O Peregrino Da Perdição
Andando a esmo na orla do inferno
Tendo as pernas espetadas pelos grãos de areia
Carregados pelos ventos malditos
Seguindo o bradar do demônio interno
Sentindo a acidez do sangue fervente em sua veia
Escapando dos pensamentos bandidos
Marcha de almas penadas
Em direção das montanhas infernais
Em subida infinita para o paraíso
Apenas pensamentos tolos e incalculados
Vão em tentativas fracassadas
Nascidas nanimortas pois nos atos banais
Foram cruéis,podres,escarnavam a riso
Tentam apenas por instinto,eternos maculados
O peregrino das dunas infernais vê tudo
Olha triste,visão digna de pena
Mas também magnífica,em tom absoluto
Nunca vivenciou uma mais bela cena
Corpos podres e negros
Uma torre de corpos,que das nuvens utrapassava
Escorada nas montanhas,visão surreal e inumana
À esquerda,a queda rente da montanha
À direita,as silhuetas horrendas dos pecadores
Iluminados pela luz dos relâmpagos vermelhos
Do céu da perdição