

Bianca Lopes
Menina em rascunho. Um dia publico minha edição definitiva.
2002-07-11 Rio de Janeiro
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Inquietude
Não quero imitar Fernando Pessoa
Nem ser pretensiosa ao ponto de
Acreditar que posso escrever como Fernando Pessoa
Ou como qualquer outro poeta
Que se preze
Não quero passar a minha vida
Escrevendo neste caderno empoeirado
Ou em tantos outros cardernos empoeirados
Que moram nas minhas estantes
Espalhadas pela casa
Não quero chegar aos 30 anos
Lançar-me ao mar violento
Extravasando toda impulsividade que reservei
[por 30 anos
Para ser resgatada e precisar fingir
Que não queria morrer na praia
Não quero viver de frames da vida alheia
Nem ser enfadonha ao ponto de
Falar que não é tão importante assim a vida
[dos outros
Que se atirem de pontes e me comovam para
Que eu possa sentir algo profundo
Não quero imitar Fernando Pessoa
Nem Goethe, Nietzsche ou Sylvia Plath
Mas meu Desassossego é tão evidente
(Que para não imitar alguém)
Chamarei esta minha Redoma de Vidro de
Inquietude
Nem ser pretensiosa ao ponto de
Acreditar que posso escrever como Fernando Pessoa
Ou como qualquer outro poeta
Que se preze
Não quero passar a minha vida
Escrevendo neste caderno empoeirado
Ou em tantos outros cardernos empoeirados
Que moram nas minhas estantes
Espalhadas pela casa
Não quero chegar aos 30 anos
Lançar-me ao mar violento
Extravasando toda impulsividade que reservei
[por 30 anos
Para ser resgatada e precisar fingir
Que não queria morrer na praia
Não quero viver de frames da vida alheia
Nem ser enfadonha ao ponto de
Falar que não é tão importante assim a vida
[dos outros
Que se atirem de pontes e me comovam para
Que eu possa sentir algo profundo
Não quero imitar Fernando Pessoa
Nem Goethe, Nietzsche ou Sylvia Plath
Mas meu Desassossego é tão evidente
(Que para não imitar alguém)
Chamarei esta minha Redoma de Vidro de
Inquietude
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