Cyber Poeta Silas Correa Leite

Cyber Poeta Silas Correa Leite

O atual literato e Cyber Poeta, Silas Correa Leite, na verdade nasceu no bairro operário de Harmonia, na cidade de Monte Alegre, Paraná, região de Tibagi.

1952-08-19 São Paulo Itararé
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Alguns Poemas

Desestórias: Um Clássico de Márcia Denser Que Resgata Memórias Em Sangria Desatada

Breves Apontamentos de Rebites para Um Rascunho de Quase Resenha Cítrica:

Márcia Denser, Sangria Desatada em Suas "Desestórias"

Rastilhos em Polvorosa em Apontamentos Para Desestórias

01.Tô na "leção!" da Márcia, PQP, que tornado de informações, lucidezas, ela ferina, libertária, mordaz, alucilímpida; um livraço, vale quando pesa, quem não ler é desconectado do que realmente se passa nos bastidores dos totens, antros, subterrâneos de pompas, o raio que o parta. Aliás, o livro é um raio abrindo memórias ressentidas, ressecadas, vc acaba por rever-se no aparelhamento da história como um coice, uma aula, uma lição, um verdadeiro mapa mundi de sepulturas malcaiadas, e tem que ler bebendo - para não acabar numa roleta russa de remorso e estupidez...

02.Que loucura o livraço da Márcia, tá tudo ali, um ensaio sobre terremotos; o olhar ferino- mordaz extremamente lúcido dela, libertária, porra louca, em lições de brasis e mundis, aulas sobre tudo, repassando histórias, falsidades, insurreições, um livro-aula-campi, quem não ler nem se sentirá na sobrevivencialização... Tô relendo e anotando, PQP, tb tô anotando me sub/vertendo comentários, porradas, vai ficar uma zona, mas vou indo, que mente vodkiana, hein? Temos que ser resgatados do inferno da mesmice, do achismo, do ódio customizado com rúculas de aberrações, bizarrices e toxinas?

Começo:

"Eu me interesso pela linguagem porque ela me fere ou me seduz".

(Roland Barthes)

-DESESTÓRIAS DE MÁRCIA DENSER - Márcia Escorraçai por Nós

Somos todos discípulos do ridículo, somos todos apóstolos do caos, pobres tantãs entre embrutecimentos de comodismos? Parceiros em potencial de analfas, reaças, amebas, consumistas, nessa ridícula e cotidiana rotina pica-couve do raio que o parta a fórceps? Henry Muller, tenha piedade de nós. Irreverente, a escritora/romancista La Denser, o tango fantasma dela metamorfoseando em nosotros caras pálidas seus ledores-camaleões-chacais, numa terra em transe? Ave Césio. Os que vão subviver são uvas verdes no rede-moinho das aparências hostis. Uma refugiada ou uma desertora, a autora-escritora ela mesma esturricada de contemplações ferinas? Ah, escorraçai por nós. Nós? -Núcleo de Otários Subordinados. Nesses tempos tenebrosos (Brecht), deveríamos todos errantes ser vacinados contra raiva desde o ventre. O escuro é nosso e ninguém taxa. Eis a nossa cota de trevas. Coxinhas, grávidas e black bloc primeiro; La Denser tirou o medo-rabo do pedestal do lepo-lepo em DESESTÓRIAS, ou não-histórias, crônicas, artigos, opiniões, ensaios, tudo numa leva do bem bolado e bem sacado no estertor. Ah a indignação pondo mais do que história-remorso. Só mesmo se inventariando do que se enlivra e regurgita seus vagidos narrativos, feito orgasmos múltiplos de doses duplas de realidade e soterramento para o éter-na-mente. Saravá "gentehumana"... "É nós" nas tretas. O erótico virou pinóquio de chuchu com supositório de comodismo do mínimo impuro, do laquê de impunidade na opus dei da rapaziada, tudo dentro do campo da impune mediocridade-leviatã. É o "anacronismo" de La Denser salpicando de querelas as brutezas da vida. A saci-Denser capitulando em livros suas epístolas, bravatas e panurgismos. Debaixo do tapete infame das etiquetas há muito lixo e talvez até haja mais vidas do que no sofá com vaginas e estercos de sacos roxos com oxiurose. Pois ela discorre brava/mente sobre FHC, blogs, lobbys, 11 de setembro, Tea-Party, Bush e Sherazade. Acredite se quiser. Eu não teria coragem de escrever sobre a Marcia Denser a palo seco, e, falando sério, o selfie pode esperar. Ela é o prego enferrujado do faquir nas etiquetas do deleite derramado. Nas barricadas dos bares da vida ela foi "contracorrentes" (Ítalo Moricone) e nessa contracorrente deixa sua página de sangrias desatadas a evocar por nós, nas labaredas das loucurezas, honrando as calças. Estradas e bandeiras? Abre-se o livro e começa a expectativa já que o estado gozoso tb é lê-la e assim tomar sentido das bandas podres dos curtumes e fermentos dos ciclos historiais minados, e nas catanças de escrevinhares jorram as escrevivências dela, que bota fogo na canjica e relampeja em prismas fumegantes essa sua selvagem/realista literapura.

Ah a banda dos contentes (como diria o filósofo Erasmo Carlos), ela salta o surto com limpidez extraordinária. Alma gêmea? Algemas. O tesão de escrever sola pelos cotovelos e dispara cogumelos-torpedos de enredos ferozes. Transgredir é preciso. Nesse mondo-saigon (em que a terceira guerra mundial já começou e não fomos avisados), Márcia Denser incorpora a alma libertária-femina e escarra na grã-ralé, na grã-finagem-lesma, entre tantos parasitas e mochileiros sem galáxias ostentando o nada e o ninguém, mas ela sucumbe, soçobra no mar de sargaços destilando falatório, palavrórios e outras lucidezas.

Gente é para morrer de fome, contrariando o dizer do Veloso Caetano, isso é o que se lê nas entrelinhas da mundialização de mediocridade universalizada do livro, um clássico. Desestórias é isso; puro sangue - literalmente um pé no sacro das grifes, na patuleia desequilibrada das raves pro açougue das almas, e dos sais nodosos que não tiram a epiderme-cela de cada um. Ah a craca do ego doentio da "sifilização" fazendo pilates para morrer sem sair do lugar que está e é. Juntos somos cavalos? A massa podre desgovernada pela mídia-ração grita: fora cérebro. Mas o aço da palavra da Denser respira pelos gumes das navalhas na carne. Vc só a lê se inteirando se estiver muito bem desperto. Ela flui a narrativa e evoca a literata-libertinagem da verdade que dói mas vc não quer acreditar. Numa sociedade de estercos que sofre o open-doping da mídia-abutre, ela dá seu testemunho de saber lidar com suas estocadas antropogênicas. Que porra é essa?

Ela é toda adrenalina nos passando o que corrói o olhar, o enfoque, a evocação da escrita-salitre. Dá seus cortes, pincela, feito seu testemunho de presença nessa terra cobaia de deuses e pagãos. Criares diferenciados. As máscaras do capital, da política, do NEOLIBERALISMO-câncer, ela tira repentes de teatros figurativos, engessa a imagem e diz: isso não é bem isso. Retrata abismos temporais datados. Ah o cinismo de uma sociedade pústula e seu mundinho de siricoticos com rivotril e ansiolítico e cocaina. Que pocilga é a vida? Tudo cheirando a goma-lacta, creolina, oxxi, crack, e ainda os que vão todo ano num crime lesa-fisco comprar fantasias de Patetas na Disneylândia, sem saber um nada do que rola por trás, no entredentes, nos bastidores, ela mesmo escrevendo como se com uma faca entredentes. Evoé, Baco. Ah os desvãos da alma do lucro-fóssil, a vaca profana dos podres poderes, num mundo com regras pétreas de imbecilidade, em que ela se exila na escrita como pode... Sorte nossa.

Senhoras e senhores, o circo tá armado e Márcia Denser é um perigo: ela pensa. Mais, ela cria, pior, ela salga essa sodomogomorra que é a vida. Subversiva, intolerante, granada sem pino, fio descascado. Sua açodada visão estrebucha o que tem verniz adulterado, criticando os puteiros do sistema. Desde o capitalhordismo americanalhado, às instituições de fachadas do crime organizado, falsas ofertas e procuras, falso mercado, não obedece, logo, cria. Talvez, afinal, uma revelação dessa fossa borralheira que é a vidamorte sempre a lhe atiçar os ânimos e os olhos, e talvez ainda ela seja de uma forma ou de outra a nossa trombeta de Arendt tupiniquim. Extraterrestres venceremos? Estamos fudidos e mal pagos. Deixem-na sangrar pra nós, por avessos virais, em seus livros/livrações. Vinhetas, pertencimentos, perguntações, mulherices, gordices, reflexões criticas, calhordices, detonando o indecente com fachada, pontuando pautas do arco da velha, contra siglas, antros de escorpiões, vertentes de chorumes existenciais... Diz do homem otarius, da consciência perversa, de amnésia histórica, dos nomes do jogo, da vida besta. Ah DESESTÓRIAS é tudo isso em soma e sumo. Ela vagamundeia o arbítrio, o cético, as ferrugens, num macadame de enxergar o couro grosso da mentira, do embuste, do que contempla com filosofia toda própria e argumentação textamental de fina estampa e grosso calibre, tudo junto e misturado, isso mesmo, um mosaico do que é e não é. Ah, pergunta o leitor atiçado, e o livro Desestórias propriamente dito? Pois é isso mesmo que a teimar estou somando tudo para falar na "livra" que é aqui a enciclopédia (livre) de La Denser. Ela é o livro. No livro ela destripa o mico das inverdades, entre utopias e distopias conta ao seu modo especial, sarcástico, bombástico, deixando o leitor numa zona de desconforto: como pude não pensar eu tb sob essa ótica, ou sacar o indizível que ela na cara dura nomina, ou, pior, muito pior, deixar que eu entenda que tolo e coxinha eu assinei achando que sabia do riscado e a coisa está muito pior pra raça... Somos todos espíritos de pornôs? Vai doer mais em quem ler? Porque não é aceitável assumirmos a comodidade do inferno de nós. Pois esse é um livro que a gente sofre pra caralho na leiturança e muito no final da leitura, como se de toda a existência os acontecidos fossem gatos escalpados entupindo nossa visão com mentiras e lambanças. O pavio curto dela mantém acesa a esperança de que, sim, o mundo acabou, camaradas... A NUDEZ DO Brazyl S/A. A nova geopolítica manda. A nova desordem econômica mundial grassa e detona. As honras são capachos. E tudo cheirando a mofo e naftalina de togas, patentes, tungas, túnicas, igrejismos, palácios, impérios, farsas e fardas. O lixo da história? Ela retrata, conta a sua opinião crua. Diz das estratégias de manipulação da elite. Diz da arte do equivoco, da ideologia do choque e do saque colonial... Privatização da consciência? É com ela mesma. E vai fundo em heresias, rituais, tudo na sua cara...

