Francesco Petrarca

Francesco Petrarca

Francesco Petrarca foi um intelectual, poeta e humanista italiano, famoso, principalmente, devido ao seu romanceiro. É considerado o inventor do soneto, tipo de poema composto de 14 versos.

1304-07-20 Arezzo, Itália
1374-07-19 Arquà Petrarca, Itália
20686
0
4


Prémios e Movimentos

Classicismo

Alguns Poemas

ITALIA MIA

Itália minha, se o falar não vale
Dessas chagas mortais
Que o belo corpo assim te dilaceram-
Praz-me que meus suspiros sejam quais
Tibre, Arno e Pó esperam.
Que, grave e triste, aqui, eu me não cale.
Reitor celeste: ao mal
Vieste piedoso combater na terra:
Volta, Senhor, a teu país dilecto.
Perfeito que és, completo,
Vê por quão leves causas crua guerra.
E os peitos a quem cerra
Marte soberbo e fero,
Abre-os, ó Pai, desfeitos em doçura,
Ao som de quanto é vero
Em minha voz que só de Ti se apura.

E vós, a quem fortuna o freio há dado
De terras tão formosas,
De que a piedade em vós se vai delindo:
A que vem cá tanto estrangeiro armado?
Porque é que o verde prado
De sangue bárbaro se vai tingindo?
Derros vos iludindo,
Sois como cegos, pois que amor contais
Que existe, ou lealdade, em venais peitos.
Ao imigo sujeitos
Mais estareis quanto o comprardes mais.
Ó águas diluviais
Colhidas em deserto
Para inundar os nossos campos breves!
Quem poderá estar certo
Ao dar a mão a quem tem pés tão leves?

Bem próvida a natura quando alteou
Entre nós e os tudescos
Dos fortes Alpes o limite duro.
Mas a vontade estulta em gigantescos
Esforços se empenhou
E trouxe-os como sarna ao corpo puro
Ou dentro ao mesmo muro
Feras selvagens e a virtuosa grei
Que delas, por melhor, será dolente:
Sendo isto procedente
Dessas, ó dor maior, tribos sem lei,
Às quais, como direi, Mário rasgou o flanco
Qual a memória inda não stá exangue:
Quando, no último arranco,
Águas bebiam que já eram sangue.

César eu calo, que sangrento o verde
Pelas encostas fez
Das veias dels por nosso ferro abertas.
Ora não sei de que astro a rispidez
Perante o céu nos perde,
Se não são culpas vossas mais que certas,
Vontades tão despertas
Para gastar do mundo a parte bela.
De quem será juízo ou é pecado,
Se o povo desgraçado
É quem de aflito por vós paga aquela
Gente que nos flagela,
E detestável mais,
Que as almas vende a troco de áureo peso.
Eu falo pra que ouçais,
Não por ódio de alguém, ou por desprezo.

Que mais necessitais que alguém vos prove
Os bárbaros enganos
Que alçando os dedos com a morte brinquem?
Pior é a tortura do que o são os danos.
E o vosso sangue chove
Mais amplamente em ódios que vos trinquem.
No madrugar se afinquem
Os vossos pensamentos: vereis claro
Quem será caro a quem se tem por vil.
Nosso sangue gentil
É derramado por um esforço ignaro.
Fazeis ídolo raro
De um nome sem sentido:
Que o furor desta gente só repousa
No seu pensar perdido:
Pecado é nosso e não natural cousa.

Esta terra não é que andei primeiro?
Não é este o meu ninho
Em que criado fui tão docemente?
Pátria não é da fé e do carinho,
A madre em cujo seio
Dorme quem me gerou, foi meu parente?
Por Deus, que a vossa mente
Disto se mova, e pios contempleis
As lágrimas do povo doloroso
Que só de vós repouso
Ainda espera: e quanto vos mostreis
Que para el viveis, logo contra o furor
Das armas tomará em fúria absorto,
Pois que o antigo valor
No coração da Itália não está morto.

