulava cada movimento. os fios de sua matéria já destensos. a casa-mundo-corpo se expande e contrai, materializando um bom milheiro de tijolos calafetados com lama e musgo. ascendeu; mais um daqueles incensos de mirra. vibra kemet inteira para fora da narina esquerda, a direita está entupida. de mirada na raiz das penas crescendo sem parar. movimento. o corpo em gargalos calibrando potências. Pliè, chase, jetè — eu não caibo dentro dela. o espaço do vazio no tempo deixou a sala de audição sem olhar pra trás, entrou na sala de transmissões troncais. eu era gases puro, vim a ser pódjehuty. parou quando viu brotar do couro, outrora cabeludo, a penugem do ovo comido. inspirar, esvaziar, perceber o vazio. interregno do invisível. re spir ação. gesto presente. escolher estar no mudo. acolher o ar do mundo. em contratempo, perceber a atenção da consciência. ser tudo, sentir total. abrir espaço no não ser. de cara pro espelho, o arfar refunda rios. risos enterrados em outras percepções.

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Sala de transmissões troncais é uma das historias curtas escritas pela autora. Publicada originalmente no livro Acolher o ar do mundo, lançado pela Garupa Edições, em 2019.

Greve geral dos objetos:

Do alto da torre, os ponteiros permitem contar. Longitude e latitude já não são suficientes. Escorrem de suas veias fardos e fardos de gente. Já passa da meia noite, os humanos não circulam mais. As coisas, de longa data, fiam conspirações.

a sacola, os restos e a catraca:

- Quanta coisa me entra e sai nessa rotina indigesta. Me pegam de qualquer jeito, jogam em qualquer lugar… só quando carrego seus, insignificantes, valores a vida muda de figura. Compactam, enfiam; me põem sempre sentindo. Fazem de conta não estar comigo. Tudo medo do assalto. Que lhes levem o pouco que tem. Migalhas.

As palavras da sacola invocaram a presença delas próprias, as migalhas. Pisoteadas, habitantes dos cantos e frestas. Os restos, se aglomerando numa aparente desordem patética, entoam suas palavras como um só ser; enquanto o vozerio enfarofado projeta pequenos pedaços de lanches por todo o raio de sua circunferência.

- Me varrem e pisam. Fingem que não existo, sou lixo. Saibam, sou os restos das bocarras apressadas, deixado para trás, enquanto eles se atracam nos CURRAIS do até amanhã.

O tom da voz, já gritado, se fez estridente quando a palavra “currais” foi mencionada. Uma ânsia causada pela cólera, ou pelo excesso de comidas oleosas, deflagrou uma cusparada sobre as mais temidas agentes dessa estação ferroviária. Enfileiradas numa linha prateada, lá estavam elas. Porteira da pocilga enlatada sobre trilhos, arribana, ovil. Corte do gado gente, as catracas:

- Me prostraram aqui. Estagnada no meio do caminho. Rodo em um eixo tão estreito, pouco sei do tamanho da vida. Medito nas bainhas das calças que pagam por mim. De hora em hora desengasgo, quando aqueles operários vêm retirar o extrato da alienação que me mantém. Vomito caminhos partidos; abarco, abarco, abarco; e sigo estagnada, com o movimento limitado a um raio como esse; tão estreito… Estou farta! Esqueçam o vermelho e o verde. Eu gostava daquelas crianças, e agora estou com elas, quem quiser passar, que pule. — talvez essa tenha sido a hora em que a maior parte dos objetos abandonados pelo chão da central se espantou.

Desde os que se negaram aos que apoiavam silenciosamente, passando por aqueles com os quais o movimento não havia dialogado, todos se assustaram ao ouvir o ranger das engrenagens das roletas. Atravessando uma dobradiça na roldana principal, todos os torniquetes de acesso se declararam, terminantemente, emperrados:

- CLAAAHCK VRUM!