A crítica a consagra:

"Márcia Denser é densa, vivaça, ferro e foro nas etiquetas:

Suplementopeernambuco - #PernambucoLeu: "Marcia Denser é uma das nossas vozes mais pungentes da literatura brasileira contemporânea. Para traçar o que foi o Brasil nos estranhos anos da virada entre ditadura e abertura política precisamos retornar à sua personagem mais famosa, Diana Marini - Diana caçadora, publicitária, louca e perdida numa São Paulo cinzenta que era no fundo todos nós. DesEstórias marca sua estreia no terreno da não-ficção, reunindo observações sobre literatura, sobre o mundo lá fora e aqui dentro, não deixando escapar nem um restaurante banal onde encontra os amigos, um ambiente em que é "tudo baratíssimo, lembrando um mix de naufrágio com suicídio empresarial no melhor estilo anos 50, uma vez que ainda sobrevive graças à frequência de teatros off-Roosevelt - atores, dramaturgos, diretores, técnicos, público, fãs de tudo isso retra e supra". E quando se olha no espelho não se esquiva de sombras, como nesse trecho em que reflete sobre seu trabalho: "isto não é autoficção, tampouco autonaufrágio, até porque escritor é aquele nadador com várias medalhas olímpicas que, cada vez que chega à beira da piscina, se dá conta que não sabe nadar, já o fez um dia, mas agora ele não lembra, contudo mergulha mesmo assim, toca o fundo e milagrosamente consegue emergir. Absolutamente só e ofegante, mas vivo, porra". E cada vez mais viva!", por @schneidercarpe #instalivros #instabook #literatura #leiamulheres #menos1naestante"

Rir aos quatros ventos. Ferir-se de ler. Ah essa cavalgadura do achismo. Os asnóias precisam de belzeboys e belzebundas para terem altar. Mais médicos? Não, mais médicis... A seco ninguém segura esse rojão, muito bem cantou Chico Buarque, deve ser isso porque a Márcia Denser escreve estopins. O cínico está pegando fogo? Saques o celular. Ah o selvagem coração da divida social dos infelizes miseráveis do progresso sem consciência, em arremedos de fés quase isso mesmo, fezes. E o endividamento moral coletivo? Ah o carnegão da pose. Macacos nos moldam. "Num mundo totalmente globalizado e informatizado, tornou-se impossível ocultar a realidade sob o manto da ideologia"(PG. 279/Desestórias). E descreve sobre Flips, Ongs, Haiti, Delivery, Favela, Jogos, Sacis, Erotismo, preconceito, Feminismo, lobotomia, DogVille, Paulistices, Vinis, Gordier, Bachianas, sítios, rituais, estágios, afins e pertencimentos pertinentes. Sempre com filosofia/sabedoria/acidez narrativa fora de série e as vezes irônica e mesmo muito fora do sério, que nem tudo que reluz é fêmea. Ela faz chover no piquenique das ideias, mostra reinados nus, e saltita aqui e ali sobre a sociedade-cadáver. Gotham City só existe no gibi? Leiam aos poucos. Leiam bebendo doses homeopáticas de vodka russa pura. Vai ser um porre, PQP, as toupeiras vão botar as panelas no vaso sanitário. As hienas vão entrar numa TPM temporã. Ah o conservadorismo e suas pataquadas amorais. Ela traz imagens do pântano, diz de núcleos de abandonos de todos os tipos, conta das tripas sociais (mídia), e expõe disso tudo cicatrizes e sequelas. Você abre em qualquer pg e lá viça a contação raçuda e logo se sente (está) no finca-pé dessa deriva ao notório como é e vc nem sacava que era. Toma um porre de informações e se assusta. Ela dita o ritmo, dela. Como não saquei isso à época? Se eu contar, vcs não vão acreditar. Leiam a obra. Ah a sabedoria pansexual dessas mulheres que tanto sacam que acabam a mosca na sopa das breguices e achadouros disformes do real. Enquanto o meio desinforma, ela desenforma tudo e revela-se: tá na área é grilo esclarecido. Fica entre uma inventariante de remorsos, de tropeços, de relicários e perdulários. Com seu software todo peculiar, um imaginário e um conhecimento superior, MARCIA DENSER deixa com esse livro sua marca indelével de uma puta escritora, nessa obra-master em que se afirma nela e nos confirma MÁRCIA DENSER como uma literata monstro.

Querem saber? Leiam o livro.

Depois não digam que eu não disse. Márcia Denser, Escorraçai por nós...

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Silas Corrêa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br

Autor entre outros de GUTE GUTE, Barriga Experimental de Repertório, Editora Autografia, RJ, 2015.

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Livro DESESTÓRIAS, Crônicas e Relatos

Autora Márcia Denser - https://www.facebook.com/marcia.denser

Editora Kotter Editorial

332 pgs, 2016 - www.kotter.com.br

E-mail: kotter@kotter@bom.br

Romance Gute Gute de Silas Correa Leite, Resenha Critica

GUTE GUTE - Barriga Experimental de Repertório

Romance Infanto-juvenil do Ciber Poeta e Ficcionista Premiado Silas Correa Leite

Breve introdução querendo ser uma espécie de rascunho para apontamento de Prefácio

"Só pela arte podemos sair de nós mesmos"

Marcel Proust

"Dos desenhos rupestres aos 'noturnos' de Chopin, toda linguagem humana é infantil. Arrisca-se, tateante, para fora das cavernas em direção ao Aberto..." Rodrigo Petrônio. Caderno Sabático, Jornal O Estado de São Paulo, 18/03/2013

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-Quem lê Silas Correa Leite jamais esquece. Quem acompanha sua trajetória de décadas entre os emergentes nomes importantes (em qualidade literária e criação) da nova literatura brasileira contemporânea, se surpreende cada vez mais. Certa vez, ouvi um escritor e jornalista comentar: -Como é que ele pode escrever isso? Ou, como ele mesmo conta, que faz uns vinte anos atrás, uma cigana de rua ao ler gratuitamente sua mão, disse que ele um dia ainda 'Escreveria sobre o que ninguém pensou que um ser humano pudesse escrever um dia'. Bingo, disse ele, me contando.

-Elogiado, entre outros, pelo espetacular e consagrado Moacir Scliar, que diz:

"O que chama a atenção no texto de Silas Corrêa Leite é o prazer que o autor sente em narrar, prazer este que se transmite ao leitor como um forte apelo - o apelo que se espera da verdadeira literatura. Estamos diante de uma inegável vocação de Escritor"

Com mais de mil cadernos de rascunhos poéticos de duzentas páginas (visa a médio prazo o Guiness Book); foram tema de reportagem no Programa Metrópolis da TV Cultura de São Paulo - escrevendo desde os 16 anos nos jornais de Itararé-SP; premiado em concursos de renome, inclusive no exterior (como no Instituto Piaget, Lisboa, Portugal; Cancioneiro Infanto-juvenil), constando em mais de cem antologias literárias em verso e prosa, também internacionais, o hoje Cyber Poeta Silas Correa Leite sempre surpreende pelo inédito, pelo inusitado, pela vocação de criar o indizível, quase o inominável entre versos-prosas e prosas-versos. Como quando bolou o primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, o ebook de sucesso O RINOCERINTE DE CLARICE, que, por ser pioneiro, de vanguarda e único no gênero, virou leitura obrigatória no Mestrado de Ciência da Linguagem na matéria Linguagem Virtual, na UNIC-SUL, Universidade de Santa Catarina, além de ser tese de mestrado na Universidade de Brasília e tese de doutorado na UFAL-Universidade Federal de Alagoas. Obra com onze contos fantásticos, cada ficção com três finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, que também foi destaque na chamada grande mídia brasileira, como no jornal O Estado de São Paulo, no Diário Popular (Caderno Informática), na Revista da Web, na Revista Ao Mestre Com Carinho, na Revista Época (Rio de Janeiro) nos programas de tevê Jornal da Noite (Márcia Peltier, Rede Bandeirantes), Programa Na Berlinda (Rede 21) e Provocações, TV Cultura de SP.

O que uma pessoa que escreve tanto, tem tanto a dizer que chega a ser Cult de estar na mídia qualificada e, paradoxalmente nunca ser bancado por uma chamada grande editora do eixo Rio/SP? Para alguns, a loucura santa do Silas é extraordinária. Para outros, uma literatura em prosa e verso (e ensaios, microcontos, twitter-poemas, letras de rocks e blues, poeminhos infantis, poemas para a juventude, links irônicos e de humor como "Silas e Suas 'siladas") tudo muito acima da média e de primeira grandeza. Numa busca pelo Google você o acha em mais de oitocentos sites, no YouTube, até mesmo no exterior, como Chile, Portugal, Angola, Moçambique, e em quase todas as redes sociais, também seguido no twitter e no Facebook. Já há na web ótimas criticas sobre seus trabalhos, seus livros, e um cabedal de seus prêmios de renome, ou mesmo constando em mais de cem antologias literárias até no exterior, e ainda tendo saído na importante Revista Poesia Sempre, como um dos poetas da poesia brasileira contemporânea, bancado pela Fundação Biblioteca Nacional no ano 2000, 500 Anos de "Achamento" do Brasil. Nas entrevistas, surpreende, toca: 'A vida não me deu limões, mas faço limonadas de lágrimas'. Nos ensaios, resenhas, criticas sociais e criticas literárias, feito um livre pensador que sonha depois do fim das utopias com um humanismo de resultados, surpreende por pensar o que ninguém pensou, escrever diferenciado e ter um olhar crítico especial de entrar na alma do escritor que resenha.

