Cyber Poeta Silas Correa Leite

Cyber Poeta Silas Correa Leite

O atual literato e Cyber Poeta, Silas Correa Leite, na verdade nasceu no bairro operário de Harmonia, na cidade de Monte Alegre, Paraná, região de Tibagi.

1952-08-19 São Paulo Itararé
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Alguns Poemas

Resenha de GOTO, romance, por Adelto Gonçalves, Doutor em Literatura da USP

LETRAS-RESENHA CRÍTICA

'Goto', Um Romance Pós-moderno Resenha de Adelto Gonçalves (*)

Itararé, pequena cidade do Estado de São Paulo na divisa com o Paraná, ganhou notoriedade à época do movimento civil-militar de 1932 em que a alta burguesia paulista, desalojada do poder em 1930, tentou, de maneira desastrada, afastar pelas armas o regime instaurado igualmente à força por Getúlio Vargas (1882-1954), fazendeiro gaúcho que soube galvanizar o ressentimento das demais unidades da Federação contra a chamada política do "café com leite".

Como se sabe, desde o advento da República, capitalistas paulistas e mineiros, praticamente, tinham o monopólio dos benefícios e benesses que a União poderia oferecer, usufruindo-os à exaustão, enquanto os demais Estados chafurdavam no subdesenvolvimento, quase todos entregues à espoliação promovida por suas oligarquias locais.

Em 1932, deu-se então o episódio da projetada batalha de Itararé, "aquela que não houve" porque as forças de um lado e de outro concluíram que não valia à pena levar adiante aquela guerra fratricida, com a capitulação das elites paulistas, que já haviam sido derrotadas em 1930, com o afastamento abrupto do presidente Washington Luiz (1869-1957). O episódio foi utilizado, de maneira jocosa, pelo jornalista, humorista e escritor Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971), conhecido por Apporelly, que passou a apresentar-se sob o falso título de nobreza de barão de Itararé.

Obviamente, o que houve foi uma conciliação de interesses, que permitiria a Vargas levar até 1945 um projeto de governo autoritário e populista que haveria de flertar ostensivamente com o fascismo e o nazismo, até a virada em favor dos Aliados (Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética) que se opunham aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Hoje, sabe-se, porém, que a história oficial escondeu que houve mortos de lado a lado em Itararé, entre os invasores gaúchos e os resistentes paulistas.

I

Mais de oitenta anos depois, a bucólica Itararé agora entra pela porta da frente da Literatura Brasileira e ganha foro comparável ao do Yoknapatawpha County de William Faulkner (1897-1962) na literatura norte-americana, e de Macondo de Gabriel García Márquez (1927-2014) e de Santa Maria de Juan Carlos Onetti (1909-1994) na literatura latino-americana. A paulista Itararé é o palco das aventuras contadas por Aristides, ou Ari, ou ainda Goto, personagem do romance Goto - o reino encantado do barqueiro noturno do rio Itararé (Joinville-SC, Editora Clube de Autores, 2014), de Silas Correa Leite (1952).

II

Obra do século XXI, em que toda a coerência formal da narrativa já foi desrespeitada, Goto surge como romance pós-moderno, ou seja, é fragmentado, desintegrado e de linguagem rebelde, assumindo-se como não-romance ou anti-romance, ao romper com as fôrmas literárias do Romantismo e do Modernismo, como diria o insuperável professor e ensaísta Massaud Moisés (1928).

Afinal, o barqueiro, em seu trabalho de levar gente de uma margem para outra do rio Itararé, contava para o que ouvia, mas falando na primeira pessoa, exatamente do mesmo modo como havia ouvido o caso. Com isso, o romance adquire também um sentido polifônico, ou seja, composto por muitas vozes que não a do autor, tal como definiu o crítico literário e filósofo da linguagem russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), ao analisar a obra de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). É nesse sentido que se pode dizer que Goto alcança o status de pós-moderno.

II

De fato, dono de um estilo inconfundível, Silas Correia Leite é, no dizer do poeta bielo-russo-brasileiro Oleg Almeida (1971), um dos mais originais escritores deste Brasil pós-moderno, com uma visão da realidade que se manifesta de maneira socrática: com ironia, coragem e irreverência. E isso o leitor constata com facilidade logo nas primeiras linhas deste romance permeado por "causos" contados pelo barqueiro de Itararé, como o do ancião analfabeto que assinava havia mais de 50 anos um jornalão do Rio de Janeiro apenas porque precisava de papel farto para embrulhar a carne de seu açougue.

Além dos "causos" contados em linguagem caipira, há o depoimento em que Goto, espécie de alter ego do autor, conta as agruras pelas quais passou nas mãos dos esbirros da ditadura civil-militar (1964-1985) que tanto infelicitou a Nação brasileira:

"Era o regime de exceção. Era o arbítrio. Eu mesmo senti na pele a dor crucial dessa época (....). Pendurado num pau de arara, sem água, sem luz e sem pão, eu não podia dizer muito porque nunca tinha atentado contra ninguém, minha única arma era a palavra escrita e falada, porque eu era bom de dialética e sabia ocupar meu espaço denunciando, reclamando, pedindo por eleições diretas e o fim das insanidades palaciais. Se eu soubesse muita coisa, de qualquer maneira, confesso que jamais contaria, eu não era um alcaguete e sabia suportar pressões. (Mas apanhei muito. Várias vezes. Quase morri. (...)."

III

Silas Correa Leite, educador, jornalista comunitário e conselheiro em Direitos Humanos, começou a escrever aos 16 anos no jornal O Guarani, de Itararé-SP. Migrou para São Paulo em 1970. Formado em Direito e Geografia, é especialista em Educação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, com extensão universitária em Literatura na Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP). É autor também, entre outros, de Porta-lapsos, poemas (Editora All-Print-SP), Campo de trigo com corvos, contos (Editora Design-SC), obra finalista do prêmio Telecom, Portugal, 2007, e O homem que virou cerveja: crônicas hilárias de um poeta boêmio (Giz Editorial-SP), Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador-BA, 2009.

Seu e-book O rinoceronte de Clarice, onze ficções, cada uma com três finais, um feliz, um de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, por ser pioneiro, foi destaque em jornais como O Estado de S.Paulo, Diário Popular, Revista Época, Revista Ao Mestre Com Carinho e Revista Kalunga e na rede televisiva. Por ser único no gênero e o primeiro livro interativo da Rede Mundial de Computadores, foi recomendado como leitura obrigatória na disciplina Linguagem Virtual no Mestrado de Ciência da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina. Foi tema de tese de doutorado na Universidade Federal de Alagoas ("Hipertextualidade, o livro depois do livro").

Silas Correa Leite recebeu os prêmios Paulo Leminski de Contos, Ignácio Loyola Brandão de Contos; Lygia Fagundes Telles para Professor Escritor, Prêmio Biblioteca Mário de Andrade (Poesia Sobre São Paulo), Prêmio Literal (Fundação Petrobrás), Prêmio Instituto Piaget (Lisboa, Portugal/Cancioneiro Infanto-Juvenil); Prêmio Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional; Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP), Prêmio Simetria Ficções e Fantástico, Portugal (Microconto), entre outros. Tem trabalhos publicados em mais de 100 antologias e até no exterior (Antologia Multilingue de Letteratura Contemporânea, Trento, Itália; e Cristhmas Anthology, Ohio, EUA). Acaba de publicar pela Editora Pragmatha, de Porto Alegre-RS, Pirilâmpadas, poesia infanto-juvenil.

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Goto - o reino encantado do barqueiro noturno do rio ItaraRé, de Silas Correa Leite. Joinville-SC: Editora Clube de Autores, 432 págs., 2014. Site: www.clubedeautores.com.br

E-mail: poesilas@terra.com.br

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(*) Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de Os vira-latas da madrugada (Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1981; Taubaté, Letra Selvagem, 2015), Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002), Bocage - o perfil perdido (Lisboa, Caminho, 2003), Tomás Antônio Gonzaga (Academia Brasileira de Letras/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2012), e Direito e Justiça em Terras dáEl-Rei na São Paulo Colonial (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015), entre outros. E-mail: marilizadelto@uol.com.br

Livroterapia: a Cura Pela Leitura, Biblioterapia, Microensaio mde Silas Correa Leite

Artigo/Opinião:

Biblioterapia, a Terapia da Leitura Que Cura Almas, Corações e Mentes

Livroterapia, Um Remédio Caseiro e Casual Que Escancara e Cura?

-Doutor, estou com graves problemas emocionais, de depressão a falta de apetite, de baixa estima a obesidade mórbida, que remédio o sr me indica?

-Leia o livro tal. Você vai adorar. Vai fazer um bem enorme pra vc. Pratique esportes. Não beba, não fume. Viaje no livro.

-Doutor, pensei em me matar. Não fui uma boa filha. Só fiz coisas erradas. Más escolhas. Agora a idade me cobrando. Caiu a ficha. Preciso de tratamento.

-Vou indicar um remédio: esses livros aqui... Leia-os. Volte a estudar. Se quiser, procure uma igreja, mas lembre-se que um bom livro é melhor do que farmácia, shopping, praia, afinal, vc não pode fugir do lugar que está, do lugar que vc é. Humorterapia tb ajuda. Mas no livro vc se encontra e viaja na maionese, na batatinha... Um ótimo livro é melhor do que Rivotril. Leia e se encontre. Ou se perca. O melhor animal de estimação é um livro. A melhor viagem é para dentro. Ler, amar, e se curar...

Psicólogo poeta? Vá vendo. Quero dizer, vá lendo. Terapia ocupacional: ler vários livros. E consultar especialistas, fazer tratamentos tb. Somando à terapia do perdão, terapia comunitária, estudar muito - fugir, fugir, fugir... nos livros - e fazer regime, se for carência, e nos cursos e viagens encontrar pessoas... Alma gêmea? Nem pensar. Algemas. Prenda-se a um bom livro e tb seja um livro com final feliz. Ler é o melhor remédio. O melhor energético. Livroterapia...

-Dr, preciso de um ansiolítico, uma cura logo, emergencial. Exames. Consultas. Chapas. -Leia esses livros todos, a bula como bibliografia. O laudo é: quem lê, abre a alma, a mente, o coração. Quem não trabalha não se valoriza. Quem não estuda não muda, não sai do lugar. Consumismo é doença. Internet o tempo todo e escrevendo errado é atestado de ignorância virtual. O preço da ignorância é a eterna dependência do achismo, da mesmice. Não seja um coxinha. Vá abrir um livro.

-Dr, como muito. Dr, choro muito. Dr, tenho pesadelos. Dr, preciso de alguém ao meu lado. -Muito bem, paciente, vou indicar medicamentos e... LIVROS. Vá caçar um livro. Vá ler outras vidas. Não foi fácil para ninguém. Seja mais do que um ninguém, seja alguém. Ler é um tratamento eterno... Seja vc tb um livro aberto sobre si mesmo...

Viajar, comer, amar, estudar, ler, brincar de ser feliz. Mágoa atrai câncer. Frustração atrai pesadelo. Ódio não leva a nada, a não ser a doenças. Saia de si, num livro. No livro vc vai sacar que pessoas (heróis, personagens, bruxos, fadas, anjos, monstros, Peter Pan, Sininho, Gepeto, Cinderela, Mil e Uma Vidas) pessoas que sofreram mil vezes mais do vc, e mesmo assim venceram e foram felizes. Resiliência? E vc aí se achando. Perca-se nas páginas de um livro. Seja tb sua vida-livro com um final feliz que vc escreveu apesar de tudo. Frequente bibliotecas. Ler um livro faz bem pra pele. Seja o seu livro uma praia, uma viagem, uma cabana, não cem anos de solidão. Não gosta de ler? Tem tratamento. Não gosta de estudar? Tem cura. É difícil mas tem. Livros difíceis? Pois é, livros fáceis e vc fica "facinha", de lograr, de aceitar mentiras, de acreditar em lorotas... já pensou que lugar ao sol é o seu futuro, se vc se esconde atrás de uma máscara, fingindo que foi o que não foi, que é o que não é? Nem ler, nada a ver. Nada a ser. Leia e seja. Um médico não é Deus. Uma igreja certinha não existe, vc não é certinha e nenhuma religião pode adestrar vc, a não ser que vc seja quadrúpede. E depois, lembre-se: a solidão é a melhor amiga da alma. E um livraço é a melhor companhia. Poesia é bom pra memória, pro espírito, para neuras, remorsos, sequelas. Deus ama quem lê com alegria. Na casa do Pai há muitas bibliotecas... Já pensou que demais? Seja um bom livro, seu super-herói preferido. Leia e apareça. Quem não lê, sabendo ler, é um inocente inútil, um ignorante perfeitinho para um sistema que banaliza o amor, a caridade, a evolução. Leia e evolua. Ou fique aí parado, esperando a banda passar, e vc atrás da banda de falsos contentes desafinando a sua vida em escala errada. Lucros, perdas. Quem lê vale mais. Vale quando seja. Conteúdo. As aparências deformam o caráter. Quer escolher alguém para ser feliz, seja feliz antes. Se ele tem mais livros do que beleza, ame-o, e deixe-o amar. Cresça e apareça ao lado dele. Se ela tem mais cursos e diplomas do que sapatos e caixas de maquiagens, e adora trabalhar e estudar, vai ser a musa ideal, a esposa ideal, vc vai crescer com ela, ser feliz, ficar rico com as mãos limpas, nas alegrias e nas vitórias. É sim, possível ser feliz sozinho. Se vc está em boa companhia, quando está sozinha com um livro na mão, vc tem o que oferecer a um outro ser. Um celular sem crédito, e vc pouco ligando. Vai reler aquele clássico famoso. Vai se reaprender. Vc vê as fotos de vc menininha, de sua mãe gestora, de sua vida evolutiva, e sempre está com um jornal, uma revista, um livro na mão, ou desenhando, lendo, estudando, e olha-se: venceu por seus próprios méritos de muitas leituras, estudos, cursos, diplomas, conquistas, vitórias. Sua vida um final feliz. Quem não lê muito não se ama nada. Alme-se: LEIA. Quem não estuda sempre vai morrer sem ter uma vitória de garra para contar como referência. Quem quer um livro de um mané, um asnoia, um zé ninguém, se a mesmice e a verdadeira autoajuda é a ajuda mutua, o esforço, o sacrifício, o além de si, a determinação, a transparência, e assim então uma verdadeira alta ajuda. Que exemplo vc é para sua família, ou vc é mais um, ou para vc tanto faz como tanto fez, não significa nada sendo o que é?