Um movimento de tal porte gera sérias consequências. A primeira delas foi o ar, uma corrente de vento descabida, vinda de pequenos sopros expulsados todos ao mesmo tempo de dentro das entranhas dos agentes supostamente opressores. Se revirando inflada, a sacola sobe a mais de três metros do chão, e diz em tom de voz imponente:

- Unidas somos imbatíveis, eu acredito! — de mirada no lixo acumulado, disse — Tu, convoca todos os restos! Todos os que foram deixados de lado. Moradores das sarjetas e beiras do mundo inteiro — e em um sussurro continuou — caminhe pelos túneis, hão de ser condescendentes.

- De certo, o faço! — respondeu o lixo da Central do Brasil inteira se amontoando sobre a catraca de onde, olhando para baixo, ordenou — Tu, não te movas! Ainda que forcem, ainda que empurrem e roguem. Se quiserem chegar aos seus destinos, que pulem. Só os ousados passarão!

- E que pulem alto! — disse a catraca, blindando ainda mais as engrenagens.

- Com um sopro alcanço léguas. — disse a sacola — Cuidarei de espalhar a notícia. Greve geral dos objetos!

Com o brilho dos primeiros raios de sol inundando o alto da torre do relógio, começavam a lamber de gente os trajetos para o centro. A esta altura, as catracas de todas as estações já estavam avisadas. A sacola, cidade acima, passou a madrugada pegando vento pelos trilhos, pelos bueiros, no guetos, e em todos os lugares onde só quem é, iria, por trabalho dos restos, o levante já estava instaurado.

Até os ralos das cozinhas, a essa altura, já sabem: ninguém se mexe, isso é um ato revolucionário. Os eletrônicos, corrompidos pelos dígitos, continuam em modo de trabalho. De modo que, alguns humanos malditos demoraram a entender como as coisas estavam mudadas.

As coisas estavam em greve, paralisação dos objetificados: um dia sem ninguém para ocupar os postos de trabalho. Das janelas de casas tentando acordar, vemos uma chaleira se recusando a ferver a água do café, que por sua vez, também se recusa a sair do pote; vemos um chinelo revoltado se recusando a entrar no pé e uma bica de chuveiro, terminantemente emperrada.

Telefones não param de tocar. Os chefes, dos chefes, dos chefes sem saber o que fazer. O mundo entrou em pane, colapso do sistema. As manchetes de jornal continuam a pipocar como podem, e em cada tela vemos um assistente se degladiando com um refletor ou teleprompter. As coisas estão mesmo organizadas, o repórter começa a dizer:

“Ainda não foram identificados os objetivos desse black-out nos serviços básicos dos cidadãos da região metropolitana. Aparentemente, os objetos estão se recusando a ser utilizados. Já foram relatados casos em toda a cidade. São facas se fazendo de cegas, molas que não pulam e rodas sem girar. Qual será o objetivo desse levante? Teremos que assinar a carteira de nossos liquidificadores? Seria essa uma reivindicação de humanidade? Como pensar em direitos para as coisas?…”

Nunca saberemos quais conjecturas mais o tal repórter seria capaz de fazer. No decorrer das últimas frases no ar, a imagem das tvs se tornou instável, com muito chiado e interferências, até que ficou impossível entender o que estava sendo dito e todos os aparelhos deixaram de funcionar.


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Greve geral dos objetos é um conto escrito entre novembro de 2019 e julho de 2020. Publicado para integrar o pacote de entrega de obras literárias para a Prefeitura de Santo André, em parceria estabelecida através de Chamamento Publico de Agentes Culturais para o Fundo de Apoio a Gestão Cultural.
 

Apoio Prefeitura de Santo André

 

Autora multimídia. Poeta de rua. Carioca do asfalto, radicada no mundão. Pesquisadora de arte, tecnologia & publicações independentes. Produz literatura experimental com diálogos entre linguagens e tecnologias. Autora do projeto Mulheres Escritoras: histórias de publicações independentes; integrante do coletivo Nós, as poetas!; realizadora da série documental Rua da Poesia; curadora e co-produtora em projetos culturais, artísticos e literários; encadernadora; revisora; preparadora de originais e autora de novos paralelos em @amazonahightech
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joaoeuzebio
LINDO POEMA É UMA CONSTELAÇÃO DE DESEJOS E PUREZA PARABÉNS
07/agosto/2020

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