Pois com "GUTE-GUTE Barria Experimental de Repertório", não poderia ser diferente. O autor de novo talentosamente surpreende com estilo, por não escrever ralo e raso e, ao mesmo tempo tomar o leitor pela mão, cativar e envolver. Vai compondo sua trajetória de literato, com qualidade vernacular, com seus neologismos, além do resgate de palavras desusadas ou atípicas - um amigo professor francês diz que às vezes ele escreve em língua bárbara - e assim, assustando, surpreende, clarifica, toca corações e mentes. Você não podia ter escrito isso, disse um amigo. Mas você está com os olhos cheios de sangue e chorando, respondeu ele.

Colocando a aldeia natal Itararé, cidade histórica do Brasil (de batalhas que não houve) na consciência do mundo, erguendo suas histórias e lampejos de arte como levitação, e com tantos projetos de livros, Silas tem outros trabalhos inéditos para crianças e jovens, mas quis o destino que o primeiro da lavra fosse esse, por intermédio de uma avaliação qualitativa da visionária Chiado Editores de Portugal. E nada mais bonito do que entrar 'na cabeça' de uma criança ainda na barriga de uma mãe de alto nível, e daí extrair além das ideias, palavras que se somam e se erguem, com começo, meio e fim, em ritmo de falas e pensamentos marotos, em nível de monólogos atiçados pela pólvora do que realmente é existir (ou deve ser existir) mesmo nos nove meses de gestação se tanto, e já ter o que dizer, nessa fauna precoce da vida atiçada in corpore. O prisma, a narrativa, a criatividade. Tudo a ver, aliás, também tudo a ler, como tudo a ser.

Que criança tardia ainda somos, escondidos de nós, até escondidos de sermos, de nossa infância, nossa maior riqueza, nosso maior tesouro? E quando a criança que ainda reside e resiste em nós lê a alma de uma criança ainda na barriga-mãe, de onde, talvez, nós nunca deveríamos ter saído, porque, disse um pensador, que nós vivemos mesmo só nove meses? Pego pela palavra, o leitor vai se colocar no tal troninho com cordão umbilical nutridor e tudo, vai se olhar de dentro pra fora, como já sabe o mundo da fantasia de fora pra dentro, se colocando no lugar do baby vai ser também criança purinha outra vez, e se emocionar; vai chorar, e vai se sentir de alguma maneira em casa, sendo assim também a casa, a casca, o lugar em que estamos, o lugar que somos... De onde nunca deveríamos ter saído?

Conversando com o autor, sobre o processo de criação deste livro, fiquei sabendo que ele perdeu a mãe faz pouco tempo, teria sofrido muito, como uma perda dessas acarreta, e que, tentando lavar a alma, por assim dizer, teve uma ideia desse trabalho e então escreveu o livro como se lavando por dentro, como se de novo se colocando na barriga da mãe, também confessando que chorou muito ao escrever, mas que ao mesmo tempo também como que também se limpou em lágrimas e palavras, se renovando; como se purgando a dor e a partir do término da obra de várias leituras e releituras, se recompondo, como se a obra, o romancear e todo o trajeto criativo, o libertasse. A arte como levitação também?

Lendo o livro GUTE GUTE em seu projeto ainda inaugural, para depois tentar dedilhar alguma coisa sobre o mesmo, veio-me à mente a fala de Giorgio Agamben (Ideia da Prosa/Ideia da Felicidade) quando disse: "Em todas as vidas existe qualquer coisa de não vivido, do mesmo modo que em toda palavra há qualquer coisa que fica por exprimir. O caráter é a obscura força que se assume como guardiã dessa vida intocada; vela atentamente por aquilo que nunca foi e inscreve no teu rosto a marca disso..."

Pondo palavras na boca do personagem principal, narrador da epopeia barrigal - a barriga da mãe é a segunda personagem - a criança por nascer já vai precocemente dando à luz a fatos que identifica e soma, acontecências, intenções, ironias, entendimentos pueris, julgamentos puros e o próprio repertório experimental da linguagem que ouve, avalia, compõe, edifica e no palavrear conjetura e assim e por isso mesmo expõe sonoramente. Quem é que poderia ter escrito um livro desse? Você lembra Gepeto, O Gato de Botas, Alice No País das Maravilhas, ou, no Brasil, o Moleque Saci, ou ainda as maviosas contações aventurosas de um tempo e de um lugar feitas pelo inesquecível Monteiro Lobato, e nesses tempos pós-modernos de tantas infovias efêmeras, capta o romance como um estilo moderno, um olhar cativante, um entendimento bem contemporâneo que vai açodar a mente sempre ativa das crianças, de jovens e adultos, que não caberão em si, entrando na narrativa como dentro da barriga do historial ou dentro de si mesmos. Uma aventura e tanto. GUTE GUTE é isso, tem essa intenção e crédito. Talvez, fora dessa barriga, então, finalmente, podemos entender melhor o que saímos perdendo, quando nos perdemos de nós mundão a fora, ou, quando, de uma forma ou de outra, artisticamente podemos fazer da poesia, da imaginação, do conhecimento e da arte uma bela filosofia de vida, ou ainda, do entretenimento e do mundo da fantasia nas leituras, mais uma barriga acalentadora para nos cuidarmos de nós, nos salvarmos de nós, nos adoçarmos, e assim, então, nos sentirmos em paz com uma literatura envolvente como essa. Gute Gute.

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Antonio T. Gonçalves - Professor Universitário - CULT NEWS

E-mail: la-goeldi@bol.com,br

https://guteguteromanceinfantojuveil.wordpress.com/2015/02/23/gute-gute-barriga-experimental-de-repertorio-romance-de-silas-correa-leite/

Livroterapia: a Cura Pela Leitura, Biblioterapia, Microensaio mde Silas Correa Leite

Artigo/Opinião:

Biblioterapia, a Terapia da Leitura Que Cura Almas, Corações e Mentes

Livroterapia, Um Remédio Caseiro e Casual Que Escancara e Cura?

-Doutor, estou com graves problemas emocionais, de depressão a falta de apetite, de baixa estima a obesidade mórbida, que remédio o sr me indica?

-Leia o livro tal. Você vai adorar. Vai fazer um bem enorme pra vc. Pratique esportes. Não beba, não fume. Viaje no livro.

-Doutor, pensei em me matar. Não fui uma boa filha. Só fiz coisas erradas. Más escolhas. Agora a idade me cobrando. Caiu a ficha. Preciso de tratamento.

-Vou indicar um remédio: esses livros aqui... Leia-os. Volte a estudar. Se quiser, procure uma igreja, mas lembre-se que um bom livro é melhor do que farmácia, shopping, praia, afinal, vc não pode fugir do lugar que está, do lugar que vc é. Humorterapia tb ajuda. Mas no livro vc se encontra e viaja na maionese, na batatinha... Um ótimo livro é melhor do que Rivotril. Leia e se encontre. Ou se perca. O melhor animal de estimação é um livro. A melhor viagem é para dentro. Ler, amar, e se curar...

Psicólogo poeta? Vá vendo. Quero dizer, vá lendo. Terapia ocupacional: ler vários livros. E consultar especialistas, fazer tratamentos tb. Somando à terapia do perdão, terapia comunitária, estudar muito - fugir, fugir, fugir... nos livros - e fazer regime, se for carência, e nos cursos e viagens encontrar pessoas... Alma gêmea? Nem pensar. Algemas. Prenda-se a um bom livro e tb seja um livro com final feliz. Ler é o melhor remédio. O melhor energético. Livroterapia...

-Dr, preciso de um ansiolítico, uma cura logo, emergencial. Exames. Consultas. Chapas. -Leia esses livros todos, a bula como bibliografia. O laudo é: quem lê, abre a alma, a mente, o coração. Quem não trabalha não se valoriza. Quem não estuda não muda, não sai do lugar. Consumismo é doença. Internet o tempo todo e escrevendo errado é atestado de ignorância virtual. O preço da ignorância é a eterna dependência do achismo, da mesmice. Não seja um coxinha. Vá abrir um livro.

-Dr, como muito. Dr, choro muito. Dr, tenho pesadelos. Dr, preciso de alguém ao meu lado. -Muito bem, paciente, vou indicar medicamentos e... LIVROS. Vá caçar um livro. Vá ler outras vidas. Não foi fácil para ninguém. Seja mais do que um ninguém, seja alguém. Ler é um tratamento eterno... Seja vc tb um livro aberto sobre si mesmo...