Leia a vida-livro do autor. Leia a história do personagem admirável. Vc nasceu, seu nome foi escrito no livro da vida. Vc casou, ganhou uma pg de livro de oficio, num cartório. Vc lê a bula que é a pg de um remédio, a química, a biologia, a homeopatia. O laudo foi negativo e está ali mais uma página de sua vida limpa. Seus diplomas, suas escrituras. Quando vc morrer, escreverão seu nome num livro. Aqui jaz ou "aqui jazz"? Dance conforme a música do livro. Ora, se tudo se enlivra de vc, e vc lendo se livra de tanta coisa ruim, quando morrer, seu nome sendo escrito no livro do céu, pq vc não lê então, se tudo retrata vc? Quando Deus escreveu vc, Ele estava virando pra lua, ou vc aceita a escuridão da ignorância e da rotina, e tem um medíocre repertorio de palavras, escreve errado, querendo palpitar sem saber... Leia e aumente o volume do seu cérebro... Morrer sem ter lido os mil melhores livros de todo mundo, vai fazer de vc uma ameba com godê. Bonitinha mas tapada. Grã-fina mas ruim de diálogo. Saber ler mas não lê, acaba uma ignorante política daquelas. Já pensou, seu cérebro um receptáculo de tudo que faz de vc ser pequena, a fofoca, a vizinha topeira, a amiga burralda, a parente analfabeta, quando estudar vai abrir sua concepção, e ler vai fazer vc medir informações, escrever melhor, saber usar o verbo viver em toda esplendência?

Biblioterapia. Livroterapia. Eis a fórmula secreta. Dieta da lua? Dieta da USP. Cursos, diplomas. Rato de sebos. Dieta do Livro. Leia e emagreça. Pedale seu livro. Plante um livro em seu canteiro neural. Resuma o livro, copie o livro, critique, escreva ao autor, à editora. Indique o livro. Coma o livro, beba o livro, respire os livros. Empreste o livro. Seja freguesa da biblioteca ou da livraria de seu bairro. Gaste dez por cento do seu salário com livros, cds, dvds. Tenha a sua própria coleção na biblioteca em casa, feito um pedaço de um infinito particular. Sentiu firmeza? O céu pode ser uma grande biblioteca do Criador, um paraíso de livros. Vai repetir de vida, ou vai repetir de livros? Onde a sua vida-livro se encaixa da biblioteca da natureza? Ou vc é um caso perdido, um pé no sacro, um final infeliz, uma pobre e analfa e reaça alma perdida a vagar nessa dimensão cósmica numa travessia da Via Láctea? Olhe para o céu que há no livro, e se livre do inferno que as suas escolhas obscuras fizeram de vc uma refém do ostracismo.

Será que o seu login depois da morte é o nome de um livro clássico, e a senha, no portal do infinito, é um guardião alado dizendo: -Evolução ou retrocesso? -Quantos livros vc leu, camarada? Se leu pouco, voltará dependurada num cipó de Darwin, com seu DNA corrompido, a placa mãe retardada. Se leu muito, um lugar melhor será o seu futuro e dirão, que vc mesmo teve um belo romance de vida, que escreveu com seu suor, suas lágrimas, seu sangue, e também, claro, com seus cursos, diplomas, e livros que inspirou, leu escreveu e foi de alguma forma capa e espada tb. Mas não acredite em verdades perfeitas, nem tenha aquela velha opinião formada sobre tudo. Critique tudo. Com sabedoria curricular e cultural. Mas com base. Nunca questione escrevendo errado ou sem pesquisar antes. O selfie pode esperar. Vidinha medíocre, paz burra. Só idiotas não têm inimigos. É mais cômodo e seguro ser um mané, uma perua, né não? Ser burro não dói nada. Aprender dignifica a fé, a obra, o ser. O que vc pensa, cisma, pensa, exprime, escreve, diz mais de vc do que vc acha que diz ou é. Não compartilhe bobices, fascismos, neuras sublimadas, resignações de panelas. Leia-se e seja-se. Fuja num mapa do livro. Solte as amarras. Use a imaginação. No reino da fantasia há muitas jornadas espirituais. Pague pra ver, pra ler, pra ser, crescer e aparecer... Quem lê vale mais. Quem lê poesia vale muito mais. Ler e criar, é só começar. Ler e curar-se, é só continuar a ler muito e bem...

"É comum confundir Biblioterapia com ler livros de autoajuda. Alguns títulos de autoajuda são úteis e podem ser aplicados junto com o tratamento", diz Rodrigo Leite, (Coordenador do Ambulatório Geral do Instituto de Psiquiatria da USP, a Biblioterapia)

Ou vc quer ser uma merreca de um cerebrozinho de carruagem de abóbora selvagem, com inúteis e bobos mil tons de cinza de anões de jardins cheio de coliformes fecais de abutres? Vire a página. Seja freguês de uma estante cheia. Mande ver. Mande LER. A melhor pedagogia é o exemplo. A maior e melhor lição é não ser tapado e nem metido a cult ou artista de embustes, sem ser sequer ser um eterno aprendiz da alma humana. Livro ensina. Aprenda.

Quando eu morrer eu quero ser LIVRO.

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PS: Livros viram 'remédios' para paciente psiquiátrico. Fobias, ansiedade, bulimia e depressão podem ser tratadas através da leitura. Histórias são indicadas pelos médicos. Ler pode ser um importante aliado em tratamentos psiquiátricos. É o que apostam especialistas da Biblioterapia. No Reino Unido o método ganhou apoio do governo por meio de parceria entre médicos e bibliotecas públicas, que transformaram-se em verdadeiras farmácias culturais: os livros são 'prescritos' em receitas e emprestados ao paciente. Jornal O Dia - Inglaterra.

Escreveu:

Silas Corrêa Leite, Livre pensador humanista, blogueiro e ciberpoeta premiado.

Autor de vários livros, premiado em diversos concursos, constando mais de 800 links de sites e em mais de cem antologias literárias de renome em verso e prosa, até no exterior. Contatos para palestras, congressos, debates, entrevistas, críticas, torpedos, etc. E-mail:

poesilas@terra.com.br

Último Romance no Site da Folha de São Paulo:

http://livraria.folha.com.br/ebooks/literatura-ficcao/gute-gute-ebook-1316008.html

Livros a venda no site: WWW.livrariacultura.com.br

OU no: WWW.clubedeautores.com.br

Filosofias do Silas Correa Leite

"FilosoSilas"

Cem "Bijutelíricas" do Livre Pensador Humanista Silas Corrêa Leite

(Perguntamentos, Desesespelhos, Desabandonos e Alucilâminas)

Almanaque de Cem Doses de LactobaSilas e suas "siladas"

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"Adquirimos sabedoria? Eis um belo paradoxo,

já que a sabedoria é fruto das perdas

e não das aquisições." (Alma Welt)

01.Quem tem uma só breve e inócua razão para querer continuar existindo, é doido de parafuso solto e da pá virada e da pá varrida...

02.O destino da existência do chamado "humanus" no telúrico inferno humanizado é a nossa cruz adâmica ancestral e ainda corrompida

03.A natureza nos protege de nós, porque quando nos sentimos superiores por ela somos derrubados como árvores podres

04.Só os imbecis são felizes

05.Nossa infância é o nosso maior tesouro

06.O silêncio é a maior prece de uma ser "almando" uma outra superior alma na placa mãe sideral

07.Nosso fim revelará nossa honra ou nosso horror no verdor da existencialização

08.O homem que se proclama bom, não é realista, é um mero burro de carga amoral

09.Algumas pessoas com peçonhas conversam só para fugirem de ser o que pensam que são

10.Não podemos amar o outrem, se não toleramos nosso próprio reduto intimo, sendo perversos e egoístas na nossa mais secreta interioridade recalcada

11.Só quem ergueu sozinho, com luta, fibra, sangue, choro e ranger de dentes, seu futuro limpo, é que tem direito a arguir alguma coisa de um lado ou de outro

12.Amigos mesmo cabem na palma da mão, mas sobram dedos na hora de contá-los no frigir dos problemas e enfrentamentos

13.Pelos nossos inimigos nos conhecerão e nos reconhecerão em honra, glória e respeito

14.O tal do bendito sucesso é só uma mentira de ocasião

15.O homem é o estrume no esgoto da terra, o aterro depositado do espaço, onde estão depositados todos os vermes

16.Quem muito de si mesmo fala, um jumento presencial embala

17.Virtutes, acertos e erros, afinam prudências ressentidas

18.O tal dos reinos dos céus começa a ser assentado depois de uma nossa particular e infinito mea-culpa

19.O homem é antes de tudo, acima e sobre todas as coisas, apenas um mero eco à beira do abismo

20.A melhor arma contra um inimigo é um currículo espetacular, portentoso, excepcional, fora de série

21.Os nossos maiores êxitos são desaforos obscuros, oportunismos sórdidos de mal- feitos, aproveitamentos escusos de ocasião, como indecências que resignamos e contamos palha com um papo furado que fura o olho da verdadeira verdade em nome de uma falsa meritocracia de ocasião, do rastilho do ocaso, do cardume do acaso e de um nefasto percurso maquiavélico...

22.Ser você mesmo faz parte de seu verdadeiro caráter. As vezes dói a portabilidade de se ser, mas, mesmo doendo, não queira parecer ser o que não é, nem pensando que pensa, pois fingir mostra a escurez da falta de escrúpulos assentando tijolos de vaidades customizadas com chiquezas espúrias de pústulas

23.Na verdade, o melhor do sumo de nós mesmos, aprendemos sozinhos e em enfrentações com sequelas de dor em neuras, mas nos cabendo em nós, desfrutamos o fortalecimento depois de erros, acertos, apreendências

24.Nossas opiniões só fazem bem para a nossa pose

25.Feridos venceremos

26.Toda razão perfeita e acabada de quem veio do pó começa a esvair-se quando vamos ao banheiro soltar um barro

27.O futuro sempre começa a ser construído bem lá atrás, com nossas ações contínuas de perdas de lastros setoriais ou customizados de clã e meio. Só assim nos livramos de nós e de ranços, e ergueremos nossa própria sombra, muro e pódio

28.As pedras rolam em artes. Que pedra polida queremos ser, parados, em mesmices e achismos, criando limo e húmus vegetativo?

29.A melhor lição de vida é um exemplo limpo de vitória em campo minado

30.Toda reclamação deveria vir precedida de uma bela ideia de conserto, solução ou refinamento para uma purgação evolutiva

31.No amor sempre existe um pouco de enlevo circunstancial, de devaneio residual, e de submissão unilateral

32.O dia de aprender voar, não é o dia de se atirar no abismo com paraquedas de ego doentio superestimado

33.Quem vê muitos monstros habita o surto circuito do miolo mole de um deles feito espectro

34.Se falamos de verdades olhando no espelho, fugimos do medo-rabo de nós mesmos

35.O ser humano mais do que um acidente criacional, é um embuste e uma mentira da conspiradora natureza corporativa

36.O dia que não lemos alguma coisa, não existimos

37.A alma tem sabedoria toda peculiar e inerente, que até a lucidez desconhece

38.Algumas pessoas com peçonhas deveriam vir ao mundo com tarja preta na fronte

39.Extremismos são impotências sublimadas

40.A solidão do homem no espaço é o cadáver insepulto de si mesmo que ele leva no lombo de sua mediocridade

41.Amar é despertencer-se

42.A meritocracia é uma enganação assistida, um erro

43.Todos os grandes pensamentos e as grandes ideias, foram produzidas na intimidade privada de um banheiro, como contrapartida para um descarregamento de intimo transido.

