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Poemas
Victor Araújo
Apreciador da arte e da peculiaridade do estético.
1992-06-01 Natal -RN
10199
0
6
Alguns Poemas
INCERTO
O homem de ontem
que se dispara contra o hoje.
Rechaçado pela angústia.
Fragmentado pelas dores.
O homem de hoje
se ergue para o incerto.
Rastejante da necessidade.
Circulando no deserto.
O homem do incerto
projeta-se para o túmulo.
Olhando para trás.
O destino obscuro.
PREVISIBILIDADE
Onde tudo é sólido, artificial e previsível,
sou volátil, natural e risco.
Onde tudo é falsamente construído,
tomo um martelo para quebrar esses muros.
Sim, é um jogo de cartas marcadas.
Sabemos que não há espaço.
Nego-me a sentar convosco.
Exijo a destruição da vossa mesa.
Adaptar-se é uma forma de prisão.
Quem dá os termos?
A cada dia não enxergo uma única fresta de luz.
Apenas mal-estar e desconforto.
Não assinei nenhum contrato.
Essa força cada vez mais esmaga.
Só existem falsas possibilidades,
onde tudo é o que não deveria ser.
A ESTRADA DOS PERDEDORES
Vagando como vagueiam os perdedores
pelo rastro da própria sombra segue-se em desalento.
Um corpo desafeto e desalmado
a si mesmo refugia-se em temores.
Pela porta de uma igreja ou quem sabe pela janela de um hospício
esses homens perdem-se em redemoinhos de seu tempo.
A constante espera por um significado.
O rompimento das cadeias de previsibilidade.
No lapso da loucura transcendem os moribundos da razão.
Ondas de conturbações anseiam adentrar no estático paradigma.
Por essas estradas abertas vagueiam os perdedores.
A FUGA
Me perco em tudo.
Me perco em nada.
Olho para o acaso:
pessoas teleguiadas, conduzidas pelos mais variados motivos.
Orgulhos, vaidades, compaixão...
A complexidade que permeia o cotidiano.
Imersos em um calabouço de certezas,
navegando em um barco sem rumo dentro de um oceano de abismo.
A mente o tempo todo maquinando.
A percepção não para de bater na minha porta.
Queria realmente fechar os olhos
e deixar-me conduzir pelo fluxo dos meus pensamentos,
mas, a todo momento, essa força me sacode.
A fuga escapa pelos meus dedos enquanto observo as folhas caírem
e os jornais que cantam fatalidades.
Banalidades...
Me perco em tudo.
Me perco em nada.
ATÔNITO
Olho para o relógio
atônito, confuso.
Convenço-me de que
minha hora já passou.
Ao redor,
as pessoas tem pressa
em um contínuo ritmo:
alucinado, frenético.
No fundo,
alguma esperança
de mudança
Reside juntamente com a descrença.
Não posso deixar de sonhar,
caso isso seja minha essência.
Não quero esperar
a minha hora que já passou.
VOZES NO DESERTO
Sem rumo, vagando nas areias desse mundo.
Sem perceber, nenhum minuto em um segundo.
As vozes vão cair num mar profundo.
Ao nascer de cada manhã,
escrevendo palavras vazias,
um aroma de hortelã
vem perfumar estes dias
Ao passo que caí,
o modo como se vai,
a maneira como se saí,
a sombra se desfaz.
Como tudo é passageiro,
nada é um erro.
Um tiro frio e certeiro
transforma o ultimo em primeiro.
O fluxo da luz saindo do escuro,
pelas sombras de um coração puro
as vozes irão chegar aos ouvidos surdos.
Tarde leve e calma.
Passos ao horizonte.
Sentindo a presente falta
de sua origem distante.
Deixar pegadas na areia.
vozes que vão acabar
subindo em uma fogueira.
A chama que vem nos queimar.
SUBVERSIVIDADE
Contestar a ordem.
Desligar os televisores.
Estimular o caos.
Por fim a era dos detentores.
UM HOMEM COMUM
Repensando a existência.
Perseguindo a essência.
Olhando para os lados
constantemente entediado.
Era apenas mais um homem.
Um homem comum.
Sem grande valor.
Sem valor nenhum.
Não lhe tinham apreço.
Não era cortejado.
Apenas um homem.
Em busca de significado.
Sua vida entre bilhões.
Seus passos entre a multidão.
Não possuía respaldo.
Um homem sem paixão.
CANSADO
Estou cansado.
Cansado de mim,
cansado do mundo.
Deito meu corpo.
A mente permanece inquieta.
Buscando algum sentido
em algum lugar.
Cansado permaneço
como meu estado
estado de espírito.
Aguardo os momentos
onde irei revigorar.
Faíscas de ilusão.
Pequenos escapes.
CONFIGURAÇÕES RECOMENDADAS
Vivendo através de configurações recomendadas
perseguindo tesouros abstratos,
todas as ações tornam-se instrumentalizadas para esse fim.
A contínua substituição do viver pelo existir
é um fato dramático que,
por sua vez,
abre uma bifurcação no caminho: robotização ou niilismo?
INCERTO
O homem de ontem
que se dispara contra o hoje.
Rechaçado pela angústia.
Fragmentado pelas dores.
O homem de hoje
se ergue para o incerto.
Rastejante da necessidade.
Circulando no deserto.
O homem do incerto
projeta-se para o túmulo.
Olhando para trás.
O destino obscuro.
PREVISIBILIDADE
Onde tudo é sólido, artificial e previsível,
sou volátil, natural e risco.
Onde tudo é falsamente construído,
tomo um martelo para quebrar esses muros.
Sim, é um jogo de cartas marcadas.
Sabemos que não há espaço.
Nego-me a sentar convosco.
Exijo a destruição da vossa mesa.
Adaptar-se é uma forma de prisão.
Quem dá os termos?
A cada dia não enxergo uma única fresta de luz.
Apenas mal-estar e desconforto.
Não assinei nenhum contrato.
Essa força cada vez mais esmaga.
Só existem falsas possibilidades,
onde tudo é o que não deveria ser.
A ESTRADA DOS PERDEDORES
Vagando como vagueiam os perdedores
pelo rastro da própria sombra segue-se em desalento.
Um corpo desafeto e desalmado
a si mesmo refugia-se em temores.
Pela porta de uma igreja ou quem sabe pela janela de um hospício
esses homens perdem-se em redemoinhos de seu tempo.
A constante espera por um significado.
O rompimento das cadeias de previsibilidade.
No lapso da loucura transcendem os moribundos da razão.
Ondas de conturbações anseiam adentrar no estático paradigma.
Por essas estradas abertas vagueiam os perdedores.
A FUGA
Me perco em tudo.
Me perco em nada.
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Imersos em um calabouço de certezas,
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