Viajar, comer, amar, estudar, ler, brincar de ser feliz. Mágoa atrai câncer. Frustração atrai pesadelo. Ódio não leva a nada, a não ser a doenças. Saia de si, num livro. No livro vc vai sacar que pessoas (heróis, personagens, bruxos, fadas, anjos, monstros, Peter Pan, Sininho, Gepeto, Cinderela, Mil e Uma Vidas) pessoas que sofreram mil vezes mais do vc, e mesmo assim venceram e foram felizes. Resiliência? E vc aí se achando. Perca-se nas páginas de um livro. Seja tb sua vida-livro com um final feliz que vc escreveu apesar de tudo. Frequente bibliotecas. Ler um livro faz bem pra pele. Seja o seu livro uma praia, uma viagem, uma cabana, não cem anos de solidão. Não gosta de ler? Tem tratamento. Não gosta de estudar? Tem cura. É difícil mas tem. Livros difíceis? Pois é, livros fáceis e vc fica "facinha", de lograr, de aceitar mentiras, de acreditar em lorotas... já pensou que lugar ao sol é o seu futuro, se vc se esconde atrás de uma máscara, fingindo que foi o que não foi, que é o que não é? Nem ler, nada a ver. Nada a ser. Leia e seja. Um médico não é Deus. Uma igreja certinha não existe, vc não é certinha e nenhuma religião pode adestrar vc, a não ser que vc seja quadrúpede. E depois, lembre-se: a solidão é a melhor amiga da alma. E um livraço é a melhor companhia. Poesia é bom pra memória, pro espírito, para neuras, remorsos, sequelas. Deus ama quem lê com alegria. Na casa do Pai há muitas bibliotecas... Já pensou que demais? Seja um bom livro, seu super-herói preferido. Leia e apareça. Quem não lê, sabendo ler, é um inocente inútil, um ignorante perfeitinho para um sistema que banaliza o amor, a caridade, a evolução. Leia e evolua. Ou fique aí parado, esperando a banda passar, e vc atrás da banda de falsos contentes desafinando a sua vida em escala errada. Lucros, perdas. Quem lê vale mais. Vale quando seja. Conteúdo. As aparências deformam o caráter. Quer escolher alguém para ser feliz, seja feliz antes. Se ele tem mais livros do que beleza, ame-o, e deixe-o amar. Cresça e apareça ao lado dele. Se ela tem mais cursos e diplomas do que sapatos e caixas de maquiagens, e adora trabalhar e estudar, vai ser a musa ideal, a esposa ideal, vc vai crescer com ela, ser feliz, ficar rico com as mãos limpas, nas alegrias e nas vitórias. É sim, possível ser feliz sozinho. Se vc está em boa companhia, quando está sozinha com um livro na mão, vc tem o que oferecer a um outro ser. Um celular sem crédito, e vc pouco ligando. Vai reler aquele clássico famoso. Vai se reaprender. Vc vê as fotos de vc menininha, de sua mãe gestora, de sua vida evolutiva, e sempre está com um jornal, uma revista, um livro na mão, ou desenhando, lendo, estudando, e olha-se: venceu por seus próprios méritos de muitas leituras, estudos, cursos, diplomas, conquistas, vitórias. Sua vida um final feliz. Quem não lê muito não se ama nada. Alme-se: LEIA. Quem não estuda sempre vai morrer sem ter uma vitória de garra para contar como referência. Quem quer um livro de um mané, um asnoia, um zé ninguém, se a mesmice e a verdadeira autoajuda é a ajuda mutua, o esforço, o sacrifício, o além de si, a determinação, a transparência, e assim então uma verdadeira alta ajuda. Que exemplo vc é para sua família, ou vc é mais um, ou para vc tanto faz como tanto fez, não significa nada sendo o que é?

Leia a vida-livro do autor. Leia a história do personagem admirável. Vc nasceu, seu nome foi escrito no livro da vida. Vc casou, ganhou uma pg de livro de oficio, num cartório. Vc lê a bula que é a pg de um remédio, a química, a biologia, a homeopatia. O laudo foi negativo e está ali mais uma página de sua vida limpa. Seus diplomas, suas escrituras. Quando vc morrer, escreverão seu nome num livro. Aqui jaz ou "aqui jazz"? Dance conforme a música do livro. Ora, se tudo se enlivra de vc, e vc lendo se livra de tanta coisa ruim, quando morrer, seu nome sendo escrito no livro do céu, pq vc não lê então, se tudo retrata vc? Quando Deus escreveu vc, Ele estava virando pra lua, ou vc aceita a escuridão da ignorância e da rotina, e tem um medíocre repertorio de palavras, escreve errado, querendo palpitar sem saber... Leia e aumente o volume do seu cérebro... Morrer sem ter lido os mil melhores livros de todo mundo, vai fazer de vc uma ameba com godê. Bonitinha mas tapada. Grã-fina mas ruim de diálogo. Saber ler mas não lê, acaba uma ignorante política daquelas. Já pensou, seu cérebro um receptáculo de tudo que faz de vc ser pequena, a fofoca, a vizinha topeira, a amiga burralda, a parente analfabeta, quando estudar vai abrir sua concepção, e ler vai fazer vc medir informações, escrever melhor, saber usar o verbo viver em toda esplendência?

Biblioterapia. Livroterapia. Eis a fórmula secreta. Dieta da lua? Dieta da USP. Cursos, diplomas. Rato de sebos. Dieta do Livro. Leia e emagreça. Pedale seu livro. Plante um livro em seu canteiro neural. Resuma o livro, copie o livro, critique, escreva ao autor, à editora. Indique o livro. Coma o livro, beba o livro, respire os livros. Empreste o livro. Seja freguesa da biblioteca ou da livraria de seu bairro. Gaste dez por cento do seu salário com livros, cds, dvds. Tenha a sua própria coleção na biblioteca em casa, feito um pedaço de um infinito particular. Sentiu firmeza? O céu pode ser uma grande biblioteca do Criador, um paraíso de livros. Vai repetir de vida, ou vai repetir de livros? Onde a sua vida-livro se encaixa da biblioteca da natureza? Ou vc é um caso perdido, um pé no sacro, um final infeliz, uma pobre e analfa e reaça alma perdida a vagar nessa dimensão cósmica numa travessia da Via Láctea? Olhe para o céu que há no livro, e se livre do inferno que as suas escolhas obscuras fizeram de vc uma refém do ostracismo.

Será que o seu login depois da morte é o nome de um livro clássico, e a senha, no portal do infinito, é um guardião alado dizendo: -Evolução ou retrocesso? -Quantos livros vc leu, camarada? Se leu pouco, voltará dependurada num cipó de Darwin, com seu DNA corrompido, a placa mãe retardada. Se leu muito, um lugar melhor será o seu futuro e dirão, que vc mesmo teve um belo romance de vida, que escreveu com seu suor, suas lágrimas, seu sangue, e também, claro, com seus cursos, diplomas, e livros que inspirou, leu escreveu e foi de alguma forma capa e espada tb. Mas não acredite em verdades perfeitas, nem tenha aquela velha opinião formada sobre tudo. Critique tudo. Com sabedoria curricular e cultural. Mas com base. Nunca questione escrevendo errado ou sem pesquisar antes. O selfie pode esperar. Vidinha medíocre, paz burra. Só idiotas não têm inimigos. É mais cômodo e seguro ser um mané, uma perua, né não? Ser burro não dói nada. Aprender dignifica a fé, a obra, o ser. O que vc pensa, cisma, pensa, exprime, escreve, diz mais de vc do que vc acha que diz ou é. Não compartilhe bobices, fascismos, neuras sublimadas, resignações de panelas. Leia-se e seja-se. Fuja num mapa do livro. Solte as amarras. Use a imaginação. No reino da fantasia há muitas jornadas espirituais. Pague pra ver, pra ler, pra ser, crescer e aparecer... Quem lê vale mais. Quem lê poesia vale muito mais. Ler e criar, é só começar. Ler e curar-se, é só continuar a ler muito e bem...

"É comum confundir Biblioterapia com ler livros de autoajuda. Alguns títulos de autoajuda são úteis e podem ser aplicados junto com o tratamento", diz Rodrigo Leite, (Coordenador do Ambulatório Geral do Instituto de Psiquiatria da USP, a Biblioterapia)

Ou vc quer ser uma merreca de um cerebrozinho de carruagem de abóbora selvagem, com inúteis e bobos mil tons de cinza de anões de jardins cheio de coliformes fecais de abutres? Vire a página. Seja freguês de uma estante cheia. Mande ver. Mande LER. A melhor pedagogia é o exemplo. A maior e melhor lição é não ser tapado e nem metido a cult ou artista de embustes, sem ser sequer ser um eterno aprendiz da alma humana. Livro ensina. Aprenda.

Quando eu morrer eu quero ser LIVRO.

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PS: Livros viram 'remédios' para paciente psiquiátrico. Fobias, ansiedade, bulimia e depressão podem ser tratadas através da leitura. Histórias são indicadas pelos médicos. Ler pode ser um importante aliado em tratamentos psiquiátricos. É o que apostam especialistas da Biblioterapia. No Reino Unido o método ganhou apoio do governo por meio de parceria entre médicos e bibliotecas públicas, que transformaram-se em verdadeiras farmácias culturais: os livros são 'prescritos' em receitas e emprestados ao paciente. Jornal O Dia - Inglaterra.

Escreveu:

Silas Corrêa Leite, Livre pensador humanista, blogueiro e ciberpoeta premiado.

Autor de vários livros, premiado em diversos concursos, constando mais de 800 links de sites e em mais de cem antologias literárias de renome em verso e prosa, até no exterior. Contatos para palestras, congressos, debates, entrevistas, críticas, torpedos, etc. E-mail:

poesilas@terra.com.br

Último Romance no Site da Folha de São Paulo:

http://livraria.folha.com.br/ebooks/literatura-ficcao/gute-gute-ebook-1316008.html

Livros a venda no site: WWW.livrariacultura.com.br

OU no: WWW.clubedeautores.com.br

Resenha de GOTO, romance, por Adelto Gonçalves, Doutor em Literatura da USP

LETRAS-RESENHA CRÍTICA

'Goto', Um Romance Pós-moderno Resenha de Adelto Gonçalves (*)

Itararé, pequena cidade do Estado de São Paulo na divisa com o Paraná, ganhou notoriedade à época do movimento civil-militar de 1932 em que a alta burguesia paulista, desalojada do poder em 1930, tentou, de maneira desastrada, afastar pelas armas o regime instaurado igualmente à força por Getúlio Vargas (1882-1954), fazendeiro gaúcho que soube galvanizar o ressentimento das demais unidades da Federação contra a chamada política do "café com leite".

Como se sabe, desde o advento da República, capitalistas paulistas e mineiros, praticamente, tinham o monopólio dos benefícios e benesses que a União poderia oferecer, usufruindo-os à exaustão, enquanto os demais Estados chafurdavam no subdesenvolvimento, quase todos entregues à espoliação promovida por suas oligarquias locais.

Em 1932, deu-se então o episódio da projetada batalha de Itararé, "aquela que não houve" porque as forças de um lado e de outro concluíram que não valia à pena levar adiante aquela guerra fratricida, com a capitulação das elites paulistas, que já haviam sido derrotadas em 1930, com o afastamento abrupto do presidente Washington Luiz (1869-1957). O episódio foi utilizado, de maneira jocosa, pelo jornalista, humorista e escritor Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (1895-1971), conhecido por Apporelly, que passou a apresentar-se sob o falso título de nobreza de barão de Itararé.

Obviamente, o que houve foi uma conciliação de interesses, que permitiria a Vargas levar até 1945 um projeto de governo autoritário e populista que haveria de flertar ostensivamente com o fascismo e o nazismo, até a virada em favor dos Aliados (Estados Unidos, Reino Unido e União Soviética) que se opunham aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Hoje, sabe-se, porém, que a história oficial escondeu que houve mortos de lado a lado em Itararé, entre os invasores gaúchos e os resistentes paulistas.