44.Todos os cadáveres deveriam ser congelados, desde o surgimento e evolução do homem na tábua de carne da terra, porque no futural vai faltar alimento e nutrientes básicos

45.Só tragédias curam paixões impossíveis

46.Quem acha alguns idiotas, deve estar procurando sustentação e companhia para sua tacanha mediocridade

47.Algumas pessoas sabem ser confidentes, e sacam o que deve ser isso, não tentam ser extintores de incêndios

48.Pessoa que repete que lê, como papagaios de piratas, é entidade vazia de si mesma

49.Estar só é um colírio, se você sozinho consegue ser um vencedor limpo em teoria e prática, você merece companhia qualificada para se reproduzir, não fazer parte do sistema

50.O humano que é um sofredor bem resolvido, tem em sua sapiência espiritual de recolhes ascendentes um ótimo butim

51.Gosto de brigões. Não gosto de cagões. Nessa vida é mesmo assim: ou você é um Nerd, ou você é um merd.

52.Quem não gosta de animais, não se enxerga.

53.Querer tentar ser sábio, significa porões, tormentas, sequelas descompensadas, não vitória boba com mãos sujas

54.O cérebro faz parte do kit básico da evolução necessária. Todos deveriam usar um

55.Quem não ergue, não constrói seu dia, cava seu poço de mediocridade. Deveria tentar arte como libertação. Quem não trabalha, não estuda e não lê, é parte da escoria tangida pela mediocridade.

56.Pessoas confusas, inseguras e fracas, fazem mal pra cadeia residual da civilização. Deveria haver um mosteiro para ateus, cegos e frustrados?

57.O homem que nunca deixou de ser criança, é que nesse conhecimento adquirido potencializa o DNA quântico do evoluído humanus em si

58.Ninguém é louco sozinho. Deus é o maior louco e solitário do universo multipangalaxial, e ergueu todo esse Big Bang que virou orquestral Big Band espacial, já que do jazz nasce a luz

59.Opinião é como fralda geriátrica: cada um preenche seu vazio dogmático com o que acha que fez de si e na verdade não fez

60.Para os animais, o homem é um deus. Para Deus, o homem para chegar a ser animal ainda tem que sair do lugar que está, pois está no átomo sem cachorro

61.Casar é humor a dois. Ou é tédio, rotina, apropriação, iniquidade, dezelo intimo e parcimônia com a infelicidade conjugal reciproca

62.Todo homem é um ignorante na sua essência

63.O melhor pensador é aquele que reflete com realismo sobra a sua sentição e o seu próprio lado sentidor enquanto neura, fuga, tentativa de achismo

64.Poeta que não lê o defeito de si, não sabe o que de per-si é, não sabe o que é uma coisa ou outra.

65.A vida é rotina cruel, tédio. Viver é plágio. Morrer é pós pago?

  1. O homem é um câncer historial.

67.Nossos maiores bens são nossas estadias de severos estudos

68.Quem não sabe se doar, não faz parte de um todo sagracial ético-plural comunitário

69.A ilusão consentida e alumbrada alimenta e amola a faca cega da esperança

70.A arte tende a ser a libertação do ser de si

71.Somos todos meras cópias. Alguns, nem isso

72.Quem não ama seus pais, e quer julgá-los sem estar a altura, nunca será nada na vida e na morte também

73.Nas profundezas da alma acesa em lume neutro, estão todos os tipos de tições de monstros que afinal nos restamos

74.Viver intensamente é tribunal, alga, palco, iluminura e refinamento com o qual cerzimos a pele arisca do dia

75.Algumas almas bobamente boas, habitam corpos parasitas

76.Odiar deveria ser proibido. O ódio enfeza o odiador, e só faz bem pras fezes.

  1. A vida inteirinha tentamos ser o tempo todo o mais distante e diferente possível do que realmente e na verdade somos

78.Numa guerra todos perdem. Até os vencedores

79.Um mestre que não tem um aluno muito melhor do que ele, não foi um bom mestre

80.O mundo da imaginação coletiva é que permite uma realidade substituta, com todas as suas lonjuras, pompas de podres poderes e sofisticadas mentiras com significados libertários pífios, ignóbeis e rasos

81.Perdoar é divino. Tirar lições de errações é que fortificam nossas muletas de prosseguimentos

82.A esperança é a inteligência da vida

83.O que nos mata, nos leva consigo

84.Quem mal vê, mal ouve, mal sabe, mal capta. Aprender é sempre um curtume de aproximação com o diferenciado de nós

85.Todas as vezes que levantamos a voz, perdemos o conteúdo, a razão, a ética

86.Todo idealismo é chulo, farpa, nonsense, um verdadeiro chute na sombra

87.Todo caminho é corrente, vazão e hangar

88.Toda certeza é esgoto de esgotamento neural martirizado nas aparências

89.Não vivemos por nós, mas pela manada com grife

90.Nossos erros de escolhas e situações, nos acompanharão por toda a corda esticada da eternidade

91.Fórmula de felicidade: olaria, silo, salina, embarcadouro, biblioteca

92.Ser feliz é fazer alguém feliz

93.A grandeza da vida é a belezura de ser simples

94.A vida é muito curta para ficarmos preenchendo questionários de renúncias e de perguntamentos

95.Nossa força pode ser nosso algoz

96.Nossos pecados são nossos professores

97.Quem remói muito um osso duro de ruir, é animal de sua própria insignificância

98.O amor é eixo e farol. Quem não se desarma, não ama

99.Somos o nosso próprio capital. As ações que somamos é o árduo trabalho, muitos estudos, leituras a todo e pleno vapor, e assim erguemos um castelo com a cara e coragem de nosso encantário vivencial, feito documento de presença, de passagem e de estadia nesse plano dimensional de uma dobra do espaço

  1. Tudo o que você fizer no calado da viagem e no dizer nas honras, feito desaceleração de partículas, será usado a favor de você, ou contra você, em sua acusação, naquele bendito final feliz em que todos morrem, e todas as páginas do livro aberto de sua vida regurgitarão além de sua retina como um ácido nucleico da barriga dos céus gerando uma evolução, ou uma volta ao estado primevo dos perdedores e infelizes, para uma nova tentativa...

Silas Corrêa Leite - Texto da Série Assim Falou Silas e suas Culatras

E-mail: poesilas@terra.com.br

www.artistasdeitarare.blogspot.com/

Livro Assustador 'K, O ESCURO DA SEMENTE de Vicente Ferraz Cecim

Pequena Resenha Critica

O "K"(aos) Numinoso da "Literapura"de Vicente Franz Cecim no Livro que já Nasceu Clássico

"K, O Escuro da Semente"

"Viver vale/Um delírio"

Sergio Capparelli, in, De Lírios e

de Pães/(A partir de um provérbio chinês)

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Prólogo: E-mail ao editor:

Olá Nicodemos Sena - Editor da Editora LetraSelvagem

Saudações. Assustado acabei de dar uma passada em transe no livro do CECIM. Que lindeza de loucura! Nunca a leitura é só uma vez só ou inteira nele/dele? Nunca tinha lido nada perto de parecido. Vivendo e levando susto; se eu ler mil vezes o K, conhecerei todo o abecedário neural/trans-espiritual do cara? Benza-Deus como diria minha genitora. Onde já se viu isso? Tentei ir lendo e me desatando os nós das sandálias, mas ainda não foi fácil. Acho que perdi uns parafusos, atiçado e alumbrado... Esse CECIM existe mesmo ou é invenção da letra selvagem na Amazônia-brasilis-Andara? Mando texto anexo com erros e acertos de comentários sobre o baita livro, para vc ver o que acha(...) Perdoe as ligas e anelos e divagancias; pensa que é fácil? E que o K tenha piedade de nós pobres mortais comuns.

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-... o impacto deste livro "K, O ESCURO DA SEMENTE" em mim - como desde antes na aturdida crítica especializada como um todo - e a técnica do contraponto, enquanto na abarcada (e proposital de feitio) dualidade "poesiaprosa", até o assustador jorro neural diferenciado do autor, Vicente Franz Cecim, já consagrado em outras obras espetaculares como único e raro no (seu) gênero que particularmente criou, como fora de série, de onde esplende sua "verborrágica" (aí se juntando verbo e mágica), loucura-lucidez, o já chamado estado "álmico" e o numinoso na mesma rapsódia, e, você, leitor, pego pelas palavras não saca assustadiço do que afinal se resta na leitura inesperada, se mergulha nesse "K" do literato, ou, se assim mesmo, literalmente resta-se também como um "koiso", no "kaos" leitural, ou se só e ainda "bebesorve" da almanau do autor nas escrituras em enlevo, provocadora, incomum porque especial, feito alucilâminas em "prosaverso", em que eu, lendo, também, por assim dizer "enloucresço". Livro que mexe com o leitor é livraço. Como é que pode isso, como é que pode assim? Livro bom é quando o leitor morre no final? Passei perto.

-... você vai, digamos, navega (nave cega a priori), depois, lê-se, vê-se, e capitula, se enleva também atraído, fisgado, abduzido, o que quer que seja a surpresa e o chique do chamamento ulterior. Como pode alguém (no humano), escrever isso, de-assim, desse jeito, assaz, na fuça, tresloucado, literalmente diferente e sem explicação, mas, estupendamente transpolar, multipan-polar, literalmente "literapura", dando com as palavras entrecortadas (e, entre, contadas), fragmentos/entre/vistas, numa vazão como magma entredentes/entrementes, alma limada (lixada?), tirando clarezas de sutilezas, cactos acesos de brutezas; tirando do "spiritual" (arrebatamento?) de si esses mantra em tons e tintas de um surrão interior, como se a nos "almar". Esse Cecim é único no mundo das ideias, das artes, da literatura singular que per/segue? Já antes elogiado por críticos de alto nível, já bem editado, até no exterior consagrado, já em continuação em sua sina sígnica, como uma espécie assim de um livro de Jó, de profecias (e profe-ceias) de Isaias, ou de Salmos contemporâneos e pós-modernos, a escrever sempre e tanto o mesmo livro - o LIVRO DE CECIM - continuando um tomo no outro e no outro, todos os livros um só, todos os livros ele mesmo em seu perene estágio de espírito; estado de semente de mostarda aos quatro ventos, aos sais de si, nas desaceleração de partículas do sal e de açucares de si, neutrinos narrativos, per-furando criações, entre pólens, ácaros, ícaros, troios até (mistura de joio e trigo), em perigritantes (perigos/gritos) a deslavar-se, enlevando-se, deste êxtase que fez e produz o poeta e literato sobre a arte como libertação/levitação. Cecim escreve como quem, ponhamos, se levita?

-... K, O ESCURO DA SERPENTE, segue a trama-tramóia-trauma metafísica da "asaserpente", transcreve o lumiar do encordoamento dos andamentos-continuações, pois a vida e a arte são isso: pesadelos customizados. Ah o adâmico horizonte agônico do ser/ente do devir. No dial quebrado de CECIM, o éter na mente é palavravável com atiço de imaginação? Tudo na sua obra é pura vidamorfose. O alfabeto humano não é humano? O homem é um erro, uma falha, uma falta de? Pois a arte é (precisa ser) o/esse preenchimento de vazios entre penumbras. Alvuras padecem rascunhos, e podem ser ranhuras de erratas elípticas. Os livros de CECIM não são deste mundo? Que mundo? Que desmundo? Ah a vox que clama no deserto dos bárbaros contando do ovo do sono, nessa sodomogomorra que ainda precisa de babeis para coroar o vazio da alma insepulta do Homo sapiens ao Homo demens, e do Homo degradandis ao homo interneticus...

