Literata
Deixe-me ser o seu livro,
me leve nas mãos
como se me lesse
e entendesse,
entre as letras miúdas,
o quanto guardo a ti
a minha afeição.
Sinta minhas sentenças
onde faltam vírgulas
pontos e traços
sem pausa
um descompasso
que só faz sentido
no amor.
Não me guarde na estante,
entre os outros livros
cujas as capas pedem
e as folhas imploram
o toque dos teus dedos.
Me leve para todos os lugares,
mate comigo seu tédio
do mundo fosco
que só brilha
nas páginas brancas
ou amareladas
ou amareladas
da imaginação.
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