I

Mais de oitenta anos depois, a bucólica Itararé agora entra pela porta da frente da Literatura Brasileira e ganha foro comparável ao do Yoknapatawpha County de William Faulkner (1897-1962) na literatura norte-americana, e de Macondo de Gabriel García Márquez (1927-2014) e de Santa Maria de Juan Carlos Onetti (1909-1994) na literatura latino-americana. A paulista Itararé é o palco das aventuras contadas por Aristides, ou Ari, ou ainda Goto, personagem do romance Goto - o reino encantado do barqueiro noturno do rio Itararé (Joinville-SC, Editora Clube de Autores, 2014), de Silas Correa Leite (1952).

II

Obra do século XXI, em que toda a coerência formal da narrativa já foi desrespeitada, Goto surge como romance pós-moderno, ou seja, é fragmentado, desintegrado e de linguagem rebelde, assumindo-se como não-romance ou anti-romance, ao romper com as fôrmas literárias do Romantismo e do Modernismo, como diria o insuperável professor e ensaísta Massaud Moisés (1928).

Afinal, o barqueiro, em seu trabalho de levar gente de uma margem para outra do rio Itararé, contava para o que ouvia, mas falando na primeira pessoa, exatamente do mesmo modo como havia ouvido o caso. Com isso, o romance adquire também um sentido polifônico, ou seja, composto por muitas vozes que não a do autor, tal como definiu o crítico literário e filósofo da linguagem russo Mikhail Bakhtin (1895-1975), ao analisar a obra de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). É nesse sentido que se pode dizer que Goto alcança o status de pós-moderno.

II

De fato, dono de um estilo inconfundível, Silas Correia Leite é, no dizer do poeta bielo-russo-brasileiro Oleg Almeida (1971), um dos mais originais escritores deste Brasil pós-moderno, com uma visão da realidade que se manifesta de maneira socrática: com ironia, coragem e irreverência. E isso o leitor constata com facilidade logo nas primeiras linhas deste romance permeado por "causos" contados pelo barqueiro de Itararé, como o do ancião analfabeto que assinava havia mais de 50 anos um jornalão do Rio de Janeiro apenas porque precisava de papel farto para embrulhar a carne de seu açougue.

Além dos "causos" contados em linguagem caipira, há o depoimento em que Goto, espécie de alter ego do autor, conta as agruras pelas quais passou nas mãos dos esbirros da ditadura civil-militar (1964-1985) que tanto infelicitou a Nação brasileira:

"Era o regime de exceção. Era o arbítrio. Eu mesmo senti na pele a dor crucial dessa época (....). Pendurado num pau de arara, sem água, sem luz e sem pão, eu não podia dizer muito porque nunca tinha atentado contra ninguém, minha única arma era a palavra escrita e falada, porque eu era bom de dialética e sabia ocupar meu espaço denunciando, reclamando, pedindo por eleições diretas e o fim das insanidades palaciais. Se eu soubesse muita coisa, de qualquer maneira, confesso que jamais contaria, eu não era um alcaguete e sabia suportar pressões. (Mas apanhei muito. Várias vezes. Quase morri. (...)."

III

Silas Correa Leite, educador, jornalista comunitário e conselheiro em Direitos Humanos, começou a escrever aos 16 anos no jornal O Guarani, de Itararé-SP. Migrou para São Paulo em 1970. Formado em Direito e Geografia, é especialista em Educação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, com extensão universitária em Literatura na Comunicação na Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP). É autor também, entre outros, de Porta-lapsos, poemas (Editora All-Print-SP), Campo de trigo com corvos, contos (Editora Design-SC), obra finalista do prêmio Telecom, Portugal, 2007, e O homem que virou cerveja: crônicas hilárias de um poeta boêmio (Giz Editorial-SP), Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador-BA, 2009.

Seu e-book O rinoceronte de Clarice, onze ficções, cada uma com três finais, um feliz, um de tragédia e um terceiro final politicamente incorreto, por ser pioneiro, foi destaque em jornais como O Estado de S.Paulo, Diário Popular, Revista Época, Revista Ao Mestre Com Carinho e Revista Kalunga e na rede televisiva. Por ser único no gênero e o primeiro livro interativo da Rede Mundial de Computadores, foi recomendado como leitura obrigatória na disciplina Linguagem Virtual no Mestrado de Ciência da Linguagem da Universidade do Sul de Santa Catarina. Foi tema de tese de doutorado na Universidade Federal de Alagoas ("Hipertextualidade, o livro depois do livro").

Silas Correa Leite recebeu os prêmios Paulo Leminski de Contos, Ignácio Loyola Brandão de Contos; Lygia Fagundes Telles para Professor Escritor, Prêmio Biblioteca Mário de Andrade (Poesia Sobre São Paulo), Prêmio Literal (Fundação Petrobrás), Prêmio Instituto Piaget (Lisboa, Portugal/Cancioneiro Infanto-Juvenil); Prêmio Elos Clube/Comunidade Lusíada Internacional; Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores (USP), Prêmio Simetria Ficções e Fantástico, Portugal (Microconto), entre outros. Tem trabalhos publicados em mais de 100 antologias e até no exterior (Antologia Multilingue de Letteratura Contemporânea, Trento, Itália; e Cristhmas Anthology, Ohio, EUA). Acaba de publicar pela Editora Pragmatha, de Porto Alegre-RS, Pirilâmpadas, poesia infanto-juvenil.

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Goto - o reino encantado do barqueiro noturno do rio ItaraRé, de Silas Correa Leite. Joinville-SC: Editora Clube de Autores, 432 págs., 2014. Site: www.clubedeautores.com.br

E-mail: poesilas@terra.com.br

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(*) Adelto Gonçalves é doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de Os vira-latas da madrugada (Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1981; Taubaté, Letra Selvagem, 2015), Gonzaga, um poeta do Iluminismo (Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1999), Barcelona brasileira (Lisboa, Nova Arrancada, 1999; São Paulo, Publisher Brasil, 2002), Bocage - o perfil perdido (Lisboa, Caminho, 2003), Tomás Antônio Gonzaga (Academia Brasileira de Letras/Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2012), e Direito e Justiça em Terras dáEl-Rei na São Paulo Colonial (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2015), entre outros. E-mail: marilizadelto@uol.com.br

Projeto de Vida, Silas Correa Leite, Depoimento de um Poeta Sexagenário

Projeto de Vida- Depoimento de Um Poeta Sexagenário

Silas Corrêa Leite

(Da Série "Testamento de Uma Jornada")

A partir de uma tenra idade, muito precoce ainda, pais honestos, meio probo, vc começa a delinear um básico projeto de vida. De origem humilde, você cisma: -Estudar muito, ler bastante, trabalhar o mais cedo possível, ganhar a vida honestamente, com as mãos limpas. Simples assim.

Começa a trabalhar, sempre lendo, sendo honesto, pontual, produtivo, criativo, admirado e elogiado pelos patrões, tipo "esse menino vai longe". Quando tem a chance de estudar, se entrega loucamente aos estudos que acabou parando na quarta-série primária ainda guri, para trabalhar e ajudar a família carecida. E exemplos de dignidade, criatividade, honestidade em casa, no meio, no clã. Siga os bons.

Cedo sai de casa em busca de melhores condições de trabalho e estudos. Passa necessidade, passa fome, dorme em cortiço, pensão, dorme na rua. Sempre com um ideal, um sonho, esperanças limpas. Nunca é tarde para recomeçar, e a busca de ser feliz ainda que tardia.

Acaba se formando com dificuldades, acaba melhorando de empregos, sempre respeitado pelos colegas, subalternos, amigos, chefes, patrões, donos. Podem confiar em você. Seu sonho é vencer na vida com esforço e por merecimento. Em todo trampo, mesmo começando por baixo, logo acaba chefe por mérito. Começa a ganhar bem. Ajuda amigos, parentes, familiares. Seu projeto de vida é digno. Aprende a respeitar a dor do outro, estender a mão, ser solidário, também tem um projeto de vida ético-humanitário. Vai realizando seus sonhos...

Erra e acerta no amor. Romântico, poeta, sabe como é. Comete erros que pode dizer que cometeu, na caminhadura. Nada a esconder. Nenhum mal feito que revele você interesseiro, mau caráter, roubando a firma, o patrão, o meio, nem nunca chamado de caloteiro, de velhaco, nem nunca sofrendo despejo por falta de pagamento, nunca ostentando nada que não fizesse por merecer ter com sangue, suor e lágrimas. Projeto de vida. Simples assim.

Vez em quando, levando um tombo da vida, uma mentira, uma traição, uma punhalada pelas costas de parente ou amigo, mas sempre saindo da queda, do chão, limpo, se levantando com mais trabalho, resiliência, mais esforços, três trampos, acordando cedo, dormindo tarde, vendendo as férias para fazer caixa, fazendo cursos em finais de semana, nas férias. Projeto: evoluir, comprar uma casa para si, uma casa prometida para a mãe. Finalmente, entre lonjuras e escolhas, acerta e acha a mulher de sua vida, uma mão na roda, honesta, estudiosa, que trabalha muito também, que estuda até tarde, que dá um show em casa, gerencia sua cabeça, suas loucuras, dá estrutura aos seus planos... Luz atrai luz.

De vez em quando um novo curso, um novo diploma, um prêmio literário de renome, um convite pra palestra paga, uma entrevista no rádio, outra na tevê, em programa de alto nível cult, depois bola um livro pioneiro, de vanguarda e único no gênero que sai na chamada grande mídia, vira tese de mestrado, no doutorado, consta em centenas de sites, até em antologias literárias no exterior, ou mesmo na Biblioteca Nacional, e você com seu projeto de vida ganhando amplitude, destaque, reconhecimento. De três sonhos impossíveis quando criança berebenta com amarelão, realizou mais de dez sonhos impossíveis ao longo de seu projeto de vida. E como escritor elogiado entre outros por Elio Gaspari, Fernando Jorge, Lygia Fagundes Telles, Ignácio de Loyola Brandão, Álvaro Alves de faria, Moacir Scliar e Carlos Nejar,ambos da ABL-Academia Brasileira de Letras. Sentiu firmeza.