-Considerando (especulando) o "K" da obra que aqui também supostamente pode ser de "Kaos", palavra de origem grega que ocorreu por volta do ano 800 AC com Hesíodo na Grécia antiga, e que era usada pelos gregos significando vasto abismo ou fenda; palavra que também alude ao estado de matéria sem forma e espaço infinito que existia antes do universo ordenado, suposto por visões cosmológico-religiosas, e, finalmente, o sentido mais usual de caos: de desordem, confusão, grande vazio ou grande amplitude, vazio primordial, podendo se pensar sobre que espécie de semente é essa, esse escuro que o autor burilando cria, entoa, evoca, ou que escuro é esse veios de sementes criativas do autor? Aliás, a bem dizer, Cecim não escreve, destila-se, destrincha-se, dilata-se. Quando escreve ao sair de si, entra (encontra) seu Nirvana? Ai de nós! Falando sério, CECIM descobre o inexistente, desdobra a regra formol, e, ao se assentar escriba, escrevendo vivifica a nosotros com seu tear de criação, afrouxa nós em entalhes e preciosidades de literatura esplendente de primeira grandeza lítero-cultural-criacional. Você entra no livro para ler o "romance"(?) de 384 páginas, e começa também a ler as entrelinhas e as linhagens dos desenhos gráficos, estéticos, pseudodispersos, vai entrando pelas beiradas e parágrafos abertos, e depois entra nos casulos de sua plantação de cenas, de cenários seus inventariando incêndios íntimos, e quando se vê não há como rotular, nem como nominar nada, você não se encontra mais, se perde de critérios e normas, nessas cantárias dele de criar o não-ser dizendo, o não-lugar aclareado, os sem nome, sem teias, num enlevo de um ser vertido para o nosso comum dizível, no entendível, no nominável enquanto prosa, enredo, ensaio, romance(?) em prosa poética, destrinche, prosa poética que seja em estrofes deitadas, vertentes e pinceladas de limonódoas, bijutelíricas, aqui e ali dando um susto no leitor que, também, perde-se de si, embarcando nessa canoa atiçada de K para ver e sentir, fluir, ver aflorar também frutos e raízes, e depois ainda (e por incrivel que pareça) não sacar exatamente o que é o ali e quando, arrebatado, sem ter um eixo exato do que é uma coisa e outra, porque, até mesmo na chamada Linha de TAO, o que não é passa a ser, o que já não existe se vê/lê, pois criado é nutrido, e o que se diz pode não ser exatamente quando, e o que se desdiz é ante-facho, arrebatamento, lume e correspondência com o que agrega o todo, formando a obra, em que o autor se dilacerou, plantou, orbitou, entre incensos, detalhes, silêncios, paradigmas, experimentações, pensagens (pensamentos mensagens), e deu a luz (bem isso) a esse livro-continuação, um livraço que já nasce clássico no gênero (que gênero?), livro lume e foz, enquanto assustador de tão rico e nobre, de seu tanto acervo de densidade em competência de zelo experimental (existencial) que seja na própria olaria de sua com-feitura. "K" é isso e muito mais. O que dizer ou tentar isso, depois de sair-se pelo menos alumbrado dessa arca de todas as palavras, todas as somas, todos os riscos e de/lírios de trânsito neural, de marco criacional, até assentar de novo no crível do plano existencial reles e trivial e comum dessa vidinha efêmera, desembarcando então dessa leitura/embarque?

A obra recheada de partituras lítero-poéticas de CECIM, quase um livro-ensaio "sagradoprofano" de bela e feliz e exuberante experimentação audaciosa e com altíssimo (em todos os sentidos) despojo lírico-espiritual-álmico todo próprio dele, feito epifanias de eulogias de gnosticismo laico, por assim dizer. Deus inventou as palavras, o dianho caído inventou os números, e os seres inferiores da casta telúrica deram de inventar a arte ousada para se sentirem cultuadores da criação que há no nominável sem prumo, no risível em sangria desatada, e no finito com aparência de divinus em perigrinanças nessa terra de Andara, Neverland, Pasárgada...

Matizes e iluminuras, derrama e esparramento de oleiro ornando sementes nidificadas, tramando poesia em prosa e contações, com anelos de temáticas em linguística muito bem barulhada e torneada. Tudo ornando livro, páginas e rumo sequencial num tabuleiro que parece labiríntico, e não é, e você segue o curso da trama, indo a navegar sem saber exatamente o que é margem, o que pode ser correnteza, o que tente a ser escoadouro, ou mesmo píer, mas sustentado pelo susto do porte da obra e então se deixa levar como um homem-árvore sendo nutrido, estra/vazando, muito além do simples e comum, seguindo as terras do bem-virá de Andara, como um leitor se escrevivendo e "escrevilendo" na alma de lã de vidro do autor, sem se desnortear das narrativas, ideias que arrebatam, falando, dizendo, feito um estado onírico de se entrar e sair estupefato com a musicalidade das letras do autor. Um reino de fantasias feito de palavras com/pensadas que agrega estrofes como ovelhas num rebanho historial. O fantástico e o inverossímil se apresentam. O inverso também, tudo pendurado nos cipós das implicâncias e reinações. E os paradoxos que se unem? O que pode parecer trevas é luz, o que parece luz é pântano escorregadio, e o que parece difícil é simpleza entre o lírico e o acabamento dele, numa atmosfera de lucidez/espírito/toleima/confeito lustral.

Do livro K e dele o autor CECIM, diz o literato da USP Adelto Gonçalves (In site Pravda/Rússia): "K O escuro da semente é mais um daqueles livros que o autor chama de "visíveis" e reúne na obra imaginária Viagem a Andara o livro invisível, que não escreve e só existe na alusão de um título. É o que o poeta denomina de "literatura-fantasma", em que foge a uma classificação formal, pois não se sabe se se trata de um romance escrito em prosa poética ou de um longo poema em prosa, mas sim de um gênero híbrido, que absorve todos, constituindo um diálogo entre Pai e Filho ou entre irmãos, como Iziel e Azael e Oniro e Orino. É também o seu primeiro livro em iconescritura, pois une imagens e palavras. De difícil leitura e definição, ao menos para aqueles leitores pouco afeitos à poesia menos convencional, o estilo de Cecim lembra a inquietação existencial de Samuel Beckett (1906-1989), Thomas Stearns Eliot (1888-1965), Ezra Pound (1885-1972) e Franz Kafka (1883-1924), passando ainda por Lautréamont (1846-1870), especialmente o de Os Cantos de Maldoror, e Zaratustra (660-583 a.C).

Tudo em CECIM adquire voz própria, rumo único, alma dilacerada ou se reconstituindo/criando seu mundo todo próprio, sua literatura toda única e especial, entre o ser marcado, o feérico, o inusitado, entre esvairados utensílios, criando pomos, pontes, tomos, diálogos, parágrafos, ramas e floresteiros, feito tudo em K, O Escuro da Semente, um achado, um achadouro. Com o suprassumo de sua alma, o autor escreve os sutras quânticos de uma obra que ao mesmo tempo que tem suas epístolas, tem suas respirações visionárias, sua drenagem de insurreição, sua peregrinação em sumulas, "nuvensfronteiras" se abrindo, sinfonias de letramentos jugulares. Leiam o livro, mergulhem nele, e nunca mais caiam em si, nunca mais caibam em si, nunca mais respeitem sextantes ou areias movediças. O tal do "céuterra" é dentro dos nós das cinzas de nós? A "Alma/zonia" é ele, dele, e em nele se reproduz em livros, assim como livrações mesmo, até nesse "serdespanto" em que afinal nos restamos todos com o que nos nutrimos de ler Vicente Franz Cecim.

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Silas Corrêa Leite - Professor, Jornalista Comunitário e Conselheiro em Direitos Humanos. Ciberpoeta e blogueiro premiado, escritor membro da UBE-União Brasileira de Escritores, Autor entre outros de GUTE-GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance, Editora Autografia, RJ.

BOX:

K, O ESCURO DA SEMENTE

Vicente Franz Cecim, Editora LetraSelvagem, 2016 - Coleção Sabedoria - www.letraselvagem.com.br - E-mail: letraselvagem@letraselvagem.com.br

Desestórias: Um Clássico de Márcia Denser Que Resgata Memórias, Em Sangria Desatada

Breves Apontamentos de Rebites para Um Rascunho de Quase Resenha Cítrica:

Márcia Denser, Sangria Desatada em Suas “Desestórias”

Rastilhos em Polvorosa em Apontamentos Para Desestórias

01.Tô na "leção!" da Márcia, PQP, que tornado de informações, lucidezas, ela ferina, libertária, mordaz, alucilímpida; um livraço, vale quando pesa, quem não ler é desconectado do que realmente se passa nos bastidores dos totens, antros, subterrâneos de pompas, o raio que o parta. Aliás, o livro é um raio abrindo memórias ressentidas, ressecadas, vc acaba por rever-se no aparelhamento da história como um coice, uma aula, uma lição, um verdadeiro mapa mundi de sepulturas malcaiadas, e tem que ler bebendo - para não acabar numa roleta russa de remorso e estupidez...

02.Que loucura o livraço da Márcia, tá tudo ali, um ensaio sobre terremotos; o olhar ferino- mordaz extremamente lúcido dela, libertária, porra louca, em lições de brasis e mundis, aulas sobre tudo, repassando histórias, falsidades, insurreições, um livro-aula-campi, quem não ler nem se sentirá na sobrevivencialização... Tô relendo e anotando, PQP, tb tô anotando me sub/vertendo comentários, porradas, vai ficar uma zona, mas vou indo, que mente vodkiana, hein? Temos que ser resgatados do inferno da mesmice, do achismo, do ódio customizado com rúculas de aberrações, bizarrices e toxinas?

Começo:

“Eu me interesso pela linguagem porque ela me fere ou me seduz”.

(Roland Barthes)

 

-DESESTÓRIAS DE MÁRCIA DENSER – Márcia Escorraçai por Nós

 

Somos todos discípulos do ridículo, somos todos apóstolos do caos, pobres tantãs entre embrutecimentos de comodismos? Parceiros em potencial de analfas, reaças, amebas, consumistas, nessa ridícula e cotidiana rotina pica-couve do raio que o parta a fórceps? Henry Muller, tenha piedade de nós. Irreverente, a escritora/romancista La Denser, o tango fantasma dela metamorfoseando em nosotros caras pálidas seus ledores-camaleões-chacais, numa terra em transe? Ave Césio. Os que vão subviver são uvas verdes no rede-moinho das aparências hostis. Uma refugiada ou uma desertora, a autora-escritora ela mesma esturricada de contemplações ferinas? Ah, escorraçai por nós. Nós? -Núcleo de Otários Subordinados. Nesses tempos tenebrosos (Brecht), deveríamos todos errantes ser vacinados contra raiva desde o ventre. O escuro é nosso e ninguém taxa. Eis a nossa cota de trevas. Coxinhas, grávidas e black bloc primeiro; La Denser tirou o medo-rabo do pedestal do lepo-lepo em DESESTÓRIAS, ou não-histórias, crônicas, artigos, opiniões, ensaios, tudo numa leva do bem bolado e bem sacado no estertor. Ah a indignação  pondo mais do que história-remorso. Só mesmo se inventariando do que se enlivra e regurgita seus vagidos narrativos, feito orgasmos múltiplos de doses duplas de realidade e soterramento para o éter-na-mente. Saravá “gentehumana”...  “É nós” nas tretas. O erótico virou pinóquio de chuchu com supositório de comodismo do mínimo impuro, do laquê de impunidade na opus dei da rapaziada, tudo dentro do campo da impune mediocridade-leviatã. É o “anacronismo” de La Denser salpicando de querelas as brutezas da vida. A saci-Denser capitulando em livros suas epístolas, bravatas e panurgismos. Debaixo do tapete infame das etiquetas há muito lixo e talvez até haja mais vidas do que no sofá com vaginas e estercos de sacos roxos com oxiurose. Pois ela discorre brava/mente sobre FHC, blogs, lobbys, 11 de setembro, Tea-Party, Bush e Sherazade. Acredite se quiser. Eu não teria coragem de escrever sobre a Marcia Denser a palo seco, e, falando sério, o selfie pode esperar. Ela é o prego enferrujado do faquir nas etiquetas do deleite derramado. Nas barricadas dos bares da vida ela foi “contracorrentes" (Ítalo Moricone) e nessa contracorrente deixa sua página de sangrias desatadas a evocar por nós, nas labaredas das loucurezas, honrando as calças. Estradas e bandeiras? Abre-se o livro e começa a expectativa já que o estado gozoso tb é lê-la e assim tomar sentido das bandas podres dos curtumes e fermentos dos ciclos historiais minados, e nas catanças de escrevinhares jorram as escrevivências dela, que bota fogo na canjica e relampeja em prismas fumegantes essa sua selvagem/realista literapura.

Ah a banda dos contentes (como diria o filósofo Erasmo Carlos), ela salta o surto com limpidez extraordinária. Alma gêmea? Algemas. O tesão de escrever sola pelos cotovelos e dispara cogumelos-torpedos de enredos ferozes. Transgredir é preciso. Nesse mondo-saigon (em que a terceira guerra mundial já começou e não fomos avisados), Márcia Denser incorpora a alma libertária-femina e escarra na grã-ralé, na grã-finagem-lesma, entre tantos parasitas e mochileiros sem galáxias ostentando o nada e o ninguém, mas ela sucumbe, soçobra no mar de sargaços destilando falatório, palavrórios e outras lucidezas.