Mirai, senhors, como o tempo voa
E foge a doce vida
E a morte espreita já por sobre o ombro.
Estais ora aqui: pensai nessa partida,
Quando alma nua aproa,
E solitária, ao duvidoso assombro.
Cruzando neste combro
Deveis depor no val ódios malignos,
Os ars contrários à vida serena;
E se o tempo em dar pena
Aos outros vós gastais que a actos mais dignos
Ou das mãos ou dos signos, O vosso ser se entregue
E a mais honesto estudo se converta. Que a vida aqui sossegue
E que a celeste estrada seja aberta.
Canção, tuas razões
Discretamente e com cautela digas,
Pois que te hás-de ir por entre altiva gente que é presa por demente
De usanças miseráveis, tão antigas, Do vero sempre imigas. Entrega teus apelos
Aos animosos poucos que o bem praz. E, se puders movê-los,
A eles grita, como eu grito: Paz!

(Tradução de Jorge de Sena)

La vita di Francesco Petrarca
Brief History of Petrarch
Noccioline #48 - FRANCESCO PETRARCA spiegato FACILE
Francesco Petrarca || Biografia
Renascimento e Filosofia Humanista: Francisco Petrarca
Letteratura italiana 26: Vita di Francesco Petrarca
Francesco Petrarca
Francesco Petrarca: Cancionero
Si Quieres, Te Enseñamos - Francesco Petrarca
I grandi della letteratura - Petrarca
Il Canzoniere di Petrarca, facile e veloce!
Il Canzoniere di Petrarca - struttura, temi, stile.
Who Is Francesco Petrarch?
Francesco Petrarca, Canzoniere
Great Francesco Petrarch Quotes | Petrarch Quotes
Petrarca, en siete minutos | Francisco Rico
Lezione 3 - Francesco Petrarca
Francesco Petrarca: Daloskönyv
Petrarca
Il Canzoniere di Francesco Petrarca ✨
FRANCESCO PETRARCA: CONTESTO STORICO E VITA
Petrarca, vita e cronologia delle opere in 5 minuti
FRANCESCO PETRARCA - SOLO ET PENSOSO
Petrarca, introduzione e vita
Francesco Petrarca - Kanconijer
Francesco Petrarca - La selva delle lettere
FRANCESCO PETRARCA vita, opere, il Canzoniere (riassunto semplice x scuole medie)
Opere di Francesco Petrarca 📖
Francesco Petrarca - Soneto a Laura
Jose Carreras I' vidi in terra angelici. Three Sonnets Francesco Petrarca.
FRANCESCO PETRARCA
Francesco Petrarca
FRANCESCO PETRARCA 1 - DI LUIGI BONESCHI
Rozbor díla: Sonety Lauře (F. Petrarca)
ANÁLISE DO POEMA "SE AMOR NÃO É QUAL É ESTE SENTIMENTO" - FRANCESCO PETRARCA - OBRA DO PAS 1 DA UnB
19-11-2010. Los triunfos de Petrarca.
LITERATURA: O que é "Soneto Petrarquiano" ? 😉. (Francesco Petrarca)
RERUM VULGARIUM FRAGMENTA. IL "CANZONIERE" DI FRANCESCO PETRARCA
Francesco Petrarca: Sonety pre Lauru
Francesco Petrarca
Werle: Canzone 126 di Francesco Petrarca
Francesco Petrarca, proemial sonnet of Canzoniere
Francesco Petrarca - Sonety a kanzóny Lauře (LP Supraphon)
Il Canzoniere di Petrarca: riassunto breve #Shorts
#30: La poetica di Francesco Petrarca
Francesco Petrarca ملخص قصة حياة🇮🇹🔥
Francesco Petrarca - Solo et pensoso
Francesco Petrarca's 10 Famous Quotes About Humanity
Francesco Petrarca (Petrarch) - To Laura in Death. Sonnet Xvi
Francesco Petrarca - ¡Ay bello gesto, ay plácida mirada!

Quem Gosta

Seguidores