Encontra colegas de trabalho, patrões, alunos. Em todos o reconhecimento claro e cristalino. Seus textos em sites, até internacionais, em redes socais, em convites de formatura, em discursos, citações, em teses de TCCS, em posses de academias de letras regionais, em agendas, até fora do Brasil. O menino pobre, pondo suas dores pra fora, seu projeto de vida relido e contato, e novos prêmios, outros livros. E palestras, até em universidades federais, publicado em jornal da USP, onde foi bolsista pesquisador, seus textos em sites da Argentina, Itália, Chile, Estados Unidos, Espanha, Portugal, Angola,Moçambique, Rússia, no Pravda. Seu Estatuto de Poeta vertido para o inglês,francês, espanhol e russo. Seu projeto de vida tem o que dizer,o que valer, o que fazer sentido numa croniqueta, num poema, num livro. Você compra a casa para sua mãe. E a sua mãe descendente de negros com índios, vendo você na TV Cultura, duas vezes, na TV Band, em capa de jornais de sua cidade, em matérias e em revistas, e diz: -Ele sempre foi meio espeloteado. Você a honra. E conta que vc esteve para morrer seis vezes, quando criança. Que seu pai gastou vários terrenos para comprar remédios, tratar de vc, para que você sobrevivesse. Você venceu a morte... a miséria... a batalha da vida dura... Os padres dizem que vc seria um ótimo Frei. Os crentes dizem que vc seria um ótimo pastor. Os Médiuns dizem que vc é médium... Será o impossível? E vc na sua vidinha, fé com obras...

Um dia chutam: -Você deu sorte na vida. Não sabem um terço da missa. Um dia perguntam: -E se você fosse avisado por um medico, de que tem pouco tempo de vida,o que faria? Você responde: Eu olharia para trás, vendo que deixei o mundo de meu clã melhor do que recebi, olharia minha origem, minha trajetória, e diria, curto e grosso: -Pintei e bordei.

Cada coisa em sua casa, conquistada com esforço e dignidade. Nunca colocou nada em casa que fosse tirado, furtado, roubado, enganando alguém, a empresa, o amigo, o parente, a facilidade de extorsão, o enriquecimento ilícito com divida, peculato, prevaricação. E ainda socialista, sonhando um humanismo de resultados. Um amigo brinca: Se vc fosse de direita, mau caráter, mulherengo,interesseiro,olho grande,mão rápida, dinheirista, continuasse na área de advocacia, estaria podre de rico? E indagam: -Vc está rico? Vc responde na bucha: -Estou digno.

Quando não te chateiam: -Por que vc estuda tanto,lê tanto, feito um E.T.? Ninguém sabe a sua dor.O que você passou para continuar limpo e para ser o que é. Vc cai no Vestibular na faculdade de letras de sua cidade, da qual é autor de um hino. Cai, junto com Machado de Assis e Vinicius de Moraes no Vestibular da VUNESP.Seu projeto de vida cresceu com você. E vc não ostenta posses,nem nada que valore mais você,a não ser a sua própria história de vida, que já daria um romance de tristeza,de conquista e determinação...

Projeto de vida: vencer com a força de sua cabeça,seus braços; o que tem fazer por merecer e coadugnar com seus ganhos em três trampos e trabalhos de assessorias em escritas,orelhas e prefácios de livros,resenhas criticas, criticas literárias e sociais, escrevendo em mais de 800 links de sites. Você fez além de seu projeto de vida. Há um Deus. Quando chegar a sua hora de ir embora, cantar noutra fregesia do céu, numa Itararezinha Celeste, dirão: -Passou a vida lendo e escrevendo e estudando feito um louco. Alguma pessoa que sabe sua história,dirá: -Queria ter um filho como ele.Uma aluna dirá novamente: -Foi o melhor professor que eu tive,foi como um pai pra mim,e regia aulas como um professor de cursinho, cantava na sala, fazia historias em quadrinhos,teatro,letras de rock, entrevista,rodas vidas de aulas... tudo isso em Geografia,História, Filosofia e Ética e Cidadania, Didática...

Nesses erros e acertos,altos e baixos,idas e vindas, tempos de vacas magras e vacas gordas, perdas e saudades, rupturas e desastres, tragédias e lamentos,procura honrar a memória de seus ancestrais. Você foi forte,dizem. Você deu no couro,diz um parente. E você, passando dos sessenta, jogando limpo, segue o trajeto final de sua vida. Exigindo pelo pai,criticado,cobrado, sancionado,correspondeu, fez bonito. Criticado, foi estudar mais. Cada pé na bunda que levava, um novo curso,um novo livro,um novo diploma. Sempre assim. Primeiro dizem que você é pobre, é feio,filho de preto,de crente, de mãe lavadeira de roupas, faxineira, depois dizem que você é metido (escreve pro jornal com 16 anos), depois que é viado, depois que maconheiro,depois que é bêbado, depois que é comunista, petralha, depois você Vence sem fazer parte do sistema, sem entrar em nenhum esqueminha, sem corporativismo, sem jogos sujos, sem tramoias. E quem humilhou você num determinado tempo de pobrinho, humilhou sua mãe até,hoje compra seus livros no site da Livraria Cutura e pede autografo para você. Já pensou que demais?

A sua primeira professora, que, com a diferenciada pedagogia do afeto alfabetizou você e descobriu sua primeira poesiazinha certamente pueril, décadas depois,num lançamento de mais um livro seu, na Casa das Rosas lotada, na Avenida Paulista, em SP, depõe:--O Silas foi o aluno mais pobre que eu tive. O Silas foi ao aluno mais inteligente que tive.Você chora. Alguns presentes choram.Mais de dez anos depois, você encontra uma ex-aluna que abraça você chama você de pai.Você olha a mãe da aluna chorando por finalmente conhecer você,e diz:-Você ajudou a criar minha filha. Ela estudou oito anos com vc e vc encheu o coração dela de sonhos... e mudou a cabeça. O sr foi como um pai pra ela,que era filha de mãe solteira...

Com quase cinco mil amigos no facebook,muitos até do exterior, entre centenas de ex-alunos, e o surpreso marido de uma ex aluna na pg do facebook diz:-Minha esposa está aqui na sala, na frente dos filhos,chorando,por encontrar o senhor de novo,que diz que foi o melhor professor que ela teve. Esse reconhecimento vale mais que um holerite, vale uma vida, uma alma. Somos todos aprendizes?

Por essas e outras, vencedor com as mãos limpas, sem obter vantagem em nada, sem ludibriar a empresa em que trabalha, ou valer-se do cargo ou situação de meio para ter status, pose, posses, conquistas amorais ou ilegais,você segue seu final de vida, como que lhe couber. Não fiz feio.

Na longa estrada da vida, os amigos podem contar com você. Os parentes podem contar com você. Seu pai contava com você, pois precisou. Você nunca abandonou sua mãe, e ela com você sabia que podia sempre contar.

Todos nós temos uma história pra contar.

Qual é a sua, vai encarar?

Se forem fazer uma auditoria,confirmariam isso. E saberiam de processos que sofreu por corruptos em quem os outros votaram,você não, e vc ainda continua primário apesar de tudo, 47 anos escrevendo para o Jornal O Guarani de Itararé,onde tudo começou como uma escada,uma escola,uma estrada, um treino, um aprendizado básico.

Consciência limpa,sem remorso,várias perdas e tristezas,marcas no corpo e na alma, sem tatuagens mas com várias cicatrizes, e você segue sobrevivendo sem esperar muito da vida agora,afinal,estamos todos no mesmo roçado de trajeto e entornos, e, parafraseando Caetano Veloso, sabemos que uns vão, uns não, uns hão,uns cão, uns chão,e não existem outros...

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Silas Corrêa Leite

E-mail:poesilas@terra.com.br

WWW.artistasdeitarare.blogspot.com/

Texto da Série "Daquilo Que Eu Sei e Vivi Plenamente"

Almanaque de Natal, Silas Correa Leite e Suas siladas

Outro Almanaque de Natal - Silas e Suas "Siladas"

ULTIMO NATAL (Então, Não é Natal)

-É Natal?

Não há sino pequenino nem presépios elétricos

Nem corais, nem amigos secretos

Nem consumismo, nem comércio

Resta morta toda a humanidade

DEUS

No píncaro da glória de seu potentado em celestidade

Olha Jesuscristinho ao seu lado e tem dó

São Eles só

Os dois

Os anjos foram cantar hosanas e aleluias noutra freguesia

Da terra já não há mais nada do que antes havia

O mundo acabou

Aquela porcaria

O criador que tudo vê e tudo sofre, e tudo sente, de novo, outra vez

Vai tentar do recomeço

Com mais prudência, adereço, justiça e sensatez...

-É Natal?

Não há ouro, incenso e mirra; não há mais ninguém

Da civilização humana nada mais resta

Nem comércio e nem consumo

Nem pannetone ou arroz de festa

DEUS

Do píncaro da gloria de seu potentado supracelestial

Arrependeu-se do que criou. E tanto mal...

O livre arbítrio

O sitio

Daquilo que gerou. (Esse livre arbítrio

Que não valeu nada)

E Ele ali mal se cabendo em si como se numa encruzilhada

Restam escombros

Pós-selvageria

Das atônitas explosões das bombas da água, do lixo, da fome

Que mataram o homem

Em suas vilezas de historiais escombros...

(Então não é Natal

Menos mal)

Não há nada para ser comemorado e ponto final.

-0-

Continho

Lurdes Pobrinha da Silva

Lurdinha queria ver o Papa.

O dia inteiro o papo aranha no rádio, na televisão, nas contações das beatas da periferia abandonada e carente, entre becos, cortiços, guetos, palafitas e a enorme favela Ordem e Progresso no Morro do Querosene, a acontecência 'da hora' era sobre o Papa que estaria vindo visitar o Brasil.

Lurdinha, coitadinha, deficiente física e mental, olhos cheios de remela, pobrinha e agregada de um barraco onde se restava meio que largada, desesperada e carente sonhava em ver o Papa. Passaram-se meses, sem esperança e sem cuidados, ela ficou com aquilo na cabeça.