Gente é para morrer de fome, contrariando o dizer do Veloso Caetano, isso é o que se lê nas entrelinhas da mundialização de mediocridade universalizada do livro, um clássico. Desestórias é isso; puro sangue - literalmente um pé no sacro das grifes, na patuleia desequilibrada das raves pro açougue das almas, e dos sais nodosos que não tiram a epiderme-cela de cada um. Ah a craca do ego doentio da “sifilização” fazendo pilates para morrer sem sair do lugar que está e é. Juntos somos cavalos? A massa podre desgovernada pela mídia-ração grita: fora cérebro. Mas o aço da palavra da Denser respira pelos gumes das navalhas na carne. Vc só a lê se inteirando se estiver muito bem desperto. Ela flui a narrativa e evoca a literata-libertinagem da verdade que dói mas vc não quer acreditar. Numa sociedade de estercos que sofre o open-doping da mídia-abutre, ela dá seu testemunho de saber lidar com suas estocadas antropogênicas. Que porra é essa?

Ela é toda adrenalina nos passando o que corrói o olhar, o enfoque, a evocação da escrita-salitre. Dá seus cortes, pincela, feito seu testemunho de presença nessa terra cobaia de deuses e pagãos. Criares diferenciados. As máscaras do capital, da política, do NEOLIBERALISMO-câncer, ela tira repentes de teatros figurativos, engessa a imagem e diz: isso não é bem isso. Retrata abismos temporais datados. Ah o cinismo de uma sociedade pústula e seu mundinho de siricoticos com rivotril e ansiolítico e cocaina. Que pocilga é a vida? Tudo cheirando a goma-lacta, creolina, oxxi, crack, e ainda os que vão todo ano num crime lesa-fisco comprar fantasias de Patetas na Disneylândia, sem saber um nada do que rola por trás, no entredentes, nos bastidores, ela mesmo escrevendo como se com uma faca entredentes. Evoé, Baco. Ah os desvãos da alma do lucro-fóssil, a vaca profana dos podres poderes, num mundo com regras pétreas de imbecilidade, em que ela se exila na escrita como pode... Sorte nossa.

Senhoras e senhores, o circo tá armado e Márcia Denser é um perigo: ela pensa. Mais, ela cria, pior, ela salga essa sodomogomorra que é a vida. Subversiva, intolerante, granada sem pino, fio descascado. Sua açodada visão estrebucha o que tem verniz adulterado, criticando os puteiros do sistema. Desde o capitalhordismo americanalhado, às instituições de fachadas do crime organizado, falsas ofertas e procuras, falso mercado, não obedece, logo, cria. Talvez, afinal, uma revelação dessa fossa borralheira que é a vidamorte sempre a lhe atiçar os ânimos e os olhos, e talvez ainda ela seja de uma forma ou de outra a nossa trombeta de Arendt tupiniquim. Extraterrestres venceremos? Estamos fudidos e mal pagos. Deixem-na sangrar pra nós, por avessos virais, em seus livros/livrações.  Vinhetas, pertencimentos, perguntações, mulherices, gordices, reflexões criticas, calhordices, detonando o indecente com fachada, pontuando pautas do arco da velha, contra siglas, antros de escorpiões, vertentes de chorumes existenciais... Diz do homem otarius, da consciência perversa, de amnésia histórica, dos nomes do jogo, da vida besta.  Ah DESESTÓRIAS é tudo isso em soma e sumo. Ela vagamundeia o arbítrio, o cético, as ferrugens, num macadame de enxergar o couro grosso da mentira, do embuste, do que contempla com filosofia toda própria e argumentação textamental de fina estampa e grosso calibre, tudo junto e misturado, isso mesmo, um mosaico do que é e não é. Ah, pergunta o leitor atiçado, e o livro Desestórias propriamente dito? Pois é isso mesmo que a teimar estou somando tudo para falar na “livra” que é aqui a enciclopédia (livre) de La Denser. Ela é o livro. No livro ela destripa o mico das inverdades, entre utopias e distopias conta ao seu modo especial, sarcástico, bombástico, deixando o leitor numa zona de desconforto: como pude não pensar eu tb sob essa ótica, ou sacar o indizível que ela na cara dura nomina, ou, pior, muito pior, deixar que eu entenda que tolo e coxinha eu assinei achando que sabia do riscado e a coisa está muito pior pra raça... Somos todos espíritos de pornôs? Vai doer mais em quem ler? Porque não é aceitável assumirmos a comodidade do inferno de nós. Pois esse é um livro que a gente sofre pra caralho na leiturança e muito no final da leitura, como se de toda a existência os acontecidos fossem gatos escalpados entupindo nossa visão com mentiras e lambanças. O pavio curto dela mantém acesa a esperança de que, sim, o mundo acabou, camaradas... A NUDEZ DO Brazyl S/A. A nova geopolítica manda. A nova desordem econômica mundial grassa e detona. As honras são capachos. E tudo cheirando a mofo e naftalina de togas, patentes, tungas, túnicas, igrejismos, palácios, impérios, farsas e fardas. O lixo da história? Ela retrata, conta a sua opinião crua. Diz das estratégias de manipulação da elite. Diz da arte do equivoco, da ideologia do choque e do saque colonial... Privatização da consciência? É com ela mesma. E vai fundo em heresias, rituais, tudo na sua cara...

A crítica a consagra:

“Márcia Denser é densa, vivaça, ferro e foro nas etiquetas:

Suplementopeernambuco - #PernambucoLeu: "Marcia Denser é uma das nossas vozes mais pungentes da literatura brasileira contemporânea. Para traçar o que foi o Brasil nos estranhos anos da virada entre ditadura e abertura política precisamos retornar à sua personagem mais famosa, Diana Marini - Diana caçadora, publicitária, louca e perdida numa São Paulo cinzenta que era no fundo todos nós. DesEstórias marca sua estreia no terreno da não-ficção, reunindo observações sobre literatura, sobre o mundo lá fora e aqui dentro, não deixando escapar nem um restaurante banal onde encontra os amigos, um ambiente em que é "tudo baratíssimo, lembrando um mix de naufrágio com suicídio empresarial no melhor estilo anos 50, uma vez que ainda sobrevive graças à frequência de teatros off-Roosevelt - atores, dramaturgos, diretores, técnicos, público, fãs de tudo isso retra e supra". E quando se olha no espelho não se esquiva de sombras, como nesse trecho em que reflete sobre seu trabalho: "isto não é autoficção, tampouco autonaufrágio, até porque escritor é aquele nadador com várias medalhas olímpicas que, cada vez que chega à beira da piscina, se dá conta que não sabe nadar, já o fez um dia, mas agora ele não lembra, contudo mergulha mesmo assim, toca o fundo e milagrosamente consegue emergir. Absolutamente só e ofegante, mas vivo, porra". E cada vez mais viva!", por @schneidercarpe #instalivros #instabook #literatura #leiamulheres #menos1naestante”

Rir aos quatros ventos. Ferir-se de ler. Ah essa cavalgadura do achismo. Os asnóias precisam de belzeboys e belzebundas para terem altar. Mais médicos? Não, mais médicis... A seco ninguém segura esse rojão, muito bem cantou Chico Buarque, deve ser isso porque a Márcia Denser escreve estopins. O cínico está pegando fogo? Saques o celular. Ah o selvagem coração da divida social dos infelizes miseráveis do progresso sem consciência, em arremedos de fés quase isso mesmo, fezes. E o endividamento moral coletivo? Ah o carnegão da pose. Macacos nos moldam. “Num mundo totalmente globalizado e informatizado, tornou-se impossível ocultar a realidade sob o manto da ideologia”(PG. 279/Desestórias). E descreve sobre Flips, Ongs, Haiti, Delivery, Favela, Jogos, Sacis, Erotismo, preconceito, Feminismo, lobotomia, DogVille, Paulistices, Vinis, Gordier, Bachianas, sítios, rituais, estágios, afins e pertencimentos pertinentes. Sempre com filosofia/sabedoria/acidez narrativa fora de série e as vezes irônica e mesmo muito fora do sério, que nem tudo que reluz é fêmea. Ela faz chover no piquenique das ideias, mostra reinados nus, e saltita aqui e ali sobre a sociedade-cadáver. Gotham City só existe no gibi? Leiam aos poucos. Leiam bebendo doses homeopáticas de vodka russa pura. Vai ser um porre, PQP, as toupeiras vão botar as panelas no vaso sanitário. As hienas vão entrar numa TPM temporã. Ah o conservadorismo e suas pataquadas amorais. Ela traz imagens do pântano, diz de núcleos de abandonos de todos os tipos, conta das tripas sociais (mídia), e expõe disso tudo cicatrizes e sequelas. Você abre em qualquer pg e lá viça a contação raçuda e logo se sente (está) no finca-pé dessa deriva ao notório como é e vc nem sacava que era. Toma um porre de informações e se assusta. Ela dita o ritmo, dela. Como não saquei isso à época? Se eu contar, vcs não vão acreditar. Leiam a obra. Ah a sabedoria pansexual dessas mulheres que tanto sacam que acabam a mosca na sopa das breguices e achadouros disformes do real. Enquanto o meio desinforma, ela desenforma tudo e revela-se: tá na área é grilo esclarecido. Fica entre uma inventariante de remorsos, de tropeços, de relicários e perdulários.  Com seu software todo peculiar, um imaginário e um conhecimento superior, MARCIA DENSER deixa com esse livro sua marca indelével de uma puta escritora, nessa obra-master em que se afirma nela e nos confirma MÁRCIA DENSER como uma literata monstro.

Querem saber? Leiam o livro.

Depois não digam que eu não disse. Márcia Denser, Escorraçai por nós...

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Silas Corrêa Leite – E-mail: poesilas@terra.com.br

Autor entre outros de GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, Editora Autografia, RJ, 2015.

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Livro DESESTÓRIAS, Crônicas e Relatos

Autora Márcia Denser - https://www.facebook.com/marcia.denser

Editora Kotter Editorial

332 pgs, 2016 – www.kotter.com.br

E-mail: kotter@kotter@bom.br

 

 

 

 

 

 

Os 20 Livros de Silas Correa Leite

Vinte Livros de Um Eterno Autor Emergente e NeoMaldito da WEB

SILAS CORREA LEITE - Escritor, Professor, Jornalista Comunitário, Conselheiro em Direitos Humanos:

Silas Correa Leite - Ciberpoeta, Blogueiro e Ficcionista premiado, tachado pelo site CAPITU de O Rei da Web. Está em mais de 800 sites, até na América espanhola, Europa e África. Seu ESTATUTO DE POETA foi traduzido para o espanhol, inglês, francês e russo.

Foi engraxate, boia-fria, garçom, marceneiro. Começou a escrever só com o curso primário, aos 16 anos, em jornais de sua cidade, Itararé-SP

Breve currículo/Bibliografia:

Silas Corrêa Leite, Ciberpoeta, ensaísta, blogueiro premiado pelo UOL, Professor e Especialista em Educação, Jornalista Comunitário (ECA/USP), diplomado Conselheiro em Direitos Humanos (SP), Coordenador de Pesquisas FAPESP-USP em "Culturas Juvenis", é autor, entre outros, dos livros "O Homem Que Virou Cerveja", Crônicas Hilárias de um Poeta Boêmio, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador/Bahia; "Porta-Lapsos", Poemas, "Campo de Trigo Com Corvos", contos premiados, incluído para a final do Telecom, Portugal. Da Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes, SP, Cidade Poema, o autor foi premiado em Concursos de renome como "Paulo Leminski de Contos"; Prêmio Literal de Contos Fundação Petrobrás (Curadoria Heloisa Buarque de Hollanda); "Ignácio Loyola Brandão de Contos"; Ficções & Fantástico, "Simetria" (Microcontos), Portugal; Prêmio Biblioteca Mário de Andrade/Concurso de Poesia Sobre SP (Secretaria de Cultura Marilena Chauí); Prêmio Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor; Prêmio Cancioneiro Infanto-juvenil Instituto Piaget (Portugal); foi Vencedor do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP, Jornal Estado de São Paulo/Rádio Eldorado/Promoção Parceiros do Tietê), entre outros, e consta em mais de cem antologias literárias em verso e prosa, inclusive na FBN-Fundação Biblioteca Nacional e no exterior. Seu ebook de sucesso, "O Rinoceronte de Clarice", primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, contos fantásticos, cada ficção com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, por ser pioneiro e de vanguarda, único no gênero, foi divulgado na mídia, como Estadão, JBonline, Poetry Magazine (EUA), Diário Popular, Jornal da Tarde, Revista Época, Revista Ao Mestre Com Carinho, Revista Kalunga, Revista da Web, Minha Revista (RJ), entre outras, e concedeu entrevista aos programas Metrópolis e Provocações (Antonio Abujamra) TV Cultura/SP, ao programa "Na Berlinda" (Canal 21), Programa Imprensa e Cultura (Canal Universitário) e ao Jornal da Noite/Momento Cultural/TV Bandeirantes (Márcia Peltier), entre outros. O ebook, de sucesso (Portal Imprensa), referência em livro virtual na internet, foi tese de Mestrado na Universidade de Brasília e tese de Doutorado em Semiótica pela UFAL-Universidade Federal de Alagoas, e reco9mendado como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem, da UNICSUL-SC. Silas está publicado em mais de 800 links de sites. Tem artigos, poemas, microcontos, ensaios literários, resenhas criticas, letras de rock, twitter-poemas, twitter-contos, "Silas e suas "siladas" (humor) etc. publicados em jornais, suplementos de arte e cultura, revistas e fanzines. Por esse handicap líterocultural foi tachado pelo site Capitu como "O Neomaldito da Web".