Quando era pertinho do Natal, certa manhã radiante, o quarto amontoado em que mal e porcamente fora alojada entre trastes velhos feito um antro de despejo, se iluminou. E ela viu entrar um belo e sorridente jovem, barbudo, cabeludo, que lhe estendeu os braços largos e disse com maviosa voz:

-Olá Lurdinha, eu sou Jesus!

Lurdinha ficou desenxabida, coitada.

Ela queria ver o Papa.

-0-

Cântico de Itararé

Itararé

Será que vivendo tão distante de ti

Estou realmente existindo direito?

Longe de casa eu lutei, eu sofri

E te trago encantada, dentro do peito

Itararé

Valeu a pena o que distante vivi

Tão longe desse encantário, teu chão?

(Só que o caminho da volta não esqueci

E te levo ninhal, dentro do coração)

Itararé

Ao lembrar dessa terra a minháalma ri

(Hoje só a saudade já não satisfaz)

Ah Itararé como eu te relembro, guri

A lua entre estrelas, sobre os pinheirais

Itararé

Espero um dia retornar para aí

O poeta andorinha exilada vai voltar

Em teu solo meu corpo vão plantar

Quanto, então, também serei parte de ti!

-0-

Natal de Pobre

Boneca velha suja entre sabujos

Boneca de um braço só e lá,

jogada no lixo entre bulbos

Da periferia S/A

Criança carente de cara séria

Humilde simples, tristinha

Resgata a pobre boneca sujinha

Na sua realidade de miséria

Corre a menina parda com sua cruz

De olhos pobrinhos com remela

Com aquela boneca vestida com panos ruins

Exatamente como ela

-É Natal, é Natal de Jesus!

Diz a criança, pobre assim

-Vejam o meu brinquedo que já

Papai Noel do céu mandou pra mim

............................................................

(Deus, no médio céu de horizonte externamente grená

Chora uma lágrima carmim)

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Presépio de Pobre

Todo mundo tinha presépio

Na ruela onde morávamos

Eram elétricos, coloridos

Mais que o primeiro Natal

Cada presépio encantado

Muito mais que o de Belém

Cada jardim era um luxo

De cores e de pirilâmpadas

Como éramos pobrezinhos

E mal tínhamos o que comer

Imagine ter um presépio

Com tantos pertences caros

Meu pai andava doente

Minha mãe lavava no tanque

As tristezas que a gente

Fazia omelete de lágrimas

Mas éramos bem criativos

Eu e as minhas irmãs

E montávamos do nosso jeito

Um presepinho bem humilde

As paredes eram de tacos

O telhado todo de cascas

De laranjas e de cepilhos

E a tez chão, macadame

Os burrinhos eram sabugos

As vaquinhas de limões

Ovelhinhas sabão de cinzas

Estrela tampinha de crush

Maria era bem torneada

Entre pinhas e resinas

E São José eu inventava

Numa caixinha de fósforo

A manjedoura era apenas

Uma lata velha de sardinha

Com pétalas, flor de lágrimas

Alguns carunchos de feijão

Só o enviado de Deus

O divinal Jesuscristinho

Era um belo carretelzinho

De linha, que eu esculpia

Eu o ornava bem feitinho

Com muito amor e carinho

Fazendo um menino triste

A nos olhar sem milagre

E como éramos pobrinhos

Ali já dávamos, tristinhos

Ao bentinho, do presépio

A nossa coroa de espinhos

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FELIA NATAL, FELIZ TUDO EM DEZEMRO, FELIZ 2016

Silas Correa Leite -E-mail: poesilas@terra.com.br

www.artistasdeitarare.blogspot.com/Site de Silas Correa Leite

In, Livro de SILAS, Dezembro 2015

Poema Bendições

BENDIÇÕES

(Terras em Mim de Portugal)

-O que será, que tenho em mim

De Portugal, terra de ancestrais

De meus pais?

A pureza original da Ilha da Madeira?

A bruteza náutica do inquerer?

A busca de uma paz impossível?

A arte como refinamento íntimo?

O amor pelas estrelas do mar?

A língua-mãe, ou o fado,

do meu destino de peregrinador?

Alguma coisa de Portugal, por parte de meu pai

Eu tenho em mim

E escrevo odes, erranças, naufrágios, bendições,

pertencimentos e quireras de me ser

em poemas.

Talvez por parte de não saber o que tenho

Mais as lágrimas afrocontinentais de minha mãe

Misturada à alma portuguesa

Tudo isso em somas façam de mim um poeta buscador

Da paz - no sextante dentro da forma da poesia

Na âncora do laboratório de me ser

Como uma nau catarineta no meu intimo a dizer:

-Às armas!

-Às Armas!

E então tomo da arma branda canetinha bic amarela

como uma bússola lustral

E risco meus caminhos em águas, paragens, raízes,

ilhas e velas ao vento-coisa

Tentando me encontrar comigo mesmo

Um lusonauta que encara a barra pesada de viver

Nesse cínico e hipócrita mundo cão

Barrabrava

Emergindo-me, levanto-me

Pois a minha alma lusitana grita:

-Às armas!

-Às armas!

E depois que escrevo mundos e fungos, ícaros e ácaros

Ora Pessoa, ora Eça de Queiróz

Ora Saramago ou Bocage

E então descanso da dura batalha de sobreviver

No mar de sargaços da vida

Porque minha terra é minha língua

Minha pátria é minha língua

Minha pátria é o português

E em virtude disso eu sigo, sangro,

singro e dou testemunho de mim

Com os cortantes ventos ancestrais no meu DNA

No meu sangue; no meu suor de sais de Portugal

E nas minhas curtidas lágrimas lusodescendentes

Gritando no surto-circuito de meus fios desencapados

Feito um fado de dizer com o espírito ancestral:

-As armas!

-As Armas!

-0-

Silas Corrêa Leite

Itararé/São Paulo/Brasil

E-mail: poesilas@terra.com.br

www.artistasdeitarare.blogspot.com/

O MENINO QUE QUERIA SER SUPER-HEROI, de Silas Correa Leite, a Venda no Site Amazon

"O MENINO QUE QUERIA SER SUPER-HEROI", Romance Infantojuvenil do CiberPoeta Silas Correa Leite, agora a venda no mundo inteiro pelo site Amazon!

O livro "O MENINO QUE QUERIA SER SUPER-HERÓI" foi publicado na Kindle Store e já está disponível para compra aqui.

http://www.amazon.com/dp/B00K9EECBK/ref=rdr_kindle_ext_tmb

O romance conta a historia de um menino de Itararé que foi registrado como se fosse filho de seus avós, com os quais vive brilhantemente, porque sua mãe sumiu quando ele nasceu, e seu pai, que ele desconhece, e que mora na cidade, não sabe que ele está vivo. Inteligente, precoce, sabido, ótimos instintos e mais alguns dons e talentos, muito ativo, sensível, o menino sabe que o sótão de sua casa guarda um segredo, e o porão também esconde coisas do passado de seus familiares. Fã de desenhos animados, de histórias em quadrinhos, e de personagens de gibis, como Super-Homem, Batman, o Homem Invisível e o Capitão Marvel, o menino, que tem o nome de Ben-Hur, precisa visitar seus subterrâneos, conhecer os mistérios de sua vida, descobrir segredos, achar sua mãe, realizar todos os seus sonhos impossíveis. Terá a ajuda de alguns de seus heróis de gibis prediletos? Fã do Tarzan, Zorro, Homem-Aranha e outros heróis, como ele poderá contar com seus amigos prediletos da Liga da Justiça, ele que sempre sonhou em ser rei, ser santo, e que pode tentar também ser um Super-Herói? Essa é a história do menino que queria ser Super-Herói.

http://www.amazon.com/dp/B00K9EECBK/ref=rdr_kindle_ext_tmb

Cantata a Terra-Mãe Portugal

Cantata a Terra-Mãe Ancestral

"Ah que saudades que tenho

Da aurora de minha vida... "

(Casimiro de Abreu)

Dedicada ao Amiguermão de Portugal, Frassino Machado

Ah Portugal quando eu te vejo

Num fado, numa foto, num realejo

Sinto-te em meu íntimo fulgurar

Uma casa no rochedo, sobre o mar

E ali se aninha um marinheiro

Que no passado fui em causa tua

Onde tinha boêmios no terreiro

À luz de lampiões, clarão da lua

Mas minhá alma migrou um dia

Na portabilidade, um corpo que

Ainda a terra-mãe de ti havia

Que o espírito em plagas longe lê

E sou de Portugal, este menino

Plantado às barrancas do Paraná

No arquivo neural ressoa um sino

Com lágrimas que trouxe de lá

Ah Portugal, há uma saudade

De uma outra vida, outra condição

Que noite a dentro de mim há-de

Ser o teu céu, nau e constelação

Pois sou Portugal, aqui no peito

De Bocage, Camões ou de Pessoa

E vou te levando; como te enfeito

De uma lembrança-luz que abençoa

Ah Portugal distante e em mim

Um lusonauta que, em Itararé

Ainda viça um cheiro de alecrim

Por tua honra, tua glória e fé...

E sendo um caminheiro, Portugal

Levo-te comigo por onde for

Porque és encantário, és ninhal

Terás de mim sempre imenso amor!

-0-

Silas Correa Leite, Santa Itararé das Artes, São Paulo, Brasil

Patriarca descendente de Cristãos Novos oriundos de Ilha da Madeira Portugal

E-mail: poesilas@terra.com.br - Blogue: www.portas-lapsos.zip.net

Autor de O HOMEM QUE VIROU CERVEJA, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Giz Editorial, São Paulo, no prelo, Prêmio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia, 2009

o    Cyber Poeta Silas Correa
Leite, tachado Pelo Site Capitu de “O Neomaldito da Web”

o   

Breve Historial Bio-Bibliográfico

o   


-O atual literato e Cyber Poeta, Silas Correa Leite, na verdade nasceu no
bairro operário de Harmonia, na cidade de Monte Alegre, Paraná, região de
Tibagi. No entanto, a partir dos seis meses de idade, foi criado em Itararé,
São Paulo, cidade de divisa com o Paraná, terra de seus pais, que tiveram que
fugir do colonião do Paraná porque tinham loteamentos (Lotes das Cem Casas) na
área rural chamada Cidade Nova, adjunta a Monte Alegre, e foram perseguidos por
grileiros, bandidos e jagunços do político corrupto chamado Lupion, então
governador do Paraná. Por incrível que pareça, a área regional toda depois
estranhamente mudou de nome, sendo chamada de Telêmaco Borba, nome também de um
político jagunço e bandido ligado a corruptos da região.

o   


-O pai de Silas Correa Leite, Maestro Antenor Correa Leite, hoje nome de rua em
Itararé, é dessa cidade histórica (um dos primeiros a nascer na cidade na Era
de 1900), e quando jovem foi o primeiro acendedor de lampiões de gás de
Itararé. Em Itararé, de família rica que ficou pobre, Silas, guri de
pé-vermelho, estudou no Grupo Escolar Tomé Teixeira, quando foi alfabetizado e
descoberto também aos 8 anos como “Poetinha” pela primeira professora, Jocelina
Stachoviach de Oliveira. Silas terminou o curso primário, e, para ajudar a
família e o pai doente, parou de estudar e foi trabalhar de engraxate a
boia-fria, de vendedor de dolé de groselha preta a caldo de cana, de pipoca a
algodão doce, de garçom a aprendiz de marcenaria. Aos 16 anos, precocemente
estreava como colunista-colaborador do semanário jornal O Guarani, de Itararé,
também fazia imitações de artistas da Jovem Guarda em shows de prata da casa, e
tinha sido aprovado num concurso para locutor na Rádio Clube de Itararé.

o   


-Em 1970, só com o curso primário, Silas migrou para São Paulo, capital, em
busca de melhores condições de trabalhos e estudos. Levava na bagagem algumas
poucas roupas, muitos sonhos e vários cadernos de rascunhos poéticos que hoje
passam de mil e foram reportagem no programa Metrópolis da TV Cultura de São
Paulo. Na capital de inicio morou em cortiços, em pensões, dormiu na rua,
passou fome, até voltar a estudar, sempre escrevendo para os jornais de
Itararé, com os quais colabora até hoje, faz mais de 40 anos. Terminou os
estudos fundamentais e médios no Liceu Coração de Jesus, fez Direito, trabalhou
anos na área, na empresa ABE-Assessoria Brasileira de Empresas, até ir
trabalhar como assessor do Secretário Municipal de Educação da capital,
jornalista Paulo Zing, compondo equipe para ajudar a implantar informática no
ensino público da capital, quando fez Geografia e vários cursos de extensões a
especializações, tornando-se especialista em educação e se efetivando no ensino
público municipal e estadual. Filiado à API-Associação Paulista de Imprensa,
também se associou à UBE-União Brasileira de Escritores, ganhando alguns
prêmios de renome, representando Itararé no Mapa Cultural Paulista, vencedor
entre outros concursos do Primeiro Salão Nacional de Causos de Pescadores
(USP/Parceiros do Tietê/Rádio Eldorado/Estadão/Jornal da Tarde), premiado
também nos concursos Lygia Fagundes Telles Para Professor Escritor, Prêmio de
Poesia Biblioteca Mario de Andrade, SP (Gestão Marilena Chauí), Prêmio Literal
de Contos (Petrobrás), RJ, Curadoria Ana Buarque de Holanda, Premio Ignácio
Loyola Brandão de Contos, Prêmio Paulo Leminski de Contos (Unioeste-PR), Prêmio
Fundação Cultural de Canoas, entre outros, e ainda no exterior, o Prêmio
Microcontos Fantásticos Simetria, Portugal, e Prêmio Cancioneiro
Infantojuvenil, Instituto Piaget, Lisboa, Portugal, passando também a constar
em inúmeras antologias literárias em verso e prosa, inclusive no exterior, como
Estados Unidos, Portugal e Itália, além de incluído como Poeta Contemporâneo na
Revista Poesia Sempre, Ano 2000, 500 Anos de Descobrimento do Brasil, Fundação
Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro.

o   


Silas Correa Leite lançou depois os seguintes livros:

o   


-Ruínas & Iluminuras, conjunto de poemas, (Prêmio Elos Clube/Comunidade
Lusíada Internacional)

-Trilhas & Iluminuras (libreto), Coleção Prata Nova, Editora Grafite, RS

-Porta-Lapsos, Poemas, Editora All-Print, SP

-Campo de Trigo Com Corvos, Contos Premiados, Editora Design, SC, classificado
para a final do Prêmio Telecom de Portugal

-Os Picaretas do Brasil Real (libreto), Cantigas de Escárnio e Maldizer (Série
Leia e Passe Adiante) Editora Thesaurus, Brasília, DF

-O Homem Que Virou Cerveja, Crônicas Hilárias de Um Poeta Boêmio, Editora
Primus/Giz Editorial, SP/Premio Valdeck Almeida de Jesus, Salvador, Bahia

-ELE Está No Meio de Nós, e-book, Romance Místico virtual, Hot-Book Editora,
RJ, disponível no site www.recantodasletras.com.br

-E-book de sucesso, O RINOCERONTE DE CLARICE, pioneiro, de vanguarda e único no
gênero, primeiro livro interativo da rede mundial de computadores, Editora
Hot-Book, RJ. Obra composta de onze contos fantásticos, cada ficção com três
finais, um final feliz, um final de tragédia e um terceiro final politicamente
incorreto, quando o leitor também poderia escrever um seu final para cada
história. Livro campeão de downloads, referencial como livro virtual na web,
destaque na imprensa como Estadão, Folha de São Paulo, Jornal da Tarde, Correio
do Brasil, JBonline, Poetry Magazine, Diário Popular, Revista da Web, Revista
Cultura Sinpro, Minha Revista, Revista Época, e reportagem na mídia televisiva
como Rede Band, Programa Momento Cultural/Jornal da Noite (Márcia Peltier),
Programas Metrópolis e Provocações (Antonio Abujamra) TV Cultura de São Paulo,
Rede Brasil, Rede Vida, Canal 21 (Programa Na Berlinda), Programa Imprensa e
Cultura, Canal Universitário. A obra ainda foi indicada como leitura
obrigatória na matéria Linguagem Virtual, no Mestrado de Ciência da Linguagem,
na UNIC-Sul, Santa Catarina, tese de mestrado na Universidade de Brasília e
tese de doutorado na UFAL.

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-Recentemente lançado: E-book Infanto-juvenil, “Gute Gute, BARRIGA EXPERIMENTAL
DE REPERTÓRIO, ainda disponível como livro free no link: http://pt.calameo.com/read/0016106757767c03d1375



-No prelo: DESVAIRADOS INUTENSILIOS, Poemas, Editora Multifoco, Rio de Janeiro.

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-A sair: “DESJARDIM, Muito Além do Farol do Fim do Mundo”, Romance, Editora
All-Print, SP

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-“CAVALOS SELVAGENS”, Romance, aprovado pela Editora LetraSelvagem, Coleção
Gente Pobre, Editor Nicodemos Sena.

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O Cyber Poeta Silas Correa Leite está em todas as redes sociais, em mais de 800
links de sites, inclusive em Portugal, na Argentina, nos EUA, na Itália e em
Moçambique, África, etc. Está no Facebook, Orkut, Twitter, com seus
‘pensadilhos’ (pensamentos trocadilhos) e ‘pensagens’ (pensamentos mensagens)
escrevendo seus twitter-poemas, twitter-contos, as tiradas irônico-filosóficas
como as conhecidas e hilárias “Silas e suas ‘siladas”, tendo outras obras
inéditas, de romances a ensaios sobre educação, de novelas a depoimentos sobre
os tenebrosos tempos de chumbo da funesta ditadura militar incompetente e
corrupta, fazendo ainda criticas, resenhas literárias, microcontos e outros
trabalhos literários de vanguarda, além de criticar o cínico estado mínimo do
neoliberalismo incompetente e corrupto que viça em Sampa/Samparaguai, o
Estado-Máfia, com suas impunes privatarias e seus news richs das
privatizações-roubos; as riquezas impunes, os lucros injustos, as propriedades
roubos, o neoescravismo da terceirização, a impunidade generalizada, a
violência do quinto poder, e o dezelo público de muito ouro e pouco pão na
desvairada pauliceia de uma abandonada periferia sociedade anônima.

o   


Quanto à sua batalhadora vida particular, feito um eterno guri que amava os
Beatles e Tonico e Tinoco (o cyber poeta diz que sua infância é o seu melhor
tesouro), Silas Correa Leite tem união estável por quase 30 anos com a doce
Musa, admirável Companheira e Professora Rosangela Silva. Cervejólogo, ledor
voraz, foi bolsista pesquisador em Culturas Juvenis da FAPESP/USP-Universidade
de São Paulo, alega que gosta mais de ler do que de respirar; de que gosta mais
de escrever do que de existir, adora seus amigos sonhadores de utopias e
boêmios de SP, seus milhares de seguidores da internet e mesmo companheiros da
Estância Boêmia de Santa Itararé das Artes, Cidade Poema, da qual é autor do
oficial “Hino ao Itarareense”, tendo sido homenageado com o título de Cidadão
Itarareense e com a exposição “Imagens & Palavras” sobre seu trabalho
artístico-lítero-cultural no Centenário de Itararé. Para ler o Cyber Poeta
Silas Correa Leite em todos os seus variados, polêmicos e diferenciados
trabalhos e estilos, basta procurar pelo seu nome num site buscador como o
Google, e vai achar, além de textos, imagens, vários links no YouTube. Com sua
poética da tristeza, paradoxalmente com suas tiradas risadores e sua portentosa
metralhadora dialética cheia de lágrimas, ao ser provocado pelo Antonio
Abujamra (Programa Provocações/TV Cultura) o irreverente Cyber Poeta Silas
Correa Leite disparou que “corta os pulsos com poesia”, entre outras de suas
tiradas.

o   

Blog premiado do UOL: http://www.portas-lapsos.zip.net/

Site com breve currículo: www.itarare.com.br/silas.htm

E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br

Livros Porta-Lapsos, Poemas, e Campo de Trigo Com Corvos, Contos, a venda no
site de SP: www.livrariacultura.com.br

 

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