LIVROS Livros do Autor Silas Corrêa Leite

-01)-"Raízes e Iluminuras", Poemas Escolhidos Para a Antologia de Concurso do Prêmio Eduardo Dias Coelho, Elos Clube, Comunidade Lusíada Internacional, Ano 1995.

-02)-"Trilhas e Iluminuras", libreto, Poemas, Coleção Prata Nova, Editora Grafite, Ano 1998, Editor Ademir Antonio Bacca, RS.

-03)-"Porta-Lapsos", Poemas, Editora All-Print, Ano 2005. SP.

-04)-"Os Picaretas do Brasil Real", Poema Social, Série Cantigas de Escárnio e Maldizer, e-book free Editora Thesaurus, Brasília-DF, Ano 2006.

-05)-"Campo de Trigo Com Corvos", Contos, Editora Design, Santa Catarina, Ano 2008, obra inscrita para finalista do Prêmio Telecom/Ficções, Portugal.

-06)- ASSIM ESCREVEM OS ITARAREENSES, Primeira Antologia de Prosa de Itararé, Editora All-Print, São Paulo, Idealizador, Editor e Organizador Silas Correa Leite

-07)-"Ele Está No Meio de Nós", Romance virtual, E-book disponível no site de cultura www.recantodasletras.com.br

-08)-"O Rinoceronte de Clarice", ebook de sucesso, primeiro Livro Interativo da Rede Mundial de Computadores, único no gênero e de vanguarda, com contos fantásticos, cada conto com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, Editora Hotbook, Rio de Janeiro. Foi destaque na mídia (Estadão, Jornal da Tarde, Diário Popular, Revista Época, JBonline, Poetry Magazine (EUA), Revista Kalunga, Revista da Web, Revista Ao Mestre Com Carinho, Minha Revista (RJ), CBN RJ, Programa Momento Cultural/Jornal da Noite, TV Bandeirantes, Márcia Peltier, Programa de TV "Na Berlinda", Canal 21, Programa Metrópolis, TV Cultura de SP e Programa Provocações (Antonio Abujamra), TV Cultura de SP. E-book recomendando como leitura obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciências da Linguagem, na UNICSUL, Santa Catarina, tese de Mestrado na Universidade de Brasília e Tese de Doutorado em Semiótica na UFAL-Universidade Federal de Alagoas, com o Tema: "O Livro depois do livro: a Experiência Literária Hipertextual". Obra disponível no site: www.biblioteca.universia.net/ - A Tese de Doutorado do ebook (livro virtual) "O RINOCERONTE DE CLARICE", contos surrealistas e fantásticos, está disponível atualmente no link do site: http://bdtd.ufal.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=197

-09)-"O Homem Que Virou Cerveja", Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Editora Giz/Primus, SP, Prêmio "Valdeck Almeida de Jesus" (Salvador, Bahia), Ano 2009

10)- "BUBOS TRANSVERSOS" Poemas e Deconcertezas - Abril, 2013 - Pela internacional Editora Bookess, disponível free no link http://www.bookess.com/profile/poesilas/books/

11)-DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Poemas do Mundo da Web, Editora Multifoco, Rio de Janeiro, 2013

12)- ESTADOS DA ALMA, Acordes Dissonantes de "Mins", pelo site de Portugal WWW.carmovasconcelos-fenix.org/Escritor/silas-correa-leite-02.htm

13)-GOTO, Romance, A Lenda do Reino do Barqueiro Noturno do Rio Itararé, 2014, Editora Clube de Autores - www.clubedeautores.com.br

14)-TROIOS PERIGRITANTES, Microcontos, 2014, Editora Clube de Autores

15)-O TAO DA POESIA, Poemas na Linha de Tao, 2014, Editora Clube de Autores

16)-NÃO DEIXEM QUE TE TIREM A PRIMAVERA, Livro de Alta Ajuda, 2014, Editora Clube de Autores

17)-PIRILAMPADAS, Poemas Infanto-juvenis, Editora Pragmatha, 214

18)-SURTAGENS, Microcontos, Editora Tinta Livre, ebook: in http://www.tintalivre.com/surtagens?search=Surtagens

19)-O MENINO QUE QUERIA SER SUPER-HEROI, Romance Infanto-juvenil, 2014, Amazon, ebook: http://www.amazon.com.br/MENINO-QUE-QUERIA-SUPER-HER%C3%93I-Infantojuvenil-ebook/dp/B00K9EECBK

Livro a ser lançado em breve:

20)-GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, Romance Infantojuvenil, aprovado pela Autografia Editora, Rio de Janeiro

-0- Contatos: E-mail: poesilas@terra.com.br

Livro Assustador 'K, O ESCURO DA SEMENTE de Vicente Ferraz Cecim

Pequena Resenha Critica

O "K"(aos) Numinoso da "Literapura"de Vicente Franz Cecim no Livro que já Nasceu Clássico

"K, O Escuro da Semente"

"Viver vale/Um delírio"

Sergio Capparelli, in, De Lírios e

de Pães/(A partir de um provérbio chinês)

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Prólogo: E-mail ao editor:

Olá Nicodemos Sena - Editor da Editora LetraSelvagem

Saudações. Assustado acabei de dar uma passada em transe no livro do CECIM. Que lindeza de loucura! Nunca a leitura é só uma vez só ou inteira nele/dele? Nunca tinha lido nada perto de parecido. Vivendo e levando susto; se eu ler mil vezes o K, conhecerei todo o abecedário neural/trans-espiritual do cara? Benza-Deus como diria minha genitora. Onde já se viu isso? Tentei ir lendo e me desatando os nós das sandálias, mas ainda não foi fácil. Acho que perdi uns parafusos, atiçado e alumbrado... Esse CECIM existe mesmo ou é invenção da letra selvagem na Amazônia-brasilis-Andara? Mando texto anexo com erros e acertos de comentários sobre o baita livro, para vc ver o que acha(...) Perdoe as ligas e anelos e divagancias; pensa que é fácil? E que o K tenha piedade de nós pobres mortais comuns.

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-... o impacto deste livro "K, O ESCURO DA SEMENTE" em mim - como desde antes na aturdida crítica especializada como um todo - e a técnica do contraponto, enquanto na abarcada (e proposital de feitio) dualidade "poesiaprosa", até o assustador jorro neural diferenciado do autor, Vicente Franz Cecim, já consagrado em outras obras espetaculares como único e raro no (seu) gênero que particularmente criou, como fora de série, de onde esplende sua "verborrágica" (aí se juntando verbo e mágica), loucura-lucidez, o já chamado estado "álmico" e o numinoso na mesma rapsódia, e, você, leitor, pego pelas palavras não saca assustadiço do que afinal se resta na leitura inesperada, se mergulha nesse "K" do literato, ou, se assim mesmo, literalmente resta-se também como um "koiso", no "kaos" leitural, ou se só e ainda "bebesorve" da almanau do autor nas escrituras em enlevo, provocadora, incomum porque especial, feito alucilâminas em "prosaverso", em que eu, lendo, também, por assim dizer "enloucresço". Livro que mexe com o leitor é livraço. Como é que pode isso, como é que pode assim? Livro bom é quando o leitor morre no final? Passei perto.

-... você vai, digamos, navega (nave cega a priori), depois, lê-se, vê-se, e capitula, se enleva também atraído, fisgado, abduzido, o que quer que seja a surpresa e o chique do chamamento ulterior. Como pode alguém (no humano), escrever isso, de-assim, desse jeito, assaz, na fuça, tresloucado, literalmente diferente e sem explicação, mas, estupendamente transpolar, multipan-polar, literalmente "literapura", dando com as palavras entrecortadas (e, entre, contadas), fragmentos/entre/vistas, numa vazão como magma entredentes/entrementes, alma limada (lixada?), tirando clarezas de sutilezas, cactos acesos de brutezas; tirando do "spiritual" (arrebatamento?) de si esses mantra em tons e tintas de um surrão interior, como se a nos "almar". Esse Cecim é único no mundo das ideias, das artes, da literatura singular que per/segue? Já antes elogiado por críticos de alto nível, já bem editado, até no exterior consagrado, já em continuação em sua sina sígnica, como uma espécie assim de um livro de Jó, de profecias (e profe-ceias) de Isaias, ou de Salmos contemporâneos e pós-modernos, a escrever sempre e tanto o mesmo livro - o LIVRO DE CECIM - continuando um tomo no outro e no outro, todos os livros um só, todos os livros ele mesmo em seu perene estágio de espírito; estado de semente de mostarda aos quatro ventos, aos sais de si, nas desaceleração de partículas do sal e de açucares de si, neutrinos narrativos, per-furando criações, entre pólens, ácaros, ícaros, troios até (mistura de joio e trigo), em perigritantes (perigos/gritos) a deslavar-se, enlevando-se, deste êxtase que fez e produz o poeta e literato sobre a arte como libertação/levitação. Cecim escreve como quem, ponhamos, se levita?

-... K, O ESCURO DA SERPENTE, segue a trama-tramóia-trauma metafísica da "asaserpente", transcreve o lumiar do encordoamento dos andamentos-continuações, pois a vida e a arte são isso: pesadelos customizados. Ah o adâmico horizonte agônico do ser/ente do devir. No dial quebrado de CECIM, o éter na mente é palavravável com atiço de imaginação? Tudo na sua obra é pura vidamorfose. O alfabeto humano não é humano? O homem é um erro, uma falha, uma falta de? Pois a arte é (precisa ser) o/esse preenchimento de vazios entre penumbras. Alvuras padecem rascunhos, e podem ser ranhuras de erratas elípticas. Os livros de CECIM não são deste mundo? Que mundo? Que desmundo? Ah a vox que clama no deserto dos bárbaros contando do ovo do sono, nessa sodomogomorra que ainda precisa de babeis para coroar o vazio da alma insepulta do Homo sapiens ao Homo demens, e do Homo degradandis ao homo interneticus...

-Considerando (especulando) o "K" da obra que aqui também supostamente pode ser de "Kaos", palavra de origem grega que ocorreu por volta do ano 800 AC com Hesíodo na Grécia antiga, e que era usada pelos gregos significando vasto abismo ou fenda; palavra que também alude ao estado de matéria sem forma e espaço infinito que existia antes do universo ordenado, suposto por visões cosmológico-religiosas, e, finalmente, o sentido mais usual de caos: de desordem, confusão, grande vazio ou grande amplitude, vazio primordial, podendo se pensar sobre que espécie de semente é essa, esse escuro que o autor burilando cria, entoa, evoca, ou que escuro é esse veios de sementes criativas do autor? Aliás, a bem dizer, Cecim não escreve, destila-se, destrincha-se, dilata-se. Quando escreve ao sair de si, entra (encontra) seu Nirvana? Ai de nós! Falando sério, CECIM descobre o inexistente, desdobra a regra formol, e, ao se assentar escriba, escrevendo vivifica a nosotros com seu tear de criação, afrouxa nós em entalhes e preciosidades de literatura esplendente de primeira grandeza lítero-cultural-criacional. Você entra no livro para ler o "romance"(?) de 384 páginas, e começa também a ler as entrelinhas e as linhagens dos desenhos gráficos, estéticos, pseudodispersos, vai entrando pelas beiradas e parágrafos abertos, e depois entra nos casulos de sua plantação de cenas, de cenários seus inventariando incêndios íntimos, e quando se vê não há como rotular, nem como nominar nada, você não se encontra mais, se perde de critérios e normas, nessas cantárias dele de criar o não-ser dizendo, o não-lugar aclareado, os sem nome, sem teias, num enlevo de um ser vertido para o nosso comum dizível, no entendível, no nominável enquanto prosa, enredo, ensaio, romance(?) em prosa poética, destrinche, prosa poética que seja em estrofes deitadas, vertentes e pinceladas de limonódoas, bijutelíricas, aqui e ali dando um susto no leitor que, também, perde-se de si, embarcando nessa canoa atiçada de K para ver e sentir, fluir, ver aflorar também frutos e raízes, e depois ainda (e por incrivel que pareça) não sacar exatamente o que é o ali e quando, arrebatado, sem ter um eixo exato do que é uma coisa e outra, porque, até mesmo na chamada Linha de TAO, o que não é passa a ser, o que já não existe se vê/lê, pois criado é nutrido, e o que se diz pode não ser exatamente quando, e o que se desdiz é ante-facho, arrebatamento, lume e correspondência com o que agrega o todo, formando a obra, em que o autor se dilacerou, plantou, orbitou, entre incensos, detalhes, silêncios, paradigmas, experimentações, pensagens (pensamentos mensagens), e deu a luz (bem isso) a esse livro-continuação, um livraço que já nasce clássico no gênero (que gênero?), livro lume e foz, enquanto assustador de tão rico e nobre, de seu tanto acervo de densidade em competência de zelo experimental (existencial) que seja na própria olaria de sua com-feitura. "K" é isso e muito mais. O que dizer ou tentar isso, depois de sair-se pelo menos alumbrado dessa arca de todas as palavras, todas as somas, todos os riscos e de/lírios de trânsito neural, de marco criacional, até assentar de novo no crível do plano existencial reles e trivial e comum dessa vidinha efêmera, desembarcando então dessa leitura/embarque?

A obra recheada de partituras lítero-poéticas de CECIM, quase um livro-ensaio "sagradoprofano" de bela e feliz e exuberante experimentação audaciosa e com altíssimo (em todos os sentidos) despojo lírico-espiritual-álmico todo próprio dele, feito epifanias de eulogias de gnosticismo laico, por assim dizer. Deus inventou as palavras, o dianho caído inventou os números, e os seres inferiores da casta telúrica deram de inventar a arte ousada para se sentirem cultuadores da criação que há no nominável sem prumo, no risível em sangria desatada, e no finito com aparência de divinus em perigrinanças nessa terra de Andara, Neverland, Pasárgada...

Matizes e iluminuras, derrama e esparramento de oleiro ornando sementes nidificadas, tramando poesia em prosa e contações, com anelos de temáticas em linguística muito bem barulhada e torneada. Tudo ornando livro, páginas e rumo sequencial num tabuleiro que parece labiríntico, e não é, e você segue o curso da trama, indo a navegar sem saber exatamente o que é margem, o que pode ser correnteza, o que tente a ser escoadouro, ou mesmo píer, mas sustentado pelo susto do porte da obra e então se deixa levar como um homem-árvore sendo nutrido, estra/vazando, muito além do simples e comum, seguindo as terras do bem-virá de Andara, como um leitor se escrevivendo e "escrevilendo" na alma de lã de vidro do autor, sem se desnortear das narrativas, ideias que arrebatam, falando, dizendo, feito um estado onírico de se entrar e sair estupefato com a musicalidade das letras do autor. Um reino de fantasias feito de palavras com/pensadas que agrega estrofes como ovelhas num rebanho historial. O fantástico e o inverossímil se apresentam. O inverso também, tudo pendurado nos cipós das implicâncias e reinações. E os paradoxos que se unem? O que pode parecer trevas é luz, o que parece luz é pântano escorregadio, e o que parece difícil é simpleza entre o lírico e o acabamento dele, numa atmosfera de lucidez/espírito/toleima/confeito lustral.

Do livro K e dele o autor CECIM, diz o literato da USP Adelto Gonçalves (In site Pravda/Rússia): "K O escuro da semente é mais um daqueles livros que o autor chama de "visíveis" e reúne na obra imaginária Viagem a Andara o livro invisível, que não escreve e só existe na alusão de um título. É o que o poeta denomina de "literatura-fantasma", em que foge a uma classificação formal, pois não se sabe se se trata de um romance escrito em prosa poética ou de um longo poema em prosa, mas sim de um gênero híbrido, que absorve todos, constituindo um diálogo entre Pai e Filho ou entre irmãos, como Iziel e Azael e Oniro e Orino. É também o seu primeiro livro em iconescritura, pois une imagens e palavras. De difícil leitura e definição, ao menos para aqueles leitores pouco afeitos à poesia menos convencional, o estilo de Cecim lembra a inquietação existencial de Samuel Beckett (1906-1989), Thomas Stearns Eliot (1888-1965), Ezra Pound (1885-1972) e Franz Kafka (1883-1924), passando ainda por Lautréamont (1846-1870), especialmente o de Os Cantos de Maldoror, e Zaratustra (660-583 a.C).

Tudo em CECIM adquire voz própria, rumo único, alma dilacerada ou se reconstituindo/criando seu mundo todo próprio, sua literatura toda única e especial, entre o ser marcado, o feérico, o inusitado, entre esvairados utensílios, criando pomos, pontes, tomos, diálogos, parágrafos, ramas e floresteiros, feito tudo em K, O Escuro da Semente, um achado, um achadouro. Com o suprassumo de sua alma, o autor escreve os sutras quânticos de uma obra que ao mesmo tempo que tem suas epístolas, tem suas respirações visionárias, sua drenagem de insurreição, sua peregrinação em sumulas, "nuvensfronteiras" se abrindo, sinfonias de letramentos jugulares. Leiam o livro, mergulhem nele, e nunca mais caiam em si, nunca mais caibam em si, nunca mais respeitem sextantes ou areias movediças. O tal do "céuterra" é dentro dos nós das cinzas de nós? A "Alma/zonia" é ele, dele, e em nele se reproduz em livros, assim como livrações mesmo, até nesse "serdespanto" em que afinal nos restamos todos com o que nos nutrimos de ler Vicente Franz Cecim.

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Silas Corrêa Leite - Professor, Jornalista Comunitário e Conselheiro em Direitos Humanos. Ciberpoeta e blogueiro premiado, escritor membro da UBE-União Brasileira de Escritores, Autor entre outros de GUTE-GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance, Editora Autografia, RJ.

BOX:

K, O ESCURO DA SEMENTE

Vicente Franz Cecim, Editora LetraSelvagem, 2016 - Coleção Sabedoria - www.letraselvagem.com.br - E-mail: letraselvagem@letraselvagem.com.br

O Romance SOMBRAS SOBRE A NOITE de Francisco Paco Espínola

Pequena Resenha Critica

As Sobras Humanas do Romance SOMBRAS SOBRE A TERRA de Francisco Espínola

Quem somos nós, autointitulados humanos, senão

meros cavalos passando de mão em mão e servindo

como veículos para que a vida possa escorrer

por meio de nossas existências? Roberto Damatta

-As vezes penso que escrever é alimentar algum monstro que mora em nossas escuridões. Outras vezes tento, desesperadamente, ser apenas uma alma humana tentando compreender e expor as dilacerações de percurso de outras almas humanas, nas suas difíceis e delicadas (quando não endiabradas) sobrevivências possíveis, e, volta e meia dou-me a compreender as dilacerações humanas expostas em quadros cênicos, como se o contar do romancista fosse (ou tentasse ser) um mero band-aid nas escurezas das sombras, das contundências das terras humildes ilustradas com nódoas de sangue, dizendo das almas que atravessam a árvore da vida, e como se também fossem meras tábuas empenadas, e ainda assim revelando flancos mal compostos, nós cegos, desajustes de veias e veios, imperfeições e tristices desamasiado humanas. Afinal, pensando na escrevivência do autor, tentamos entender que o talento também se forma na solidão, revelando então o caráter daquele que contempla o mundo em todas as suas mixórdias, rudezas, e zonas de conflito. Ah, a carne é fraca. E o ócio é duro de ruir.

Com SOMBRAS SOBRE A TERRA de Francisco "Paco" Espínola não poderia ser diferente, com sua alma também latina, e sua latinidade órfã. O autor junta cenas, encorpa-as, costura, pinça janelas, entrecortes, e, autobiográfico que o seja, vai contando do seu jeito como se floreasse um tango deslocado, um tango uruguaio, em insalubridades psicológicas de acomodação, feito escrever ser o fazer soar o seu bandoneon, a dizer de rufiões, prostitutas, cafetões, a marginária s/a, em que o personagem (autor?) tenta também encontrar-se a si de alguma maneira ou forma, numa busca consigo mesmo do narrar a vidinha merreca dos sofridos, como quem que se junta a eles, mas saca e revela as asperezas escarradas e mal cuspidas de amores corrompidos, companhias etílicas, amantes e namoradeiras de percurso e estadias. Sabe da vida humilde dos baixos escalões buscando prazer, nem que seja a química paz na alma pra se coçar...

Milongas, frustrações, desassossegos, prostíbulos mal caiados, muambas, drinques avessos, tudo sob o enlevo do transitório, do mal acomodado, do lamento, das impurezas que aqui e ali se deslocam, mas continuam buscas, certas escondidezas de ser e de não ser de vidas solitárias sem fios desencapados, acomodadas no trivial de simplezas, ora uma realidade dolente, uma sofrência desafinada de feitio e meio, e as almas são levantadas como meros sabugos respigados do chão nas contações do autor; feito o relato de uma boêmica gente em sua sobrevivência possível naqueles cafundós ordinários de um quase desmundo ribanceiro. É um romance da alma paraguaia, diz o crítico literato da USP-Universidade de São Paulo Adelto Gonçalves, sobre o consagrado romance SOMBRAS SOBRE A TERRA do Francisco "Paco" Espínola.

Aliás, A própria vida-obra de Francisco Paco Espínola aqui e ali nos remete a Oscar Wilde, que nos diz: "Prezo as pessoas mais do que os princípios; e as pessoas sem princípios, mais do que tudo neste mundo. Todo o efeito que causamos nos arranja um inimigo. Só a mediocridade é popular. A vantagem das emoções é que elas nos desencaminham. Ser natural é simplesmente uma pose, a mais irritante que eu conheço. Os que são fiéis conhecem só o lado trivial do amor. A infidelidade é que sabe das tragédias do amor. As emoções alheias são mais divertidas que as ideias alheias. A mutilação do selvagem subsiste tragicamente na renúncia que nos estraga a vida. Peque o corpo uma vez e estará livre do pecado. Porque a ação tem um dom purificador. Nada restará então, salvo a lembrança de um prazer; ou a volúpia de um arrependimento. As criaturas vulgares não nos impressionam a imaginação. São seres esperando que a vida lhes desvende todos os segredos (...); Os seres sem egoísmo são incolores. Carecem de personalidade(...). A discordância está em sermos forçados a viver em harmonia com os outros. Civilizar-se não é fácil. Só se consegue por dois meios: cultivando-se ou pervertendo-se. Consciência e covardia, são, na verdade, a mesma coisa.(...)"

Sombras Sobre a Terra enquanto romance, são parágrafos com contações feito afetos trigueiros de figurinhas carimbadas de baixio chão, sombras da terra, sobras, carcaças, refugos, como pequeninos cães. Professor, crítico literário e teatral, comunista de carteirinha e utopia, mesmo sendo de origem "blanca", Paco escreve como se narrasse a cena inteirinha e com detalhes para ser montada num palco alhures, num filme em que esmiuça idas e vindas, e este seu romance diz dessas histórias que fulguram na obra como seu melhor livro, a sua cara, ápice de seu oficinário criativo, tendo sempre aqui e ali, um "de que" en passant de Dostoievski tropical, numa narrativa peculiar, bem elaborada, meio indolente que seja, vivendo suas erratas de vícios e arremedos de buscas de um cerne existencial que seja, dado a própria impossibilidade de ser feliz nesse seu jeito de "aleijado por dentro" até mesmo de ter esse defeito incurável e pertinente de querer ser feliz...

Galo cego, gato pardo, ele evoca-(se):

"Oh noite, que ocultas ao homem as leis dos homens e fazes de cada beco um caminho seguro até a burla dos juízes, até o descanso e o esquecimento, cegando a vista de olhos altivos que não te frequentam! A quem temem os que te dormem, os de muitos ferrolhos, os que deles te afugentam com lâmpadas poderosas, porque lhes traz de longe, entre tuas dobras, esses clamores gemebundos que os estremecem sobre o travesseiro. Oh, noite, onde as sombras baixam ao coração do homem; por onde sobem as sombras do coração do homem; onde o homem envolve em sombras o coração"". (pg. 77).

Ah a dura realidade que cerca os infelizes, os sensíveis, que forma os sentidores em buscadores, entre a miserabilidade de abismos intrigueiros, queixumes, mais as carências, os sofrimentos de perdas, o dezelo íntimo nas quebradas do mundaréu em que vagam, bebem, se dopam, dormem, sonham praias distantes, almejam viagens sem fim, recontam paixões prazenteiras, tentam sonhar impossibilidades rasteiras, ou feitos futurais sem saber como, como fugas, escapadas, bebemorações de cantos, valas, barrancos e barracos, com a base da vidinha entre noiteadeiros, os notívagos, cavando purgações, tentando se livrar dessa ferida que é sobreviver, lambendo fissuras, feridas, ressacas, papos homéricos, entre isolamentos de sombras e companhias de sobras corrompidas.

O abandono de um ideal, a fuga de um remorso, a inaceitação de ser como é em situação de ausência, para a busca de uma zona de conforto nesse caos existencial que é a vida e, pior, a sobrevida nessas paragens de relatos, pois Juan Carlos, perdidão, cego de alguma maneira, busca uma família perfeita e certa na evocação da morte e seus chamamés de encordoamentos de imagens, miragens, revisitanças, em situações que trazem névoas e o ambiente pesado de um café periférico, uma bodega de flanco, uma baiuca de quebrada, numa zona de meretrício iluminada de sombras da terra... Há uma ambição humilhada num mundo desfavorável? E a dor de escrever o que é? Um grande romance.

Haruki Murakami disse "Quando paramos para escrever um romance, quando usamos a escrita para criar uma história, queiramos ou não, um tipo de toxina que jaz nas profundezas de toda humanidade sobe à superfície. Todo escritor precisa ficar cara a cara com essa toxina e, consciente do perigo envolvido, descobrir um jeito de lidar com ela". Pois Paco em Sombras Sobre a Terra faz isso com garbo, com estilo, porque o romance dele é crivado de olhares profundos, contemplativos, investigatórios e cheios de ilusão, pondo (dando) petiscos de prosas aos seus monstros, face aos seus humildes, feitios ao seu tempo, espaço e lugar, revelando-os a seus privilegiados leitores de sua literatura de quilate. O underground regurgitando vagidos letrais. Acende luzes-parágrafos entremeados de arremedos de retalhos de gente, contando daqueles que se esqueceram de si mesmos, de suas cruzes, de suas broncas, amarras e perdições. Sombras sobre a Terra é sombra sobre a noite, é a sombra sobre almas, e, talvez, a própria alma do autor repaginada, assim também revisitada numa obra de peso, de vulto, onde ele mesmo é, nessa névoa toda que ascende em bela prosa, um vulto de si mesmo se passando a limpo, se passando a limo, a húmus, aqui no caso se passando a livro, das sombras da terra sobre a terra.

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Silas Corrêa Leite - Professor, Jornalista Comunitário e Conselheiro em Direitos Humanos. Ciberpoeta e blogueiro premiado, escritor membro da UBE-União Brasileira de Escritores, Autor entre outros de GUTE-GUTE, Barriga Experimental de Repertório, romance

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SOMBRAS SOBRE A TERRA - Francisco Espínola, Editora LetraSelvagem, SP, Coleção Gente Pobre, Organização Nicodemos Sena, 2016 - 360 Páginas - www.letraselvagem.com.br - E-mail: letraselvagem@letraselvagem.com.br

o    Cyber Poeta Silas Correa
Leite, tachado Pelo Site Capitu de “O Neomaldito da Web”

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Breve Historial Bio-Bibliográfico

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-O atual literato e Cyber Poeta, Silas Correa Leite, na verdade nasceu no
bairro operário de Harmonia, na cidade de Monte Alegre, Paraná, região de
Tibagi. No entanto, a partir dos seis meses de idade, foi criado em Itararé,
São Paulo, cidade de divisa com o Paraná, terra de seus pais, que tiveram que
fugir do colonião do Paraná porque tinham loteamentos (Lotes das Cem Casas) na
área rural chamada Cidade Nova, adjunta a Monte Alegre, e foram perseguidos por
grileiros, bandidos e jagunços do político corrupto chamado Lupion, então
governador do Paraná. Por incrível que pareça, a área regional toda depois
estranhamente mudou de nome, sendo chamada de Telêmaco Borba, nome também de um
político jagunço e bandido ligado a corruptos da região.

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-O pai de Silas Correa Leite, Maestro Antenor Correa Leite, hoje nome de rua em
Itararé, é dessa cidade histórica (um dos primeiros a nascer na cidade na Era
de 1900), e quando jovem foi o primeiro acendedor de lampiões de gás de
Itararé. Em Itararé, de família rica que ficou pobre, Silas, guri de
pé-vermelho, estudou no Grupo Escolar Tomé Teixeira, quando foi alfabetizado e
descoberto também aos 8 anos como “Poetinha” pela primeira professora, Jocelina
Stachoviach de Oliveira. Silas terminou o curso primário, e, para ajudar a
família e o pai doente, parou de estudar e foi trabalhar de engraxate a
boia-fria, de vendedor de dolé de groselha preta a caldo de cana, de pipoca a
algodão doce, de garçom a aprendiz de marcenaria. Aos 16 anos, precocemente
estreava como colunista-colaborador do semanário jornal O Guarani, de Itararé,
também fazia imitações de artistas da Jovem Guarda em shows de prata da casa, e
tinha sido aprovado num concurso para locutor na Rádio Clube de Itararé.

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-Em 1970, só com o curso primário, Silas migrou para São Paulo, capital, em
busca de melhores condições de trabalhos e estudos. Levava na bagagem algumas
poucas roupas, muitos sonhos e vários cadernos de rascunhos poéticos que hoje
passam de mil e foram reportagem no programa Metrópolis da TV Cultura de São
Paulo. Na capital de inicio morou em cortiços, em pensões, dormiu na rua,
passou fome, até voltar a estudar, sempre escrevendo para os jornais de
Itararé, com os quais colabora até hoje, faz mais de 40 anos. Terminou os
estudos fundamentais e médios no Liceu Coração de Jesus, fez Direito, trabalhou
anos na área, na empresa ABE-Assessoria Brasileira de Empresas, até ir
trabalhar como assessor do Secretário Municipal de Educação da capital,
jornalista Paulo Zing, compondo equipe para ajudar a implantar informática no
ensino público da capital, quando fez Geografia e vários cursos de extensões a
especializações, tornando-se especialista em educação e se efetivando no ensino
público municipal e estadual. Filiado à API-Associação Paulista de Imprensa,
também se associou à UBE-União Brasileira de Escritores, ganhando alguns
prêmios de renome, representando Itararé no Mapa Cultural Paulista, vencedor
entre outros concursos do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores
(USP/Parceiros do Tietê/Rádio Eldorado/Estadão/Jornal da Tarde), premiado
também nos concursos Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio de
Poesia Biblioteca Mario de Andrade, SP (Gestão Marilena Chauí), Prêmio Literal
de Contos (Petrobrás), RJ, Curadoria Ana Buarque de Holanda, Premio Ignácio
Loyola Brandão de Contos, Prêmio Paulo Leminski de Contos (Unioeste-PR), Prêmio
Fundação Cultural de Canoas, entre outros, e ainda no exterior, o Prêmio
Microcontos Fantásticos Simetria, Portugal, e Prêmio Cancioneiro
Infantojuvenil, Instituto Piaget, Lisboa, Portugal, passando também a constar
em inúmeras antologias literárias em verso e prosa, inclusive no exterior, como
Estados Unidos, Portugal e Itália, além de incluído como Poeta Contemporâneo na
Revista Poesia Sempre, Ano 2000, 500 Anos de Descobrimento do Brasil, Fundação
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

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Silas Correa Leite lançou depois os seguintes livros:

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-Ruínas & Iluminuras, conjunto de poemas, (Prêmio Elos Clube/Comunidade
Lusíada Internacional)

-Trilhas & Iluminuras (libreto), Coleção Prata Nova, Editora Grafite, RS

-Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print, SP

-Campo de Trigo Com Corvos, Contos Premiados, Editora Design, SC, classificado
para a final do Prêmio Telecom de Portugal

-Os Picaretas do Brasil Real (libreto), Cantigas de Escárnio e Maldizer (Série
Leia e Passe Adiante) Editora Thesaurus, Brasília, DF

-O Homem Que Virou Cerveja, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Editora
Primus/Giz Editorial, SP/Premio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia

-ELE Está No Meio de Nós, e-book, Romance Místico virtual, Hot-Book Editora,
RJ, disponível no site www.recantodasletras.com.br

-E-book de sucesso, O RINOCERONTE DE CLARICE, pioneiro, de vanguarda e único no
gênero, primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, Editora
Hot-Book, RJ. Obra composta de onze contos fantásticos, cada ficção com três
finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente
incorreto, quando o leitor também poderia escrever um seu final para cada
história. Livro campeão de downloads, referencial como livro virtual na web,
destaque na imprensa como Estadão, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde, Correio
do Brasil, JBonline, Poetry Magazine, Diário Popular, Revista da Web, Revista
Cultura Sinpro, Minha Revista, Revista Época, e reportagem na mídia televisiva
como Rede Band, Programa Momento Cultural/Jornal da Noite (Márcia Peltier),
Programas Metrópolis e Provocações (Antonio Abujamra) TV Cultura de São Paulo,
Rede Brasil, Rede Vida, Canal 21 (Programa Na Berlinda), Programa Imprensa e
Cultura, Canal Universitário. A obra ainda foi indicada como leitura
obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem,
na UNIC-Sul, Santa Catarina, tese de mestrado na Universidade de Brasília e
tese de doutorado na UFAL.

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-Recentemente lançado: E-book Infanto-juvenil, “Gute Gute, BARRIGA EXPERIMENTAL
DE REPERTÓRIO, ainda disponível como livro free no link: http://pt.calameo.com/read/0016106757767c03d1375



-No prelo: DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Poemas, Editora Multifoco, Rio de Janeiro.

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-A sair: “DESJARDIM, Muito Além do Farol do Fim do Mundo”, Romance, Editora
All-Print, SP

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-“CAVALOS SELVAGENS”, Romance, aprovado pela Editora LetraSelvagem, Coleção
Gente Pobre, Editor Nicodemos Sena.

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O Cyber Poeta Silas Correa Leite está em todas as redes sociais, em mais de 800
links de sites, inclusive em Portugal, na Argentina, nos EUA, na Itália e em
Moçambique, África, etc. Está no Facebook, Orkut, Twitter, com seus
‘pensadilhos’ (pensamentos trocadilhos) e ‘pensagens’ (pensamentos mensagens)
escrevendo seus twitter-poemas, twitter-contos, as tiradas irônico-filosóficas
como as conhecidas e hilárias “Silas e suas ‘siladas”, tendo outras obras
inéditas, de romances a ensaios sobre educação, de novelas a depoimentos sobre
os tenebrosos tempos de chumbo da funesta ditadura militar incompetente e
corrupta, fazendo ainda criticas, resenhas literárias, microcontos e outros
trabalhos literários de vanguarda, além de criticar o cínico estado mínimo do
neoliberalismo incompetente e corrupto que viça em Sampa/Samparaguai, o
Estado-Máfia, com suas impunes privatarias e seus news richs das
privatizações-roubos; as riquezas impunes, os lucros injustos, as propriedades
roubos, o neoescravismo da terceirização, a impunidade generalizada, a
violência do quinto poder, e o dezelo público de muito ouro e pouco pão na
desvairada pauliceia de uma abandonada periferia sociedade anônima.

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Quanto à sua batalhadora vida particular, feito um eterno guri que amava os
Beatles e Tonico e Tinoco (o cyber poeta diz que sua infância é o seu melhor
tesouro), Silas Correa Leite tem união estável por quase 30 anos com a doce
Musa, admirável Companheira e Professora Rosangela Silva. Cervejólogo, ledor
voraz, foi bolsista pesquisador em Culturas Juvenis da FAPESP/USP-Universidade
de São Paulo, alega que gosta mais de ler do que de respirar; de que gosta mais
de escrever do que de existir, adora seus amigos sonhadores de utopias e
boêmios de SP, seus milhares de seguidores da internet e mesmo companheiros da
Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes, Cidade Poema, da qual é autor do
oficial “Hino ao Itarareense”, tendo sido homenageado com o título de Cidadão
Itarareense e com a exposição “Imagens & Palavras” sobre seu trabalho
artístico-lítero-cultural no Centenário de Itararé. Para ler o Cyber Poeta
Silas Correa Leite em todos os seus variados, polêmicos e diferenciados
trabalhos e estilos, basta procurar pelo seu nome num site buscador como o
Google, e vai achar, além de textos, imagens, vários links no YouTube. Com sua
poética da tristeza, paradoxalmente com suas tiradas risadores e sua portentosa
metralhadora dialética cheia de lágrimas, ao ser provocado pelo Antonio
Abujamra (Programa Provocações/TV Cultura) o irreverente Cyber Poeta Silas
Correa Leite disparou que “corta os pulsos com poesia”, entre outras de suas
tiradas.

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Blog premiado do UOL: http://www.portas-lapsos.zip.net/

Site com breve currículo: www.itarare.com.br/silas.htm

E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br

Livros Porta-Lapsos, Poemas, e Campo de Trigo Com Corvos, Contos, a venda no
site de SP: www.livrariacultura.com.br

 

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